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Alta nos preços dos combustíveis – etanol e gasolina engatam aumentos consecutivos. Biocombustível segue não sendo vantajoso aos olhos dos brasileiros

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 17/11/2021 às 21:49
combustíveis, gasolina, etanol
Foto: reprodução

Além do etanol e gasolina, diesel e gás de cozinha seguem sofrendo reajustes. Segundo a Petrobras, os reajustes seguem as práticas de preços competitivos, em equilíbrio com o mercado

Desde 2016, a política de preços do petróleo brasileiro passou a seguir o preço internacional, fazendo com que uma série de fatores entrassem na composição dos preços dos combustíveis, principalmente gasolina e diesel. Depois do choque provocado pela pandemia do Coronavírus, a economia global teve um crescimento robusto neste ano, o que aumentou a busca pela commodity e, consequentemente, ajudando a puxar os preços para cima.

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Em uma pesquisa realizada em seis estados, o preço médio da gasolina cresceu 0,64% entre os dias 7 e 13 de novembro. De acordo com o Índice Nacional de preços ao consumidor amplo, a gasolina é o produto que mais sofreu reajuste no preço em 2021. Segundo a Petrobras, os reajustes seguem o compromisso de praticar preços competitivos, em equilíbrio com o mercado.

O consumo do etanol segue sendo desvantajoso em todos os estados do país, sofrendo acréscimos mais uma vez (chegando a R$ 5,394/L) e completando a sua 15ª semana seguida em alta. Já a gasolina, que saiu de 6,710% para 6,753%, contabiliza o sexto mês seguido de aumento dos preços.

Cenário adverso e baixa competitividade

A relação entre os preços do biocombustível e do combustível fóssil passou de 78,9% para 79,9%, no intervalo de uma semana, cenário que não se via desde o período de 17 a 23 de abril de 2011, quando foi de 80,9%. Com isso, o uso do etanol segue não sendo comercialmente competitivo e fica ainda mais distante do limite concedido – 70% do curso de gasolina – faixa em que é considerado vantajoso para os consumidores.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do etanol subiu em 21 estados e no Distrito Federal, entre 7 de outubro e 3 de novembro.

O estado de Minas Gerais registrou aumento de 1,73% no preço médio do etanol, que foi comercializado a R$ 5,538/L, considerado o maior valor dentre os estados produtores. A gasolina também passou por um acréscimo de 0,8% e foi negociada a R$ 7,024/L, em média.

A alta nos preços também atingiu o diesel e o gás de cozinha. O preço médio do litro do diesel aumentou em 2,45%. Já o valor do gás de cozinha aumentou em 7,2%, se aproximando à R$ 100,00 o valor do botijão.

Na ala governamental, o preço dos combustíveis é assunto principal. Segundo o presidente da Petrobras, Joaquim Silvério Luna, a política de preços dos combustíveis não é discutida com o presidente Jair Bolsonaro. Já o deputado federal José Ricardo enfatizou que o preço do combustível terá um novo aumento nos próximos dias, em função dos preços internacionais.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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