Locomotiva histórica da ferrovia Madeira-Mamoré foi restaurada e retorna aos trilhos como símbolo cultural e turístico da capital de Rondônia.
A Maria Fumaça de 1936 voltou a dar vida aos trilhos da ferrovia Madeira-Mamoré, em Porto Velho (RO), após duas décadas abandonada. A locomotiva, peça rara do patrimônio histórico ferroviário brasileiro, foi restaurada e ganhou destaque nas comemorações dos 111 anos da capital rondoniense.
De acordo com o portal Turismo.ig, o projeto de recuperação envolveu oito profissionais, incluindo três engenheiros da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), responsáveis por trens turísticos em várias regiões do país. O público pôde ouvir novamente o tradicional apito da locomotiva, ainda que em um trajeto simbólico de 50 metros, operado apenas por um maquinista e o fundista encarregado da caldeira.
A recuperação da Maria Fumaça
O processo de restauração da Maria Fumaça de 1936 começou em agosto deste ano e exigiu desmontagem quase completa da locomotiva.
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Foram recuperados a caldeira, responsável por gerar o vapor, além das rodas e do vagão que transporta lenha e água.
Segundo a ABPF, a dedicação da equipe foi intensa, com trabalhos realizados até em feriados para garantir que a locomotiva voltasse a funcionar no aniversário da cidade.
Embora ainda não possa transportar passageiros, a retomada do apito já representa um marco cultural para Porto Velho, resgatando parte da memória da ferrovia.
Planos para o futuro da ferrovia
A Prefeitura de Porto Velho planeja reativar o passeio turístico de 8 km entre a capital e o distrito de Santo Antônio, onde fica o Museu Marechal Rondon.
Esse percurso, que foi suspenso em 1999, depende da recuperação de trechos da ferrovia danificados por enchentes em 2014.
Construída entre 1907 e 1912, a ferrovia Madeira-Mamoré é conhecida como a “Ferrovia da Morte” devido às condições extremas enfrentadas por trabalhadores na época.
Mesmo assim, tornou-se símbolo de integração e desenvolvimento da região, ajudando a escoar a borracha produzida no Brasil e na Bolívia.
Turismo e preservação histórica
Além da Maria Fumaça, o complexo ferroviário de Porto Velho oferece passeios gratuitos em uma litorina movida a diesel.
A viagem cobre 800 metros dentro do pátio ferroviário e comporta até 11 passageiros por vez, funcionando às sextas, sábados e domingos.
O espaço deve receber ainda novos atrativos turísticos, como a instalação de um restaurante na rotunda, fortalecendo a vocação cultural da área.
A volta da Maria Fumaça de 1936 é mais que um resgate de patrimônio histórico: é também um passo estratégico para valorizar o turismo em Rondônia e reforçar a identidade cultural de Porto Velho.
O retorno da locomotiva aos trilhos reacende memórias de um tempo em que a ferrovia foi essencial para a região amazônica.
Mais do que um passeio, trata-se de manter viva a herança histórica de Porto Velho.
E você, acredita que iniciativas como essa podem impulsionar o turismo e fortalecer a preservação cultural no Brasil? Ou acha que o investimento deveria ter outro destino? Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir quem vive isso na prática.