Para a Petrobras, o reajuste de salário se justifica pelos bons resultados obtidos e pela defasagem salarial dos administradores em relação a outras empresas do setor
O alto escalão da Petrobras é composto pelo presidente, diretores e conselheiros. A aprovação para o reajuste salarial destes cargos se deu na reunião do conselho de administração estatal nesta quarta-feira (22). No entanto, para entrar em vigor, a proposta precisa ser aprovada pela assembléia geral dos acionistas, marcada para o dia 27 de abril.
O que esse reajuste implica?
Com o aumento de 43,88% sobre a remuneração fixa (que não considera auxílios ou participação nos lucros) dos cargos mais altos da estatal, o salário do presidente Jean Paul Prates, que atualmente gira em torno de R$ 116 mil reais, passará para cerca de R$ 167 mil.
De acordo com o Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais de 2022, a média de remuneração dos administradores e do conselho fiscal ultrapassou a casa dos R$3,9 milhões por cargo, considerando salário fixo, participações nos lucros e gratificações.
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Petrobras considera o aumento do salário coerente, porém, ele gera revolta de outras autoridades
Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, a Petrobras afirmou que a remuneração fixa dos diretores “estava congelada desde 2016”. A estatal ainda afirmou, em nota, que o reajuste não terá efeito imediato, pois, caso aprovado, só entrará em vigor após a data de realização da assembléia geral ordinária de 2023.
No entanto algumas autoridades não se mostram satisfeitas com a proposta, dentre elas o chefe do Planalto, que afirmou em entrevista à TV 247: “O salário dos diretores aumentou de R$60 mil para R$360 mil por mês, e um cidadão que está num conselho ganha R$200 mil para participar de uma reunião por mês. Então esses absurdos é que estamos vendo como mudar”.
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