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Aneel calcula que o rombo deixado pela crise hídrica seja de R$ 13 bilhões e brasileiros devem se preparar para um novo aumento de 21%, na conta de luz até abril de 2022

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 14/11/2021 às 12:20
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Reajustes fazem consumidores brasileiros economizar ainda mais – Imagem: Getty Images

De acordo com dados da Aneel, a estimativa é que o aumento na conta de luz do próximo ano seja de 21%. Mesmo com as bandeiras atuais de crise hídrica, o rombo deixado, na melhor das hipóteses, será de R$ 13 bilhões

O aumento na conta de luz não sairá da vida do consumidor no próximo ano. O reajuste que o próprio setor elétrico e documentos oficiais do Governo Federal preveem é maior que 20% no ano de 2022, uma alta que, devido à crise hídrica, impulsionará ainda mais a inflação e impactará ainda mais na renda dos brasileiros. De acordo com um documento interno da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que foi emitido na sexta-feira (5), onde o órgão faz uma projeção sobre o impacto que a atual crise hídrica no país terá sobre as tarifas em todo o país, por conta das medidas que foram utilizadas para que o abastecimento de energia fosse garantida.

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De acordo com o texto, as estimativas da Aneel apontam para um cenário de impacto tarifário de 21,04% para o próximo ano. Considerando dados da agência, o reajuste acumulado neste ano só para os consumidores residenciais chega a 7,04%, ou seja, o aumento na conta de luz esperado para o próximo ano, aumentará, praticamente o triplo deste ano. Em 2020, antes da crise hídrica, o aumento médio foi de 3,25%.

Nos últimos meses os consumidores tem bancado por mês, o custo das bandeiras tarifárias, um aumento na conta de luz que é utilizado para pagar o acionamento das usinas térmicas, que são mais caras que as hidrelétricas.

Isso ocorre devido à crise hídrica, que gerou o esvaziamento dos principais reservatórios do Brasil. Um dos principais motivos para justificar tal cobrança é evitar que esse valor seja pago depois, nos reajustes anuais, como ocorria antes. De acordo com a Aneel, nem mesmo as bandeiras tarifárias tem conseguido cobrir o rombo atual.

Um rombo de R$ 13 bilhões no próximo ano

Após analisar as projeções de produção de energia e os custos previstos, contando com informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a área técnica da Aneel concluiu que, até abril do próximo ano, os melhores resultados apontam para um rombo de R$ 13 bilhões. Já descontada a previsão de arrecadação da receita da bandeira tarifária de crise hídrica.

Entenda o motivo do aumento na sua conta de energia

O acionamento das usinas térmicas no Brasil não se tratam da única explicação para o rombo financeiro do setor de energia que resultará em um novo reajuste na conta de luz dos brasileiros em 2022.

Outra fatura estimada em R$ 9 bilhões que será paga pelo consumidor vem de contratações simplificadas de energia que foi feito pelo governo no último mês. Se trata de uma espécie de energia reserva que será entregue a partir de maio do próximo ano para que se tenha uma maior segurança e seja evitado o racionamento. Os reajustes também podem ser justificados por meio do aumento de importação de energia, através de contratos firmados com o Uruguai e Argentina.

Desse modo, os reajustes nas contas são feitos pela Aneel anualmente, após analisar os custos de cada distribuidora do país, o porcentual de aumento varia entre os estados.  

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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