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Início Poder aéreo dos países da América Latina: Após a compra dos F-16 pela Argentina, como se compara o poder aéreo dos países da região?

Poder aéreo dos países da América Latina: Após a compra dos F-16 pela Argentina, como se compara o poder aéreo dos países da região?

27 de abril de 2024 às 01:17
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Descubra como o Brasil lidera o poder aéreo na América Latina com os avançados caças Gripen F-39. Acesse para mais detalhes!

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Após longas negociações, o governo da Argentina assinou em meados de abril a compra de 24 caças F-16 Fighting Falcon da Força Aérea da Dinamarca, a maior aquisição de aeronaves militares realizada pelo país em décadas e a mais recente expansão de poder aéreo ocorrida na América Latina.

Os aviões demorarão a se incorporar à Força Aérea Argentina, pois não há prazo oficial de entrega, mas quando o fizerem representarão uma mudança importante em suas capacidades militares: desde 2015, quando os antigos caças Mirage III foram aposentados, a Argentina não possui caças supersônicos em seu arsenal e suas capacidades aéreas estão seriamente limitadas por um gasto em Defesa que permaneceu baixo nas últimas décadas.

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A Argentina não será o primeiro país latino-americano a operar os caças F-16, aeronaves fabricadas pela americana Lockheed Martin que foram exportadas para todo o mundo: Chile e Venezuela também voam o modelo, além de outros em suas respectivas frotas.

Brasil, Peru, Colômbia, Cuba, Honduras e México também operam caças supersônicos, ou seja, aeronaves que podem voar mais rápido que a velocidade do som (situada em cerca de 1.225 quilômetros por hora), e de capacidades similares aos F-16.

O ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri, a bordo de um avião F-16 dinamarquês no aeroporto de Skrydstrup, Dinamarca, antes da assinatura do contrato para a venda de 24 aviões de combate para a Argentina. (Crédito: AMSTRUP/Ritzau Scanpix/AFP via Getty Images)

Esta é uma comparação do poder aéreo dos principais países latino-americanos.

O poder aéreo na América Latina

Os dados sobre as diferentes frotas militares na região vêm do balanço militar de 2024 publicado pelo International Institute for Strategic Studies (IISS), um centro de estudos sediado em Londres.

Quantos aviões operacionais têm as forças aéreas dos países da América Latina?

O número corresponde ao total de aviões de combate operacionais desdobrados por cada força aérea, e não inclui aqueles que não estão em capacidade de voar. A lista reúne apenas aqueles países que contam com caças supersônicos em sua frota.
*No caso da Argentina, está incluída na lista pela recente compra de F-16, mas estes não estão representados no número já que ainda não se incorporaram.
Fonte: Balanço militar 2024 publicado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês) Gráfico: Jhasua Razo, CNN

Brasil

O maior país da América Latina possui 185 aviões em capacidade de combate, incluindo 47 caças supersônicos Northrop F-5 Tiger II (também de origem americana) e 24 aviões de ataque AMX A-1 (um desenvolvimento entre Itália e Brasil).
Mas a joia da Força Aérea Brasileira são os modernos caças suecos Saab Gripen: há seis no país, mas espera-se a chegada de dezenas mais no âmbito de um acordo assinado em 2013, parte dos quais serão fabricados no Brasil.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o tenente-coronel da Força Aérea, Gustavo de Oliveira Pascotto, posam ao lado do caça Gripen F-39, da Saab, na fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto, Brasil, em 9 de maio de 2023. (Crédito: NELSON ALMEIDA/AFP via Getty Images)

Argentina

Os F-16 ainda não chegaram à Argentina e não está claro quando o farão, por isso a Força Aérea Argentina continua sem capacidades supersônicas e com um inventário de 22 aeronaves em capacidade de combate, incluindo os caça-bombardeiros subsônicos Douglas A-4AR (de origem americana) e os aviões de ataque leve e treinamento Pampa, de fabricação local.

Chile

O Chile é um dos principais usuários do caça F-16 na América Latina: possui 46 em suas versões AM, BM, C e D, tanto de caça como de bombardeio e ataque ao solo.
Mas entre as 76 aeronaves da Força Aérea chilena em capacidade de combate também há 12 caças F-5 Tiger III, desenvolvimento do Tiger II.

Um soldado chileno caminha ao lado de um F-16 durante a Feira Internacional do Ar e do Espaço (FIDAE), em Santiago, no dia 4 de abril de 2022. (Crédito: MARTIN BERNETTI/AFP via Getty Images)

Colômbia

A Colômbia possui 64 aeronaves em capacidade de combate, entre elas 22 caças supersônicos IAI Kfir, fabricados em Israel com base no caça francês Mirage 5.

Cuba

Cuba possui uma frota de aeronaves de origem soviética e russa – 10 dessas em capacidade de combate –, entre as quais figuram os caças supersônicos MiG-29 e MiG-21.

Honduras

Honduras é um dos poucos países da América Central que opera aviões supersônicos: entre suas 17 aeronaves em capacidade de combate, conta com 11 caças F-5 Tiger II.

México

A Força Aérea do México conta com 80 aviões em capacidade de combate, mas apenas 5 são caças supersônicos F-5 Tiger II.
Assim como a Argentina, o México é um dos países que menos gasta em Defesa na região, de acordo tanto com dados do SIPRI quanto do Banco Mundial.

Peru

Entre os 60 aviões em capacidade de combate da Força Aérea do Peru

figuram aeronaves supersônicas de origem soviética e ocidental, entre eles 19 MiG-29 e 12 Mirage 2000 (provenientes da França).

Venezuela

A Força Aérea da Venezuela também opera uma frota de origens diversas. É um dos dois usuários regionais atuais do F-16 (tem 18 em versões A e B), mas também voa 21 Sukhoi Su-30 de origem russa, de um total de 79 aeronaves em capacidade de combate.

O gasto em Defesa está crescendo?

A aquisição de aviões por parte da Argentina não é, no entanto, um fato isolado. Em um mundo afetado por conflitos armados de cada vez maior envergadura, entre os quais se destacam a guerra na Ucrânia e o conflito entre Israel e Hamas, que tem repercussões regionais, mas também a guerra civil na Síria e no Sudão, entre outros, as compras de armas estão em aumento.

Segundo o Instituto Internacional de Estocolmo para a Pesquisa da Paz (SIPRI, sigla em inglês), um gabinete de estudos internacionais com base em Estocolmo que monitora as compras globais de armamento, o gasto global em Defesa subiu em 2023 para US$ 2,443 trilhões, um aumento de 6,8% em relação a 2022. O salto percentual é o mais alto desde 2009, e o valor total é o mais alto registrado pelo SIPRI.

Um soldado ucraniano segura um projétil de artilharia enquanto se prepara para disparar um obus em direção às tropas russas perto da cidade de Kreminna, Ucrânia, em 4 de março de 2024. (Crédito: Inna Varenytsia/Reuters)

Enquanto isso, o gasto em Defesa global vem aumentando há nove anos, de acordo com a mesma fonte.

Enquanto isso, os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que prestam ajuda militar à Ucrânia, estão expandindo o gasto em Defesa com o objetivo de cumprir o requisito de 2% de seu produto bruto imposto pela alianza.

Falando em “canhões ou manteiga“, o popular modelo usado pelos economistas para explicar a escassez, a compensação e o equilíbrio do gasto em um país, o mundo parece estar concentrado em comprar mais canhões em detrimento da manteiga.

No entanto, o gasto em Defesa na América Latina continua sendo baixo. Segundo o Banco Mundial, apenas a Colômbia supera o limiar de 2% e dedica 3,1% de seu produto à Defesa. Enquanto México, Venezuela e até mesmo a Argentina, apesar desta compra, estão entre os que menos gastam em Defesa, abaixo de 1%.

Fonte: CNN

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