Anel inteligente que promete substituir o mouse atinge meta de financiamento em apenas 9 minutos e apresenta tecnologia de rastreamento por gestos para revolucionar o uso do computador.
Quando campanhas de tecnologia batem recordes de financiamento, normalmente envolvem produtos que seguem tendências consolidadas como smartwatches, fones de ouvido ou óculos inteligentes. Desta vez, porém, o feito partiu de um dispositivo inesperado: um anel. O Prolo Ring, um anel tecnológico que promete substituir completamente o mouse tradicional e transformar o modo como interagimos com computadores, atingiu sua meta de financiamento no Kickstarter em apenas oito minutos e cinquenta e nove segundos, segundo a própria plataforma. O feito aconteceu no final de 2024, e desde então o projeto segue despertando curiosidade e expectativa global, sobretudo entre profissionais de tecnologia, designers, gamers e entusiastas de produtividade.
O dispositivo funciona como um controlador por gestos, capaz de detectar movimentos no ar com precisão milimétrica e traduzi-los em ações como clicar, arrastar, rolar páginas, ajustar níveis de zoom, controlar apresentações e até realizar comandos em softwares complexos de edição. A proposta é simples, mas ambiciosa: substituir o mouse como principal interface de navegação no PC e notebooks, oferecendo ergonomia, liberdade de movimento e acessibilidade a quem enfrenta dores crônicas no pulso, tendinite ou simplesmente deseja uma forma mais natural de interagir com telas.
Tecnologia de rastreamento e sensores de movimento de precisão
A estrutura do Prolo Ring combina sensores inerciais de alta precisão, acelerômetros, giroscópios e tecnologia de rastreamento espacial proprietária. O anel se conecta via Bluetooth, reconhece gestos tridimensionais e responde a movimentos curtos com alta velocidade de leitura, prometendo latência mínima similar aos mouses premium do mercado.
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Ao executar um gesto simples com o dedo indicador, o usuário controla o cursor na tela. A superfície sensível no anel funciona para cliques e toques, enquanto movimentos sutis do pulso replicam ações como rolagem e navegação.
O software inclui calibração adaptativa, permitindo que o sistema aprenda o padrão de movimento do usuário e se ajuste naturalmente ao estilo de uso, ao invés de exigir adaptação humana ao equipamento.
A promessa é uma experiência mais orgânica que a de mouses tradicionais e trackpads, aproximando a interação digital do movimento natural das mãos. Para designers e profissionais criativos, o anel também oferece modo de precisão para capturas milimétricas em softwares como Adobe Illustrator e AutoCAD, uma função fundamental para ser considerado mais que um acessório futurista e sim uma ferramenta profissional.
Uma corrida para reinventar a interface humana com máquinas
Historicamente, o mouse foi criado em 1964 pelo engenheiro Douglas Engelbart e tornou-se padrão global de interação gráfica a partir da década de 1980, com o avanço dos computadores pessoais.
Apesar de ter evoluído com versões ergonomicamente refinadas, designs verticais e sensores óticos avançados, ele se manteve essencialmente igual em sua função e forma.
O que o Prolo Ring e projetos similares tentam inaugurar é uma nova era de interação, semelhante ao impacto dos controles por movimento no universo dos videogames, como os do Nintendo Wii e VR headsets.
A aproximação com tecnologias de realidade aumentada e realidade virtual é evidente. Em um cenário em que dispositivos como Vision Pro e headsets de alta imersão se tornam parte da vida profissional e de entretenimento, controlar interfaces no ar pode se tornar prática cotidiana.
O anel funciona tanto em computadores convencionais quanto em sistemas emergentes de exibição holográfica e realidade aumentada, reforçando sua ambição de futuro.
Aplicações práticas e ergonomia como diferencial competitivo
Para além do caráter futurista, uma das principais promessas do anel é a ergonomia. Profissionais que passam longas horas diante de telas frequentemente enfrentam dores no punho, síndrome do túnel do carpo ou fadiga relacionada à posição fixa da mão.
Com o anel, o gesto se torna livre, o braço deixa de ficar apoiado fixo em uma superfície e os micro-movimentos se distribuem, reduzindo o esforço repetitivo.
Outro ponto importante é a portabilidade. O dispositivo é menor que um mouse e cabe no bolso, permitindo controle total em mesas pequenas, aviões, trens ou até em pé, enquanto o usuário apresenta slides ou demonstrações técnicas.
A proposta tem especial apelo entre profissionais digitais nômades, que necessitam compactar ao máximo o setup de trabalho sem perder eficiência operacional. Ao mesmo tempo, para gamers, a promessa abre uma nova categoria de comando, embora ainda não haja confirmação de desempenho competitivo no universo dos e-sports, campo em que milissegundos fazem diferença. O fabricante, no entanto, indica que o produto será atualizado continuamente com melhorias no tracking e novos perfis de uso.
Viralização, mercado e expectativa global
O feito de atingir financiamento em menos de dez minutos revela um mercado ansioso por novas interfaces de controle. Em apenas 24 horas, a campanha já havia multiplicado a meta inicial por mais de dez vezes, com contribuições vindas de diferentes países.
Influenciadores de tecnologia e canais de produtividade destacaram o anel como uma das apostas mais interessantes para substituir dispositivos tradicionais, ao lado de tecnologias de rastreamento ocular e comando por voz.
O sucesso comercial antes mesmo do lançamento demonstra uma movimentação de mercado que não se via desde o boom dos smartwatches, indicando que wearables para controle computacional podem representar a próxima onda de consumo em eletrônicos pessoais.
Um passo adiante na forma de trabalhar
Enquanto o mouse não desaparece imediatamente, o surgimento do Prolo Ring sinaliza que estamos diante de uma transformação semelhante à que vimos com telas sensíveis ao toque e teclados virtuais.
A evolução da interface humano-máquina pode deixar de ser apoiada sobre superfícies físicas e migrar para gestos e movimentos livres, redefinindo o trabalho, a criatividade e a navegação no mundo digital.
Em um ambiente onde eficiência e ergonomia guiam as decisões de compra, a proposta de comandar um computador apenas com o movimento do dedo deixa de ser ficção científica e se torna uma possibilidade real e comercialmente viável.



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