Cabo será implantado no leito do Rio Içá e conecta, pela primeira vez, as redes terrestres dos dois países na Amazônia
A Anatel deu um passo histórico ao autorizar a instalação de um cabo de fibra óptica entre Brasil e Colômbia, através do leito do Rio Içá, na região amazônica. A medida cria a primeira conexão direta por via terrestre entre as infraestruturas de telecomunicações dos dois países.
A autorização foi concedida à EAF, entidade responsável pela faixa de 3,5 GHz no Brasil, permitindo a realização de estudos técnicos e inspeções de campo. A operação faz parte dos programas Amazônia Integrada e Sustentável (PAIS) e Amazônia Conectada (PAC), que visam expandir o acesso à internet na floresta.
Projeto aprovado pela Anatel terá impacto geopolítico e ambiental
O plano autorizado pela Anatel não é apenas uma melhoria técnica: ele representa uma virada estratégica para o continente. Ao conectar as redes de dados do Atlântico ao Pacífico por via terrestre, o cabo abre uma nova rota de tráfego digital internacional, com menor latência e mais estabilidade.
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A nova infraestrutura poderá reduzir a dependência de cabos submarinos para conexões intercontinentais, além de ampliar o alcance da internet em áreas hoje isoladas. Isso beneficia diretamente populações ribeirinhas e indígenas da região amazônica.
Infraestrutura da Anatel também reforçará proteção ambiental
Além do impacto digital, o backbone viabilizado pela Anatel será equipado com sensores e sistemas de monitoramento em tempo real. Esses recursos poderão ser utilizados para detectar atividades ilegais, como desmatamento, garimpo e transporte clandestino de cargas.
O uso da tecnologia como aliada na preservação ambiental é uma das prioridades dos programas PAIS e PAC, que já instalaram mais de 10 mil km de fibra óptica em áreas críticas da floresta brasileira.
Alta capacidade de dados e conexão estável pela rota amazônica
A nova rede terá capacidade para transmitir dados em alta velocidade, usando cabos com estrutura reforçada para resistir às condições extremas da região. Com apoio da Anatel, o projeto adota tecnologia DWDM (Multiplexação por Divisão em Comprimento de Onda), capaz de suportar mais de 100 Gbps por canal.
A conexão será integrada ao backbone nacional, ampliando a cobertura das operadoras e facilitando a expansão da rede 5G em regiões remotas. Com isso, empresas, escolas e hospitais da Amazônia poderão acessar serviços digitais com a mesma qualidade dos centros urbanos.