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Lista completa de alimentos que o Governo autorizou União, estados e municípios comprarem sem licitação

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 25/08/2025 às 07:38
tarifaço
Foto: Reprodução
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Governo libera R$ 40 bilhões em crédito e autoriza compra sem licitação de produtos do agronegócio atingidos por tarifas dos EUA.

O Governo Federal anunciou na última sexta-feira uma série de medidas para conter os efeitos do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

A estratégia combina crédito emergencial de R$ 40 bilhões e a autorização para União, estados e municípios comprarem, sem licitação, alimentos produzidos por empresas que perderam espaço no mercado externo.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a decisão busca proteger setores do agronegócio que sofreram diretamente com a medida americana. “São vários produtos que agora podem ser comercializados com o governo federal, estados e municípios, minimizando os impactos do tarifaço”, disse.

Produtos liberados para compras públicas

O governo publicou uma portaria listando os alimentos que poderão ser adquiridos pelo poder público, sem necessidade de processo licitatório. Oito itens já foram incluídos:

  • açaí;
  • água de coco;
  • castanha de caju;
  • castanha-do-pará;
  • mel;
  • manga;
  • pescados (como corvina, pargo e tilápia, em versões frescas, refrigeradas ou congeladas);
  • uva.

Segundo o texto, a lista pode ser ampliada futuramente. A avaliação caberá aos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura.

Exigências para as empresas

Para participar do programa, as empresas terão que comprovar que foram vítimas das tarifas americanas. O critério será o preenchimento da chamada Declaração de Perda na Exportação.

Com o documento aprovado, os produtores ficam autorizados a vender diretamente ao setor público dentro do Plano Brasil Soberano, programa de socorro criado pelo governo federal.

Crédito de R$ 40 bilhões

Além das compras públicas, o pacote prevê R$ 40 bilhões em crédito para empresas prejudicadas pela barreira dos EUA. Desse total, R$ 30 bilhões virão do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões do BNDES.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que a prioridade será para quem perdeu mais de 5% do faturamento entre julho de 2024 e junho de 2025.

Segundo Mercadante, a liberação dos créditos deve começar na segunda semana de setembro.

Critério de impacto no faturamento

O acesso ao crédito será maior para quem sofreu perdas mais pesadas. Empresas que registraram queda igual ou superior a 20% poderão acessar todas as linhas e garantias disponíveis.

O modelo de crédito é inspirado no programa emergencial usado em 2023 para socorrer empresas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Condição: manter empregos

Uma das exigências para ter acesso ao crédito é preservar empregos. As empresas beneficiadas terão de comprovar que estão mantendo funcionários.

Demissões serão permitidas, mas precisarão ser compensadas com novas contratações.

O governo diz que a medida é fundamental para evitar que o tarifaço provoque aumento do desemprego em setores estratégicos.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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