Mais um desinvestimento bilionáro da Petrobras, após enfrentar sindicatos e petroleiros a estatal finaliza venda da refinaria RLAM, na Bahia
Apesar de Sindicatos e petroleiros tentaram impedir a venda da Refinaria Landulpho Alves, Petrobras informou em fato relevante na tarde de ontem (24/03) que concretizou com o grupo Mubadala Capital, o contrato para venda das ações da empresa RLAM e seus ativos logísticos associados, no estado da Bahia, pelo valor de US$ 1,65 bilhão.
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De acordo com a Petrobras, o contrato prevê ajustes no valor da venda em função de variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transaçã. A petroleira informa também que a operação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
“Até o cumprimento das condições precedentes e o fechamento da transação, a Petrobras manterá normalmente a operação da refinaria e de todos os ativos associados. Após o fechamento, a Petrobras continuará apoiando a Mubadala Capital nas operações da RLAM durante um período de transição. Isso acontecerá sob um acordo de prestação de serviços, evitando qualquer interrupção operacional. A Petrobras e a Mubadala Capital reafirmam o compromisso estrito com a segurança operacional na RLAM em todas as fases da operação”, disse a Petrobras no comunicado.
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A refinaria da Petrobras RLAM, fica em São Francisco do Conde no estado da Bahia, possui capacidade de processamento de 333 mil barris/dia (14% da capacidade total de refino de petróleo do Brasil), e seus ativos incluem quatro terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos que interligam a refinaria e os terminais totalizando 669 km de extensão.
Outros desinvestimentos da Petrobras além da RLAM – Bahia
A Petrobras recebeu também propostas vinculantes para venda da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, mas decidiu pelo encerramento do processo, uma vez que as condições das propostas apresentadas ficaram aquém da avaliação econômico-financeira da Petrobras. Assim, a estatal iniciará tempestivamente novo processo competitivo para essa refinaria.
Também continuam em andamento visando a assinatura dos contratos de compra e venda, os processos competitivos para venda:
- Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul
- Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas
- Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco
- Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Minas Gerais
- Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), no Ceará
- Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná.