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Após criar maior drone do mundo, empresa brasileira agora lança ‘ChatGPT do agro’

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 30/01/2025 às 12:06
Startup brasileira lança IA "Turing", o "ChatGPT do agro", e projeta fábrica de R$ 100 milhões para produzir drones e robôs inteligentes.
Startup brasileira lança IA "Turing", o "ChatGPT do agro", e projeta fábrica de R$ 100 milhões para produzir drones e robôs inteligentes.

Criadora do maior drone de pulverização do mundo, anuncia sua IA “Turing” para o agronegócio. Com investimento previsto de R$ 100 milhões, a startup planeja construir uma mega fábrica para produção em larga escala de robôs e drones, elevando a precisão e a eficiência na gestão rural.

O agronegócio brasileiro está prestes a passar por uma revolução tecnológica que pode transformar a forma como lavouras são monitoradas e gerenciadas.

Uma startup nacional, que já havia surpreendido o mercado ao criar o maior drone de pulverização do mundo, agora aposta em uma inteligência artificial que promete ser um verdadeiro divisor de águas para os produtores rurais. E o impacto pode ser ainda maior do que o esperado.

De acordo com o site Globo Rural, a Psyche Aerospace, empresa sediada em São José dos Campos (SP), anunciou a abertura de uma nova rodada de investimentos para financiar sua mais recente inovação: a IA “Turing”, apelidada de “ChatGPT do agro”.

O objetivo é captar mais de R$ 100 milhões e construir uma fábrica de 100 mil metros quadrados no interior de São Paulo, em local ainda a ser definido entre Campinas, Itupeva ou Cajamar.

Expansão e alta tecnologia

A fábrica, que deve custar entre US$ 40 e US$ 60 milhões, será responsável por produzir em larga escala seis robôs especializados no monitoramento e análise de lavouras.

A empresa já se destacou no setor com o desenvolvimento do Harpia P-71, considerado o maior drone de pulverização agrícola do mundo.

Esse modelo foi financiado por uma rodada de investimentos de R$ 17 milhões realizada em abril de 2024, além de um aporte inicial de R$ 4 milhões em outubro de 2023.

A linha de produtos da Psyche Aerospace inclui:

  • Harpia P-71: Drone de pulverização com autonomia de uma hora e capacidade para cobrir 40 hectares por hora;
  • Harpia Hexa: Outro modelo de pulverização, otimizado para diferentes tipos de cultura;
  • Sabiá: Drone de monitoramento aéreo, focado na análise de lavouras;
  • Carcará: Equipamento voltado para detecção de incêndios e ocorrências ambientais no campo;
  • Rover Tatu: Robô terrestre especializado em coleta de amostras de solo;
  • Rover Golias: Capaz de medir umidade e temperatura do solo com alta precisão.

A nova planta industrial da Psyche Aerospace terá capacidade de produzir três drones Harpia (P-71 ou Hexa), três Sabiás, um Carcará, cinco Rovers Tatu e três Rovers Golias por dia.

Testes avançados e inovação

Os drones da Psyche Aerospace já estão em fase final de testes.

Em 29 de dezembro de 2024, o Harpia P-71 realizou seu primeiro voo 100% autônomo, decolando, cumprindo a rota e pousando automaticamente.

Os testes ocorreram em uma fazenda no Mato Grosso, enquanto os modelos Carcará e Sabiá estão em fase de testes em São José dos Campos. Os Rovers passarão por validação nas próximas semanas.

‘Maior drone do mundo’ será o responsável por enviar dados para a IA da startup. (Imagem: Psyche Aerospace)

Inteligência artificial e alta precisão

A grande aposta da Psyche agora é a inteligência artificial Turing, que tem como objetivo integrar dados em tempo real coletados por todos os equipamentos da empresa.

Para desenvolver a tecnologia, o CEO Gabriel Leal, de 24 anos, recrutou o professor Anderson Rocha, coordenador do Laboratório de Inteligência Artificial do Instituto de Computação da Unicamp.

Segundo Rocha, o diferencial do Turing está na capacidade de interação direta com os produtores rurais.

“Ele é capaz de se adaptar a cada fazenda, entendendo as necessidades específicas de cada produtor para oferecer soluções personalizadas”, explica.

A tecnologia também se destaca pela precisão das imagens captadas.

Enquanto satélites comuns trabalham com pixels de 40×40 cm, os sensores da Psyche funcionam com pixels de 4×4 cm, oferecendo uma resolução 200 vezes maior.

Isso significa mais acurácia na análise dos dados e tomada de decisões mais eficazes para o agricultor.

Leal compara o Turing ao ChatGPT original, mas destaca um diferencial importante: enquanto a IA da OpenAI se baseia em dados públicos, o Turing combina essas informações com os dados coletados em campo, oferecendo um serviço altamente especializado.

O sistema será gratuito para os produtores e tem lançamento previsto para os próximos seis meses.

O agronegócio brasileiro está prestes a entrar em uma nova era de eficiência e produtividade com essas inovações.

Você acredita que o uso de IA no campo pode revolucionar a produção de alimentos e aumentar a segurança alimentar global?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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