Além do etanol e gasolina, diesel e gás de cozinha seguem sofrendo reajustes. Segundo a Petrobras, os reajustes seguem as práticas de preços competitivos, em equilíbrio com o mercado
Desde 2016, a política de preços do petróleo brasileiro passou a seguir o preço internacional, fazendo com que uma série de fatores entrassem na composição dos preços dos combustíveis, principalmente gasolina e diesel. Depois do choque provocado pela pandemia do Coronavírus, a economia global teve um crescimento robusto neste ano, o que aumentou a busca pela commodity e, consequentemente, ajudando a puxar os preços para cima.
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Em uma pesquisa realizada em seis estados, o preço médio da gasolina cresceu 0,64% entre os dias 7 e 13 de novembro. De acordo com o Índice Nacional de preços ao consumidor amplo, a gasolina é o produto que mais sofreu reajuste no preço em 2021. Segundo a Petrobras, os reajustes seguem o compromisso de praticar preços competitivos, em equilíbrio com o mercado.
O consumo do etanol segue sendo desvantajoso em todos os estados do país, sofrendo acréscimos mais uma vez (chegando a R$ 5,394/L) e completando a sua 15ª semana seguida em alta. Já a gasolina, que saiu de 6,710% para 6,753%, contabiliza o sexto mês seguido de aumento dos preços.
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Cenário adverso e baixa competitividade
A relação entre os preços do biocombustível e do combustível fóssil passou de 78,9% para 79,9%, no intervalo de uma semana, cenário que não se via desde o período de 17 a 23 de abril de 2011, quando foi de 80,9%. Com isso, o uso do etanol segue não sendo comercialmente competitivo e fica ainda mais distante do limite concedido – 70% do curso de gasolina – faixa em que é considerado vantajoso para os consumidores.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do etanol subiu em 21 estados e no Distrito Federal, entre 7 de outubro e 3 de novembro.
O estado de Minas Gerais registrou aumento de 1,73% no preço médio do etanol, que foi comercializado a R$ 5,538/L, considerado o maior valor dentre os estados produtores. A gasolina também passou por um acréscimo de 0,8% e foi negociada a R$ 7,024/L, em média.
A alta nos preços também atingiu o diesel e o gás de cozinha. O preço médio do litro do diesel aumentou em 2,45%. Já o valor do gás de cozinha aumentou em 7,2%, se aproximando à R$ 100,00 o valor do botijão.
Na ala governamental, o preço dos combustíveis é assunto principal. Segundo o presidente da Petrobras, Joaquim Silvério Luna, a política de preços dos combustíveis não é discutida com o presidente Jair Bolsonaro. Já o deputado federal José Ricardo enfatizou que o preço do combustível terá um novo aumento nos próximos dias, em função dos preços internacionais.