Serão investidos cerca de 300 milhões de dólares para a construção da refinaria no Porto do Açu e, no pico das obras, deve gerar 2 mil empregos
Com investimentos total de US$ 2 bilhões, a americana Oil Group planeja construir seis refinarias de pequeno porte no Brasil, nos próximos sete anos, sendo a primeira no Porto do Açu. A notícia veio em meio à forte retração econômica mundial que derrubou os preços do petróleo e o consumo de combustíveis devido à pandemia do novo coronavírus. Mubadala sai na frente e apresenta a melhor proposta na compra da refinaria RLAM da Petrobras
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O Norte Fluminense, durante décadas o maior produtor de petróleo do país, vai finalmente ganhar a sua refinaria. A americana vai construir no Porto do Açu, em São João da Barra, no segundo semestre do ano que vem, a primeira de seis refinarias de pequeno porte planejadas para o Brasil.
O diretor da Oil Group, Fabiano Diaagoné, disse que serão investido cerca de 300 milhões de dólares para a construção da refinaria e, no pico das obras, deve gerar 2 mil empregos. A refinaria terá capacidade de processar 20 mil barris diários de petróleo, com possibilidade de ampliação no futuro.
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Segundo o executivo, atualmente o Brasil consome diesel em alta escala, e a Petrobras não consegue suprir o país só com sua produção. Para a empresa abastecer 100% do mercado nacional sem importações seria necessário uma retração de 40% na demanda.
“Nosso grupo já investe no Brasil em exploração e produção de petróleo. Vemos este momento de baixa preço petróleo e crise como oportunidade de estruturar o refino. É um nicho de mercado bem interessante para nossos projetos” disse Diaagoné.
A empresa americana pretende construir quatro unidades de pequeno porte, com capacidade para 20 mil barris a 30 mil barris diários, próximas a portos, e duas menores, de 3 mil a 5 mil barris diários, vizinhas à produção terrestre de petróleo.
Das quatro unidades maiores, além da do Rio, estão em fase de estudo de viabilidade econômica a instalação de uma no Espírito Santo e outra no Maranhão. A quarta unidade e as duas menores ainda não têm localização, mas os estudos estão entre Bahia e Sergipe.
Construção de refinarias no Brasil
Sem recursos do BNDES, desde 1953, não são construídas refinarias privadas no país. No ano de 2005, durante a gestão da ex-governadora Rosinha Garotinho, a região empreendeu uma campanha pela instalação de um pólo petroquímico e uma refinaria da Petrobras, empreendimentos que seriam implantados na localidade de Guriri, próximo a Serrinha, em Campos.
A disputa com Itaguaí contou com um movimento deflagrado com o apoio dos prefeitos que integram a Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), mas a estratégia não deu certo porque o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu pela construção do empreendimento em Itaboraí, onde ainda está sendo implantado o Comperj (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro).
O Comperj sofreu ainda descontinuidade em seu prazo de conclusão devido aos escândalos do “Petrolão”. O investimento do Comperj foi orçado à época pela Petrobras em US$ 9 bilhões.
Alvo da Operação Lava Jato, o Comperj agora deve ser rebatizado com outro nome. Vai se chamar Gaslub Itaboraí, uma estratégia da Petrobras e grupos privados que assumiram o controle da retomada do empreendimento, a fim de livrar o complexo petroquímico da mancha de corrupção.