Mudança em hábitos alimentares parece ser um dos principais motivos para que a exportação de carne bovina, em Mato Grosso, tenha registrado recorde em 2022, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Em carcaça (TEC), o estado enviou para fora o maior volume da série histórica, foram exportadas 605,44 mil toneladas para o comércio exterior. Somente no período de janeiro a abril do ano passado, o estado somou 185 mil toneladas exportadas no ano passado, com uma receita total de US$790 milhões.
Com alta de mais de 5% no ano passado, o alcance em receita foi de cerca de US$2,75 bilhões. Em 2021, o embarque registrou 443,16 mil toneladas e receita de uns US$2 bi. Um crescimento de 37,8% com relação a 2021. O estado do Mato Grosso possui mais de quatrocentas propriedades plenamente adequadas às políticas de exportação vigentes no comércio exterior atualmente.
A China foi o maior importador, sozinha, comprou 99.744 toneladas. Com Hong Kong, somou 53,32% de todo o volume exportado no ano, o que representa um incremento de 15,37% quando se comparam os anos de 2021 e 2022. Um país que surpreendeu na demanda de carne bovina, o que também justifica o aumento da exportação de carne bovina brasileira, o Egito aumentou aproximadamente 600% em importação da proteína no mesmo período. Estados Unidos e Chile ocuparam as 2a e 3a posição no ranking das exportações brasileiras.
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Houve forte pressão nas cotações do boi gordo, que registrou recuo de 3,9% no comparativo anual, o que, embora tenha sido considerado um marco para a exportação de carne bovina no Brasil, não impediu que o país batesse recorde em 2022, exportando 25,23% a mais do que exportou em 2021. Acredita-se que, em relação ao abate de bovinos mato-grossenses, com um maior descarte de fêmeas, houve redução nas cotações, reflexo da virada no ciclo pecuário, 13,9% maior do que foi em 2021.
Também houve retenção de matrizes no ano de 2021. O que fez com que a oferta, em 2022, aumentasse, e isso reflete nas cotações, fazendo com que elas fiquem em baixa, principalmente para os animais de reposição. Houve registro de queda para a maioria das categorias, bezerras, por exemplo, foram cotadas em R$ 1.887,72 a cabeça no ano passado, uma redução de 15,8% em relação a 2021.
Esses e outros números foram divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) na última segunda-feira (16), no Boletim Semanal da Bovinocultura.
De janeiro a dezembro, o país exportou 1,996 milhão de carne in natura, quase 30% a mais do que em 2021. Um recorde que superou o alto número de 2020, de 1,75 milhão de toneladas. A receita brasileira total foi de US$ 13,091 bilhões, uma movimentação de 2.344.736 toneladas. Para 2023, não há expectativa de que os números se repitam, inclusive no que se refere aos preços, já que, nos últimos meses, os mercados brasileiro e chinês passaram por intensa renegociação, e o produto brasileiro apresentou quedas de mais de 10% nos valores médios.
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