GM enfrenta greve nas fábricas de São Paulo devido a demissões feitas por email e telegrama: mobilização no Brasil ocorre em meio a paralização histórica nas montadoras Ford Motor e Stellantis.
Greve dos trabalhadores da General Motors: toda categoria é convocada para uma paralisação, por prazo indeterminado, a partir de amanha 23 de outubro. A GM enfrenta uma paralização iminente em suas fábricas de São Paulo, desencadeada por uma onda de demissões que abalou os metalúrgicos da região. Mobilização no Brasil ocorre em meio a paralização histórica nas montadoras Ford Motor e Stellantis.
Os trabalhadores da GM em São José dos Campos, Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul tomaram uma decisão drástica ao aprovar uma greve por tempo indeterminado. Essa ação foi desencadeada pela notícia das demissões nas três fábricas, anunciadas de maneira abrupta e unilateral. A categoria reivindica o cancelamento dos cortes e a reintegração de todos os funcionários afetados.
A GM alega que a queda nas vendas e nas exportações justificou a necessidade de ajustar seu quadro de empregados nas três fábricas, mas os trabalhadores contestam essa justificativa e acusam a empresa de violar acordos anteriores.
- Grave! Caminhoneiro é condenado à prisão após despejar ilegalmente 19 mil litros de óleo diesel no chão, causando danos graves ao meio ambiente
- Crise sem fim! Volkswagen enfrenta demissões em massa e crise tecnológica: será o próximo caso Kodak e Nokia?
- Mitsubishi Triton 2025 chega para virar o jogo e deixar Fiat Titano e Nissan Frontier para trás no mercado brasileiro!
- Com investimento COLOSSAL de R$ 9,5 BILHÕES, Stellantis adquire 20% da Leapmotor e agora pode produzir, vender e exportar os carros elétricos para a Europa e EUA!
A situação é um reflexo de tensões crescentes na indústria automobilística, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, onde as montadoras estão sendo pressionadas por suas respectivas forças de trabalho.
Demissões em massa e quebra nos acordos prévios
A situação torna-se mais complexa à medida que se revela que a GM demitiu diversos funcionários, incluindo operários em layoff, mulheres grávidas e pessoas com problemas de saúde, por meio de telegramas e e-mails, sem qualquer negociação prévia com os sindicatos. Isso desencadeou uma reação negativa dos trabalhadores, que afirmam que a GM descumpriu um acordo anterior de que não realizaria demissões ou tomaria outras medidas sem antes negociar com os representantes legais dos trabalhadores. A revolta é ainda maior considerando que o acordo de layoff, aprovado em junho, deveria garantir estabilidade no emprego para cerca de 1.200 operários durante a vigência da suspensão de contratos.
Solidariedade internacional: a greve nos EUA nas montadoras Ford e Stellantis
A greve que ocorre nos EUA envolvendo trabalhadores das três principais montadoras americanas, GM, Ford Motor e Stellantis, também está ecoando no Brasil. A greve nos EUA já dura mais de um mês e os trabalhadores americanos do setor automotivo estão pressionando por salários e benefícios mais altos, além da eliminação de um padrão escalonado que paga significativamente menos aos funcionários mais novos. As montadoras alegam que as exigências sindicais prejudicariam seus lucros, já que tentam competir com fabricantes não sindicalizados, como a Tesla.
Embora a GM alegue dificuldades econômicas para justificar as demissões, empresa anunciou um lucro líquido global de US$ 2,57 bilhões no segundo trimestre deste ano
Embora a GM alegue dificuldades econômicas para justificar as demissões, seus resultados financeiros recentes contam uma história diferente. A montadora anunciou um lucro líquido global de US$ 2,57 bilhões no segundo trimestre deste ano, com um aumento de 51,6% em comparação ao ano anterior. Além disso, as entregas de veículos estão em alta, especialmente nos Estados Unidos e no Brasil. Este cenário positivo levanta questões sobre a justificativa para as demissões e intensifica a revolta dos trabalhadores.