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Apenas para corajosos! O trabalho mais PERIGOSO do MUNDO paga até R$ 20 mil por mês no Brasil

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 22/11/2024 às 19:51
trabalho mais PERIGOSO do MUNDO
Foto: Reprodução

Conheça a profissão considerada a mais perigosa do mundo, com salários que chegam a R$ 20 mil por mês no Brasil. Será que você encararia esse desafio?

Enfrentando riscos extremos e desafiando os limites da coragem, um dos trabalhos mais perigosos do mundo está ganhando destaque no Brasil e no mundo. Com salários que podem chegar a impressionantes R$ 20 mil por mês, a profissão atrai tanto pela remuneração quanto pela adrenalina, mas exige preparo físico, psicológico e um compromisso inabalável com a segurança. Veja todos os detalhes para o que pode ser o trabalho mais perigoso do mundo.

A soldagem subaquática é uma profissão fascinante, mas perigosa. Envolvendo o uso de ferramentas elétricas em um ambiente hostil, os soldadores subaquáticos enfrentam desafios extremos para manter infraestruturas vitais em funcionamento. Apesar dos riscos, muitos são atraídos pela possibilidade de altos salários e pela emoção do trabalho.

Divers Institute of Technology

O Trabalho em Águas profundas: trabalho mais perigoso do mundo

O dia a dia de um soldador subaquático é tudo, menos comum. Esses profissionais trabalham em condições de visibilidade reduzida, temperaturas baixas e, muitas vezes, em espaços confinados. A tarefa principal é unir peças de metal ou realizar reparos em estruturas submersas, como oleodutos, plataformas de petróleo, navios e barragens.

Para realizar o trabalho mais perigoso do mundo com segurança, o método mais utilizado é a soldagem em câmaras hiperbáricas secas. Essas estruturas temporárias criam um ambiente controlado onde a água é mantida afastada da área de solda. Dentro das câmaras, a pressão é ajustada para evitar problemas relacionados ao mergulho, como a doença de descompressão.

Ainda assim, nem sempre é possível utilizar esse método. Em situações de emergência ou quando o acesso à área é restrito, os soldadores recorrem à soldagem úmida. Esse método, porém, aumenta significativamente os riscos, incluindo rachaduras na solda devido ao resfriamento rápido causado pela água.

A técnica por trás da Soldagem Subaquática

A ideia de usar eletricidade debaixo d’água pode parecer absurda, mas a tecnologia moderna permite que isso seja feito com relativa segurança. A técnica mais comum é a soldagem com eletrodo revestido, que utiliza um arco elétrico para gerar calor e fundir os metais.

Durante a soldagem úmida, o fluxo do eletrodo cria uma camada de bolhas ao redor da área de solda. Esse gás protege a solda de compostos oxidantes presentes na água, garantindo a qualidade do trabalho. No entanto, o processo exige precisão e conhecimento, já que qualquer erro pode comprometer a segurança do soldador e a integridade da solda.

Riscos do trabalho mais perigoso do mundo

Soldar embaixo d’água é intrinsecamente perigoso. Os soldadores estão constantemente expostos a uma série de riscos, como choques elétricos, explosões, afogamento e doenças relacionadas à pressão. Um dos maiores perigos é conhecido como “Delta P” (pressão diferencial).

O Delta P ocorre quando dois corpos de água com níveis de pressão diferentes se encontram, criando uma força poderosa e invisível. Essa diferença de pressão pode sugar o mergulhador para áreas estreitas com grande intensidade, tornando a fuga quase impossível. Esses acidentes são frequentemente fatais, especialmente porque o Delta P é difícil de detectar até que seja tarde demais.

Outro desafio significativo é a pressão exercida pelas profundezas. Mesmo com o uso de equipamentos modernos, os soldadores precisam estar em excelente condição física e mental para suportar o ambiente hostil. Se os procedimentos de segurança não forem seguidos rigorosamente, os riscos de acidentes aumentam drasticamente.

Os riscos de choque elétrico na soldagem subaquática são elevados devido à combinação de eletricidade e água, que é um excelente condutor. Aqui estão os principais fatores que contribuem para esse risco:

  1. Alta condutividade da água:
    A água, especialmente quando contém sais minerais (como a água salgada), conduz eletricidade de maneira eficiente, aumentando o risco de choques.
  2. Equipamentos mal isolados:
    Falhas no isolamento dos cabos elétricos ou dos equipamentos podem levar à exposição direta de eletricidade ao meio ambiente.
  3. Fios danificados ou expostos:
    O desgaste ou danos nos fios e conexões podem causar curtos-circuitos e aumento do risco de eletrocussão.
  4. Fatores ambientais:
    A turbulência da água, alta pressão e correntes marítimas podem comprometer os equipamentos ou expor o soldador a riscos maiores.
  5. Erros operacionais:
    Técnicas inadequadas de aterramento ou o uso de equipamentos errados para soldagem subaquática podem resultar em choques elétricos.

Treinamento e certificação

Para se tornar um soldador subaquático, é necessário muito mais do que coragem. O treinamento especializado e as certificações são fundamentais. Nos Estados Unidos, a American Welding Society (AWS) oferece as qualificações necessárias para quem deseja ingressar na profissão. Em outros países, instituições locais regulam a formação desses profissionais.

O processo começa com a formação básica em mergulho comercial, que ensina habilidades essenciais para trabalhar em ambientes submersos. Em seguida, o candidato aprende as técnicas específicas de soldagem subaquática. Muitas escolas de mergulho comercial oferecem cursos que combinam teoria e prática, preparando os alunos para os desafios reais da profissão.

Após a conclusão do treinamento, o soldador deve passar por testes rigorosos para obter a certificação. Esse documento é essencial para trabalhar em projetos complexos e garantir a segurança durante o trabalho mais perigoso do mundo.

Para atuar como soldador subaquático no Brasil, é necessário obter certificações específicas que atestem sua competência tanto em soldagem quanto em mergulho comercial.

Um trabalho vital em diversas indústrias

Apesar dos perigos, a soldagem subaquática é indispensável em várias indústrias. Na exploração de petróleo e gás, por exemplo, os soldadores são responsáveis por manter plataformas offshore e oleodutos em boas condições. No setor naval, realizam reparos em navios e submarinos, garantindo que essas embarcações possam operar com segurança.

Outras aplicações incluem a construção e manutenção de barragens, eclusas e outras estruturas hidráulicas. Além disso, em instalações nucleares, esses profissionais desempenham um papel crucial na inspeção e reparo de componentes submersos.

Sem os soldadores subaquáticos, muitas dessas operações seriam impossíveis, o que mostra a importância da profissão para a economia global.

O futuro da soldagem subaquática

Com o avanço da tecnologia, muitos se perguntam se os robôs substituirão os soldadores subaquáticos. De fato, já existem drones e equipamentos automatizados que realizam tarefas subaquáticas. No entanto, esses dispositivos ainda não possuem a habilidade e a adaptabilidade de um humano treinado.

Enquanto os robôs podem executar tarefas simples, a soldagem subaquática frequentemente exige decisões rápidas e criatividade, algo que as máquinas ainda não conseguem replicar. Por isso, os soldadores continuam a desempenhar um papel vital, mesmo em um mundo cada vez mais automatizado.

Além disso, os avanços tecnológicos beneficiam diretamente os soldadores, tornando seu trabalho mais seguro e eficiente. Novos equipamentos, como máscaras de mergulho com comunicação integrada e roupas de mergulho aquecidas, ajudam a reduzir os riscos e melhorar as condições de trabalho.

Principais desafios

Embora não seja uma profissão para todos, a soldagem subaquática oferece recompensas significativas. Os salários são atraentes, especialmente para aqueles que alcançam o topo da carreira. Nos Estados Unidos, por exemplo, um soldador iniciante pode ganhar cerca de US$ 32.000 por ano. Com experiência, esse valor pode superar US$ 150.000 anuais.

O salário de um soldador subaquático no Brasil varia conforme fatores como experiência, localização geográfica e complexidade das tarefas. Em média, esses profissionais recebem entre R$ 5.000 e R$ 15.000 por mês. Em ambientes como plataformas de petróleo, os salários podem ser ainda mais elevados, alcançando R$ 20.000 ou mais, dependendo da profundidade e da complexidade do trabalho

No entanto, o preço a pagar é alto. As condições de trabalho são desafiadoras, e o risco constante exige um estado de alerta permanente. Além disso, o impacto físico e psicológico do trabalho pode ser significativo, especialmente para aqueles que passam longos períodos longe da família.

A soldagem subaquática é uma profissão única, que combina coragem, habilidade e dedicação. Esses profissionais enfrentam perigos extremos para manter infraestruturas vitais em funcionamento, desempenhando um papel crucial em várias indústrias.

Embora os riscos sejam altos, a soldagem subaquática também oferece grandes recompensas, tanto financeiras quanto pessoais. Para aqueles dispostos a enfrentar os desafios, essa carreira pode ser uma oportunidade emocionante e gratificante. Mas é essencial lembrar que a segurança deve ser sempre a prioridade número um. Afinal, um erro pode custar caro – literalmente e figurativamente.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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