Descoberta arqueológica na Grécia revela anel de ouro de 2.000 anos associado a Apolo, trazendo novas evidências sobre simbologia e práticas religiosas da época
Arqueólogos na Grécia descobriram um túmulo monumental que foi usado por séculos para sepultamentos antes de se transformar em um santuário de cura. A estrutura, localizada em Chiliomodi, perto de Corinto, no Peloponeso, revelou artefatos, incluindo um anel de ouro com a figura de Apolo, que indicam essa transição de função ao longo do tempo.
Descoberta e estrutura do túmulo
A tumba foi encontrada no outono de 2024 e sua descoberta foi anunciada em 10 de março pelo Ministério da Cultura grego. O túmulo possui uma estrutura em forma de T, com uma câmara funerária de 2,7 metros por 7,4 metros.
A entrada era selada por uma laje em forma de porta, característica comum em sepulturas do período helenístico (323 a 30 aC).
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Dentro da câmara funerária, os arqueólogos identificaram um grande sarcófago contendo um esqueleto feminino. Além disso, havia cinco caixas retangulares de alvenaria distribuídas ao longo das paredes, mas essas foram saqueadas em algum momento da história.
Índices de reutilização como santuário
O túmulo foi usado para enterros por vários séculos antes de se tornar um santuário de cura entre os anos 250 e 450 dC, no final do período romano. Entre os objetos encontrados, um anel de ouro chamou a atenção dos pesquisadores.
Ele apresenta uma pedra semipreciosa esculpida com a figura de Apolo, o deus da cura e da medicina. Junto a ele, foi encontrada a representação de uma cobra, um símbolo médico reconhecido desde a antiguidade.
Além desse anel, os arqueólogos recuperaram moedas, pequenas folhas de ouro de uma coroa de flores, vasos de cerâmica, itens de ferro e bronze, frascos de perfume e contas de vidro. Esses objetos ajudam a fortalecer a importância do local ao longo do tempo.
Santuário de cura: oferendas votivas e índices de culto
Fora da câmara funerária, escavadores encontraram artes que indicam o uso do monumento como um santuário de cura. Foram desenterrados dedos de argila e parte de um braço do mesmo material, sugerindo oferendas votivas.
Essas representações anatômicas eram comuns em locais dedicados à cura, onde com certeza deixavam objetos que simbolizavam partes do corpo em busca de tratamento ou como agradecimentos por uma cura alcançada.
A prática de oferecer esculturas votivas de partes do corpo era comum no mundo antigo. O ato simbolizava a esperança de cura divina ou a gratidão pelos benefícios recebidos.
Esse achado reforça a ideia de que o túmulo não somente abrigou mortos, mas também se tornou um espaço de devoção religiosa e busca por saúde.
Pesquisa ainda em andamento
A escavação do local ainda não foi concluída. Segundo o Ministério da Cultura grego, os arqueólogos estão analisando a estrutura original do complexo funerário e sua posterior adaptação como santuário de cura. Estudos futuros devem investigar detalhes sobre as reformas realizadas ao longo do tempo.
Além do túmulo, a área de Chiliomodi contém vestígios do período romano tardio, incluindo casas e um grande forno. As pesquisas continuam para aprofundar o conhecimento sobre a história da região e sua ocupação ao longo dos séculos.
Com informações de Live Science.