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Anos 70 raiz: cigarro na TV, médico sem máscara, castigo na escola e iogurte estragado em promoção

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 26/10/2025 às 16:11
Reviva os anos 70 raiz, quando o cigarro dominava a TV, o médico atendia sem máscara, o iogurte estragado era vendido em promoção e a segurança quase não existia nas ruas e nas escolas do Brasil.
Reviva os anos 70 raiz, quando o cigarro dominava a TV, o médico atendia sem máscara, o iogurte estragado era vendido em promoção e a segurança quase não existia nas ruas e nas escolas do Brasil.
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Na era dos anos 70 raiz, o país vivia um cotidiano sem leis de consumo, sem cultura de segurança e com práticas impensáveis hoje, como fumar na escola, dirigir bêbado e comprar iogurte estragado em promoção

Viver nos anos 70 raiz era habitar um Brasil onde o perigo e o improviso faziam parte da rotina. Fumar era sinal de elegância, dirigir depois de beber não causava espanto e profissionais de saúde atendiam sem luvas nem máscaras. As regras de segurança e de consumo, que hoje parecem básicas, simplesmente não existiam.

Era uma época em que crianças viajavam no banco da frente, o médico examinava com as próprias mãos e o cigarro era patrocinador de campeonatos esportivos. O cotidiano brasileiro dos anos 70 era um retrato de um país sem fiscalização, sem informação e com uma noção muito flexível de risco.

Produtos sem prazo de validade e iogurte estragado em promoção

Nos anos 70 raiz, a legislação de rotulagem ainda engatinhava.

Era comum encontrar produtos sem data de validade, e o consumidor só descobria que o iogurte estava estragado quando via a tampa metálica estufada.

Supermercados faziam promoções com alimentos vencidos e o público comprava sem desconfiança.

A obrigatoriedade da validade nos rótulos só chegou em 2002, marcando uma mudança radical na relação entre mercado e consumidor.

Cigarro como símbolo de status e presença em toda a TV

Fumar era moda. Nos anos 70 raiz, o cigarro era exibido como sinônimo de poder e charme.

Comerciais estrelados por artistas e atletas dominavam o horário nobre, e marcas patrocinavam eventos esportivos de alto nível.

O cigarro era o marketing do sucesso, reforçado pela mídia e pela publicidade.

A proibição da propaganda só veio décadas depois, quando os efeitos à saúde se tornaram impossíveis de ignorar.

Fumar em locais fechados era rotina até em escolas e aviões

Ir ao cinema, ao restaurante ou ao avião e ver pessoas fumando em todas as mesas era normal.

Havia cinzeiros até nos consultórios médicos.

Professores fumavam em sala de aula e poucos questionavam os riscos da fumaça.

Só com as campanhas de saúde pública dos anos 90 a cultura do fumo começou a mudar, dando origem aos ambientes livres de cigarro que conhecemos hoje.

Dirigir após beber era socialmente aceito

Nos anos 70 raiz, festas de família e encontros de amigos terminavam com motoristas alcoolizados voltando para casa e ninguém via problema nisso.

A fiscalização era mínima e as leis eram brandas.

A noção de responsabilidade ao volante só ganhou força com a criação da Lei Seca, em 2008, que trouxe tolerância zero para o álcool ao dirigir.

Médicos e enfermeiros sem máscara ou luvas

A ausência de protocolos de segurança também marcava a área da saúde.

Era comum médicos e dentistas atenderem sem luvas ou máscara, mesmo em procedimentos invasivos.

O uso de equipamentos de proteção só se tornou obrigatório com o avanço das doenças infecciosas nos anos 80.

Antes disso, o contato direto com o paciente era visto como sinal de confiança e proximidade.

Crianças sem cadeirinha e viagens no banco da frente

Naquela década, os carros eram sinônimo de liberdade, não de segurança.

Crianças viajavam soltas no banco da frente e ninguém usava cinto de segurança.

O conceito de cadeirinha infantil só foi formalizado no Brasil em 2008, transformando um hábito perigoso em uma das principais pautas de proteção no trânsito moderno.

Passageiros na carroceria da caminhonete

Famílias inteiras iam para o sítio, para o clube ou para a represa na carroceria da caminhonete.

Era o símbolo da diversão de fim de semana, sem preocupação com acidentes.

Hoje, a prática é proibida e pode gerar multa grave, mas nos anos 70 era parte do lazer coletivo e da falta de consciência sobre segurança viária.

Castigos físicos nas escolas e disciplina pelo medo

O ambiente escolar dos anos 70 raiz era rígido e autoritário. Professores recorriam a beliscões, puxões de cabelo e castigos físicos para manter a ordem.

A cultura de obediência vinha acompanhada de humilhações, e poucos pais contestavam a violência.

A virada começou apenas no fim dos anos 80, com o fortalecimento dos direitos da criança e do adolescente.

Porcos no quintal e lixo como ração

Criar porcos em casa era prática comum, até em áreas urbanas.

Os animais se alimentavam de restos de comida e viviam próximos às famílias, espalhando doenças e mau cheiro.

O Código Sanitário só proibiu a criação em zonas urbanas décadas depois, marcando o avanço das políticas de saúde pública e saneamento básico.

Motos sem capacete e carros sem cinto

A ideia de que “liberdade era sentir o vento no rosto” dominava o imaginário da época.

Poucos motociclistas usavam capacete e os motoristas dispensavam o cinto de segurança.

As leis de trânsito ainda eram recentes e pouco fiscalizadas, o que tornava os acidentes mais letais.

O uso obrigatório só foi consolidado nos anos 90, após uma escalada de mortes nas estradas.

Os anos 70 raiz foram uma década de contrastes: liberdade sem limites, mas também descuido e desconhecimento.

As mudanças nas leis e nos costumes mostram como o país evoluiu em consciência coletiva, segurança e direitos do consumidor.

E você, o que mais te impressiona ao pensar nesse Brasil sem regras? Conte nos comentários qual dessas lembranças mais te chocou ou te trouxe nostalgia.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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