Considerando a produção atual da Atvos – antiga Odebrecht Agroindustrial, o grupo acredita que o valor do negócio varie entre 7,3 bilhões e 13 bilhões de reais.
A Atvos – antiga Odebrecht Agroindustrial – é um dos maiores grupos sucroenergéticos do Brasil, a empresa possui nove unidades e uma capacidade de moagem de quase 40 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, a empresa também é a maior do setor a enfrentar uma recuperação judicial. Muitas vagas de emprego para trabalhar no FPSO P-50 da Petrobras anunciadas ontem, 3 de março.
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Atvos pode ser colocada à venda em breve, dependendo do resultado das assembleias de credores da companhia e de sua holding. A princípio, a votação da Odebrecht ocorrerá no dia 18 de março, enquanto os credores da sucroenergética se encontrarão no dia 27.
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Executivos da companhia acreditam que o valor do negócio deve variar entre 7,3 bilhões e 13 bilhões de reais. Para o cálculo, eles consideraram a capacidade instalada e a produção efetiva da empresa, além de um valor mínimo de US$ 50 por tonelada de cana.
Entretanto, esse patamar pode estar acima do visto nas últimas negociações do setor. Em 2019, por exemplo, a Biosev vendeu duas unidades negociadas a US$ 15 e US$ 29 por tonelada de cana de capacidade instalada.
Credores da Atvos vem solicitando por um bom tempo mudanças no controle da companhia. No ano passado, tanto o fundo Lone Star quanto o Castlelake – ambos credores da companhia – participaram de conversas sobre a possibilidade de assumirem o comando da Atvos.
Agora, a exigência veio do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O BNDES é o maior credor da antiga Odebrecht Agroindustrial, tendo mais de 4 bilhões de reais para receber.
A Atvos esperava conseguir um prazo de quatro a cinco anos para vender a companhia. Pela nova proposta, entretanto, a venda pode ser pedida pelos bancos credores a qualquer momento após a homologação do plano de recuperação judicial.
Uma alternativa à venda seria a criação de uma estrutura de fundo de investimento em participação (FIP), que poderia gerir a Atvos. O objetivo – tanto da venda quanto da criação do FIP – seria justamente afastar a Odebrecht da administração da companhia.
De acordo com as fontes consultadas pelo Valor, o plano de recuperação deve prever que metade dos compromissos da Atvos permaneça como dívida, enquanto a outra metade será convertida em um instrumento híbrido, sem vencimento, que funcionará como uma debênture de participação nos lucros (DPL).
A conversão da dívida em DPL, porém, não deve acontecer imediatamente, ficando vinculada à venda da companhia ou à criação do FIP. Em ambos os cenários, segundo a reportagem, a Odebrecht ficará com 10% do montante atribuído às ações da empresa.
No caso da venda, a Odebrecht recebe no ato. Já no cenário de um FIP, a holding passaria a ter um direito de 10% sobre a venda futura. Também teria ficado estabelecido que a companhia terá 2,5 anos de carência sobre juros. Esse serviço da dívida será somado ao total do compromisso no vencimento.
Além disso, caso em dois anos não ocorra nem a venda nem a transferência da gestão, metade da dívida será automaticamente convertida em DPL.