Com parceria no setor de transporte marítimo desde 2015, a MSC e Maersk anunciam o fim da aliança 2M. Contrato foi assinado há 8 anos, sendo benéfico para ambas.
Parceiras de longa data, a MSC e Maersk anunciaram que irão romper seus laços estratégicos em 2025, quando fará uma década do projeto conhecido como 2M. A parceria de ambas teria sido acordada no ano de 2015 e tinha duração mínima de 10 anos. No contrato assinado há 8 anos, dividia-se as rotas do transporte marítimo, proporcionando uma maior competitividade no negócio de carga entre Ásia e Europa e nas regiões do Pacífico e Atlântico.
Veja um dos navios gigantes usados pela Maersk chegando no Porto de Itajaí (SC)
Rompimento de parceria entre as empresas foi realizado no tempo estipulado
Ao ser anunciado o contrato, havia uma cláusula dizendo que se um dos lados optasse por quebrar a aliança, precisaria de aviso de dois anos, o que de fato aconteceu.
Apesar do anúncio do rompimento, os gestores de ambas empresas asseguraram que as ligações entre elas continuarão sendo feitas, até que os dois anos que restam de contrato cheguem ao fim e que não haja nenhum impacto entre os clientes que usam as rotas cobertas pela aliança 2M.
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Segundo as palavras de Vincent Clerc pela Maersk e Soren Toft pela MSC: “A MSC e a Maersk reconhecem que muito mudou desde que as duas empresas assinaram o acordo de 10 anos em 2015. Descontinuar a aliança 2M abre o caminho para que ambas as empresas continuem a seguir as suas estratégias próprias”, concluíram os especialistas num comunicado conjunto.
Entenda um pouco mais sobre a relação da MSC e Maersk e como a aliança 2M beneficiou ambas
A Maersk conta com mais de 100 mil trabalhadores, operando em 130 países. 62 mil milhões de dólares foram faturados só em 2021, isso equivale a mais de 55% do ano anterior.
Já em 2021, a MSC tinha a perspectiva de crescer mais do que a aliada, segundo o Financial Times, sendo que seu faturamento é menos da metade disso.
De acordo com o jornal, somando a capacidade da frota juntamente das encomendas dos navios, a MSC tinha o panorama de que teria uma frota maior que a da Maersk.
Antes da pandemia, a empresa tinha receitas anuais superiores a 25 mil milhões de dólares.
Durante a pandemia, o transporte marítimo foi beneficiado com um disparo no preço do frete. E agora, a maior preocupação é descarbonização do seu negócio, procurando incorporar nas frotas, navios com menores emissões poluentes.