Símbolo dos biomas brasileiros, a anta sofre com desmatamento, agrotóxicos e atropelamentos. Sem ela, ecossistemas inteiros perdem equilíbrio e capacidade de regeneração.
As antas (Tapirus terrestris), conhecidas como as maiores espécies de mamíferos terrestres do Brasil, estão entre os animais mais afetados pelo avanço da agropecuária. Encontradas no Cerrado, na Amazônia, no Pantanal e em fragmentos da Mata Atlântica, elas desempenham um papel essencial na natureza: são chamadas de “jardineiras da floresta”, pois espalham sementes de dezenas de espécies de plantas, ajudando na regeneração da vegetação nativa.
Mas a expansão acelerada de lavouras, pastagens e monoculturas está levando as antas a um futuro incerto, empurrando a espécie para a lista de animais em risco de extinção.
Desmatamento e fragmentação do habitat
O maior impacto da agropecuária sobre as antas é a destruição do habitat. A abertura de áreas para pasto, soja, cana e milho fragmenta florestas e corredores ecológicos. Com menos espaço para viver e se deslocar, as populações de antas ficam isoladas em pequenos fragmentos, sem possibilidade de troca genética suficiente.
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Esse isolamento provoca uma queda na diversidade da espécie e aumenta a vulnerabilidade a doenças, predadores e pressões humanas. Na Mata Atlântica, por exemplo, a anta praticamente desapareceu de muitos estados devido ao desmatamento histórico e à expansão agrícola.
A ameaça invisível dos agrotóxicos
Outra consequência direta do avanço agropecuário é o uso intensivo de agrotóxicos. Pesquisas recentes identificaram antas do Cerrado com resíduos de pesticidas no organismo, sinal de que esses animais ingerem água ou plantas contaminadas.
Esses produtos químicos afetam não apenas a saúde das antas, mas também a qualidade da água e do solo, representando risco para outras espécies e até para comunidades humanas. O caso das antas serve como um alerta ambiental: se elas estão contaminadas, isso significa que todo o ecossistema ao redor também está sendo impactado.
Conflitos diretos com o homem
Em algumas regiões, as antas são vistas como pragas por invadirem plantações em busca de alimento. Isso gera conflitos com agricultores, que podem expulsá-las ou até caçá-las ilegalmente.
Somado a isso, há a questão dos atropelamentos em rodovias, um dos maiores motivos de morte da espécie. Como a agropecuária expande estradas e logística para escoar produção, os animais acabam cruzando áreas de intenso tráfego, resultando em acidentes fatais.
Reprodução lenta: um agravante para a espécie
As antas têm reprodução lenta: a gestação dura mais de um ano e cada fêmea dá à luz apenas um filhote por vez. Isso significa que, quando populações sofrem quedas bruscas por causa do desmatamento, caça ou atropelamentos, a recuperação é extremamente lenta.
Dessa forma, cada perda tem um peso enorme na sobrevivência da espécie a longo prazo.
Consequências para os ecossistemas
A diminuição das populações de antas não afeta apenas a própria espécie. Como são grandes dispersoras de sementes, sua ausência compromete a regeneração de florestas e a diversidade vegetal. Plantas que dependem das antas para levar suas sementes a novas áreas deixam de se espalhar, o que pode alterar a composição das florestas e reduzir a resiliência dos ecossistemas.
Sem as “jardineiras da floresta”, a natureza perde uma de suas principais aliadas na manutenção da biodiversidade.
Situação no Brasil e no mundo
No Brasil, a anta ainda é considerada “vulnerável”, mas em alguns biomas, como a Mata Atlântica, já está classificada como “criticamente ameaçada”. No mundo, outras espécies de antas, como a anta-malaia e a anta-de-Baird, enfrentam riscos semelhantes devido à expansão agrícola e à caça.
Ou seja, a ameaça não é exclusiva do Brasil: é um fenômeno global impulsionado pela pressão da agropecuária sobre áreas naturais.
Caminhos para a conservação
Iniciativas como a Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira, liderada pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), têm atuado no monitoramento da espécie, instalação de passagens de fauna em rodovias e programas de conscientização.
Além disso, cresce o debate sobre a necessidade de compatibilizar produção agropecuária com conservação, por meio de áreas de reserva legal, corredores ecológicos e uso mais responsável de agrotóxicos.
As antas estão entre as vítimas mais silenciosas do avanço agropecuário. Entre o desmatamento, o uso de agrotóxicos, os atropelamentos e a caça, a espécie se aproxima perigosamente da extinção em diversas regiões.
Eu gosto de ver matérias assim e ver que tem tem muita , mas muita gente que ataca é critica as pessoas que trabalham no campo …
Com isso , nós produtores rurais sabemos que cada vez menos pessoas vão ter coragem de produzir e cada vez mais pessoas vão se alimentar, e nós vamos ganhar nosso dinheiro.
Mais consumidores e menos produtores..
Tem pessoas que de geladeira cheia são todos críticos do agro , nem fazem ideia de quantos itens vcs usam por dia que é derivado do agronegócio.
Mas continuem assim.
Quanto menos pessoas encorajadas pra produzir e melhor pra nós..
Matéria escrita por quem não sai do escritório..
Eu moro no Noroeste de MT .
Em propriedade rural..
Convido vc jornalista a vim pro campo pra saber a realidade mesmo e parar de escrever besteira
Isto é falta de materia para publicar. Tem animais que estão longe de serem extintos, e a **** é uma delas. Se não tem matéria para publicar, não publique mentiras.
É mesmo? ****, energúmeno. Vc deve viver em Nárnia, para não enxergar a realidade. Vai estudar, jegue.
Deixa de ser ridículo…
Vai pro campo primeiro pra depois querer ter opinião dessa forma..