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Após decreto que flexibiliza a exportação de lítio no Brasil, o Ministério de Minas e Energia (MME) projeta investimentos de R$ 15 bilhões para o setor de mineração até 2030

12 de julho de 2022 às 17:10
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O Ministério de Minas e Energia (MME) está com grandes projeções para o ramo da mineração brasileira pelos próximos anos, uma vez que o recém-publicado decreto que flexibiliza a exportação de lítio no país poderá colaborar para a atração de investimentos bilionários no Brasil.
Foto: Divulgação / Sigma

O Ministério de Minas e Energia (MME) está com grandes projeções para o ramo da mineração brasileira pelos próximos anos, uma vez que o recém-publicado decreto que flexibiliza a exportação de lítio no país poderá colaborar para a atração de investimentos bilionários no Brasil.

Após a publicação do decreto 11.120/2022, feito na última quarta-feira, (06/07), que flexibiliza as operações de exportação de lítio no Brasil, o Ministério de Minas e Energia (MME) projeta grandes resultados para a mineração brasileira no futuro. Até o fim do ano de 2030, o órgão espera que a mineração do país receba um total de R$ 15 bilhões em investimentos, impulsionando o mercado nacional. 

Flexibilização nas operações de exportação de lítio no Brasil contribuirá para a atração de investimentos bilionários até o ano de 2030, aponta MME

O Governo Federal publicou recentemente o decreto 11.120/2022, que permite operações de comércio exterior de minerais e minérios de lítio e de produtos fabricados à base de lítio, de lítio metálico e das ligas de lítio e derivados. Dessa forma, as operações de exportação do minério se tornarão muito mais flexíveis e empreendedores de todo o mundo voltarão seus olhares para o mercado da mineração brasileira. 

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Assim, o MME está projetando um total de R$ 15 bilhões em investimentos até o fim do ano de 2030 para o ramo da mineração nacional, principalmente com foco no lítio, uma vez que o minério está sendo altamente demandado pela indústria automobilística para a fabricação de baterias. A busca pela descarbonização no setor de transportes trouxe a necessidade de novas alternativas para a eletrificação dos veículos e as baterias de lítio são os equipamentos mais viáveis em termos de qualidade no abastecimento.

Dessa forma, investimentos na exploração de lítio no país poderão atrair novas empresas com foco nesse mercado da descarbonização. E, entre as plantas de produção do minério, o MME destaca uma projeção de forte crescimento para o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, que concentra a maior parte das reservas minerais conhecidas para produção de lítio no país.

Atualmente, o país responde apenas por cerca de 1,5% da produção mundial de lítio e, até o fim do ano de 2030, esse número deverá saltar para 5%, principalmente com a aplicação de investimentos previstos pelo MME. 

Brasil pode se tornar potência mundial na exportação de lítio com flexibilização das operações, impulsionando mercado de baterias 

As projeções da co-CEO da canadense Sigma Lithium Resources Corporation, Ana Cabral-Gardner, para o mercado de lítio no Brasil são bastante otimistas e a executiva comentou: “Por causa dessa regulação anacrônica, que classificava o lítio como de interesse nuclear, você caía em um meandro regulatório que não tornava o produto competitivo”. Além disso, Ana destacou também a posição do país no mercado internacional e disse que o Brasil estará no futuro em uma “posição imbatível para alimentar a América do Norte e a Europa”.

Já o diretor de Geologia e Recursos Minerais do estatal Serviço Geológico do Brasil (SGB) destacou que a flexibilização das operações de exportação de lítio com o decreto corrige um erro da década de 70, quando o minério era estrategicamente utilizado para o setor nuclear e haviam poucas reservas dele no Brasil.

Nesse contexto, regular a exportação do produto era o mais recomendado, mas os tempos mudaram e o cenário atual necessita de uma flexibilização na comercialização do recurso. 

Agora, o MME continuará trabalhando com os órgãos do ramo da mineração brasileira, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), para impulsionar o mercado do lítio no Brasil e garantir que os investimentos de R$ 15 bilhões cheguem no período previsto à mineração do país.

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