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Produção de hidrogênio: Amônia como combustível marítimo, segurança e sustentabilidade até 2030

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 06/10/2023 às 20:53
Amônia como combustível marítimo: segurança e sustentabilidade até 2030
Amônia como combustível marítimo (Imagem / Reprodução: Luis de Mattos)

Sabe aquela expressão “ventos favoráveis”? Parece que a amônia está pegando essa brisa na corrida para ser o combustível marítimo mais sustentável do futuro.

Segundo Luis de Mattos, especialista em conformidade regulatória offshore, a amônia destaca-se economicamente por ser uma opção viável na produção de hidrogênio. Ao contrário de outros combustíveis verdes, a amônia não enfrenta custos adicionais para a extração de carbono.

Energia renovável e logística de abastecimento

Mas não é só de economia que se constrói um futuro sustentável. O uso de combustíveis mais limpos também requer um olhar atento para a fonte de energia. Para a produção em larga escala de combustíveis de carbono zero, áreas com alta incidência de energia renovável, como solar e eólica, tornam-se altamente atraentes.

E aqui entra um detalhe: muitas dessas áreas estão convenientemente localizadas perto de grandes rotas comerciais marítimas. Contudo, essas localizações também são conhecidas pela baixa densidade populacional e mercados de energia relativamente pequenos.

O papel da segurança na transição energética

A segurança é um componente crítico nesta transição energética. Mudanças nos designs das novas embarcações já estão no horizonte, inclusive com a separação física das áreas de alojamento e combustível nas estruturas dos navios. Imagine um cenário onde as salas de máquinas são totalmente automatizadas, minimizando os riscos associados ao manuseio de combustíveis como a amônia.

Regulamentações futuras e desafios

Ainda há muita água para rolar debaixo dessa ponte. Até 2030, regulamentações mais rígidas são esperadas por parte da Organização Marítima Internacional (IMO) em relação às emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) e outros gases de efeito estufa. E não se espante se a tecnologia de células de combustível, mais eficiente e de baixa temperatura, substituir os motores a combustão nas novas construções de navios.

Novos horizontes na navegação global

Por mais que haja desafios e incertezas, logística e infraestrutura, como em qualquer mar aberto, as transformações trazem consigo um oceano de oportunidades. Novos tipos de navios, mercados de carga e rotas estão prestes a emergir, escrevendo um novo capítulo na história marítima global.

Então, será que conseguiremos tornar o uso de amônia como combustível marítimo uma realidade segura e sustentável até 2030? O tempo dirá, mas uma coisa é certa: estamos navegando em águas cada vez mais verdes.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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