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Após anos de queda nas vendas, US$ 5 bilhões em dívidas vencendo em 2026 e críticas globais, o CEO da Nissan admite colapso e aposta tudo em novos modelos para tentar salvar a montadora japonesa

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 12/09/2025 às 17:58
Após anos de queda nas vendas, US$ 5 bilhões em dívidas vencendo em 2026 e críticas globais, o CEO da Nissan admite colapso e aposta tudo em novos modelos para tentar salvar a montadora japonesa
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CEO da Nissan admite colapso: dívida bilionária, fábricas fechadas e aposta total em novos modelos para tentar salvar a montadora japonesa.

A Nissan vive uma crise histórica. Dívidas bilionárias, portfólio envelhecido, queda nas vendas e críticas severas levaram a montadora a um ponto de ruptura. O novo CEO, Ivan Espinosa, nomeado em março de 2025, já afirmou que a empresa está em “modo emergência”. A ordem é acelerar o desenvolvimento de novos modelos, cortar burocracias internas e recuperar relevância em um mercado global que se transforma rapidamente.

Cortes drásticos e metas agressivas para reverter a trajetória

Espinosa traçou um plano ousado: reduzir o tempo de desenvolvimento de novos veículos da Nissan de mais de 50 meses para cerca de 37 meses.

A meta é responder à velocidade das montadoras chinesas, como a BYD, que conseguem lançar modelos em apenas 24 meses.

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Para ajustar custos e reorganizar a operação, a empresa anunciou cortes pesados: cerca de 20 mil empregos eliminados, fechamento de sete fábricas e planos de vender ativos importantes, incluindo a sede em Yokohama.

A produção em Oppama deve ser encerrada até março de 2028, mostrando o tamanho da reestruturação em curso.

Dívida bilionária e desempenho de vendas misto

A Nissan enfrenta mais de US$ 5 bilhões em dívidas vencendo em 2026, pressionando a necessidade de caixa imediato. Em mercados tradicionais, como os Estados Unidos, as vendas seguem em queda, agravando a situação.

Por outro lado, há sinais de recuperação em outras regiões. Na China, as vendas cresceram 22% em julho, puxadas pelo sucesso do sedã elétrico N7.

Esse alívio pontual mostra que ainda existe espaço para reação, mas não é suficiente para estancar a crise global.

Após anos de queda nas vendas, US$ 5 bilhões em dívidas vencendo em 2026 e críticas globais, o CEO da Nissan admite colapso e aposta tudo em novos modelos para tentar salvar a montadora japonesa
Foto: Após anos de queda nas vendas, US$ 5 bilhões em dívidas vencendo em 2026 e críticas globais, o CEO da Nissan admite colapso e aposta tudo em novos modelos para tentar salvar a montadora japonesa

Para reforçar seu caixa, a montadora já levantou cerca de ¥850 bilhões e busca ultrapassar ¥1 trilhão em capital com a venda de ativos e novos financiamentos. Rumores apontam até para um empréstimo bilionário com apoio governamental, embora isso ainda não tenha sido confirmado.

Produtos novos como aposta central da reestruturação

A resposta da Nissan passa diretamente pelo lançamento de novos veículos. Entre os destaques do plano estão:

  • Nova geração do Sentra para os Estados Unidos;
  • Um Rogue híbrido plug-in, previsto para 2026;
  • Reestilizações importantes do Elgrand e do compacto Kicks;
  • Atualizações no pioneiro Leaf, que perdeu espaço para Tesla e BYD, mas deve ganhar nova vida com versões eletrificadas mais competitivas.

Esses modelos são a principal aposta para reconquistar consumidores e reduzir a dependência de mercados em retração.

Desafios gigantescos: credibilidade, relevância e tempo

Mesmo com os novos planos, o próprio CEO admite que o desafio é imenso. A Nissan precisa cortar a burocracia interna, recuperar credibilidade junto aos clientes e convencer o mercado de que ainda é relevante frente às concorrentes.

Se não conseguir entregar os modelos prometidos em prazos curtos e com qualidade, o risco é de aprofundar ainda mais a deterioração da marca, especialmente diante da velocidade com que rivais chinesas e até tradicionais como Toyota e Hyundai avançam no segmento elétrico.

Novo capítulo ou desastre maior? O que está em jogo para a Nissan

A Nissan tenta escrever um novo capítulo de sua história, mas carrega sobre os ombros o peso de um colapso anunciado.

A montadora japonesa aposta todas as fichas na renovação do portfólio e na redução de prazos de produção como única saída para escapar da irrelevância.

Se o plano funcionar, a Nissan poderá se reposicionar como marca global de peso. Mas, se falhar, pode enfrentar um declínio ainda mais acentuado, perdendo espaço justamente nos mercados mais estratégicos: os de elétricos e híbridos.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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