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Alerta vermelho! Os 5 motores de carros populares com problemas crônicos no Brasil e como se proteger

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 26/05/2025 às 14:35
Alerta! 🚨 5 motores de carros populares com problemas crônicos no Brasil (GM, Ford, VW...). Saiba quais são e como se proteger!
Alerta! 🚨 5 motores de carros populares com problemas crônicos no Brasil (GM, Ford, VW…). Saiba quais são e como se proteger!
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Alguns dos carros mais vendidos no Brasil podem esconder uma bomba-relógio sob o capô. Conheça 5 motores de carros populares com problemas crônicos que geram muitas reclamações e saiba como evitar dores de cabeça.

Este dossiê investigativo sobre motores de carros populares com problemas crônicos, expondo motores no mercado nacional que têm sido fonte de inúmeras reclamações. O objetivo é informar para que você, consumidor, possa se proteger.

A compra de um carro popular no Brasil, seja novo ou usado, é um investimento significativo. No entanto, por trás de um design atraente ou preço vantajoso, pode haver um motor com histórico de problemas crônicos, transformando o sonho em pesadelo com visitas constantes à oficina e gastos inesperados.

Motores GM 1.0 e 1.2 turbo (família CSS Prime): a saga da correia banhada a óleo e outros problemas

Presentes em modelos como Chevrolet Onix (Hatch e Plus), Tracker e Nova Montana, esses motores têm como principal e mais grave problema crônico a falha prematura da correia dentada banhada a óleo. Apesar da promessa de durabilidade de 240.000 km pela GM, há relatos de rompimentos com quilometragens muito inferiores. A GM atribui falhas ao uso de óleo incorreto, mas proprietários contestam.

A quebra da correia pode levar à contaminação do sistema de lubrificação e, em casos extremos, à “fundição” do motor. Outras queixas incluem ruído no turbocompressor, falhas de partida a frio e carbonização. O custo de reparo da correia varia de R$4.000 a R$8.000, podendo ultrapassar R$15.000 em danos severos ao motor. A GM estendeu a garantia da correia para 240.000 km, condicionada a todas as revisões na rede Chevrolet com óleo específico.

Motores Ford 1.0 Ti-VCT e 1.5 Dragon (3 cilindros): o pesadelo da correia e a quebra do motor em modelos Ford

Equipando modelos como Ford Ka e EcoSport (com motor Dragon 1.5), esses propulsores Ford de três cilindros também são conhecidos por problemas de quebra prematura da correia banhada a óleo. A falha pode resultar em danos severos, com custos de retífica entre R$8.000 e R$9.000, ou mais de R$20.000 para substituição do motor.

A Ford previa durabilidade de até 240.000 km (1.0) ou 160.000 km (1.5 Dragon) para a correia. O encerramento da produção da Ford no Brasil pode complicar o acesso a peças e serviços especializados, aumentando a vulnerabilidade dos proprietários.

Motor VW EA111 (1.0 e 1.6 8V): um legado de problemas persistentes em populares da Volkswagen

Apesar de sua longa presença no mercado em modelos como Volkswagen Gol, Fox, Voyage e Saveiro (gerações mais antigas), o motor VW EA111 acumula um histórico de problemas. Falhas de lubrificação são notórias, especialmente nos modelos 1.0 8V VHT (2008-2011), muitas vezes agravadas pelo uso de óleo com viscosidade inadequada.

Outras questões recorrentes incluem vazamentos pelo filtro anti-chama, trincas na bobina de ignição (causando luz EPC acesa), desgaste prematuro do motor de partida original e falhas no compressor do ar condicionado. Problemas no sistema de arrefecimento (válvula termostática, bomba d’água) são comuns, principalmente pelo uso de água de torneira. A “batida de tuchos” também é frequente.

Motor Hyundai Kappa 1.0 (3 cilindros aspirado e TGDI): dores de cabeça no cabeçote e na complexa injeção direta

Este motor, presente no Hyundai HB20 (1.0 aspirado e 1.0 TGDI) e Creta (1.0 TGDI), tem gerado preocupações. No HB20 1.0 aspirado (especialmente 2ª geração, desde 2019), problemas no cabeçote são alarmantes, incluindo excesso de cola na junta, superaquecimento, vazamentos de líquido de arrefecimento e até empenamento do bloco de alumínio.

Falhas em bicos injetores, bobinas e velas com baixa quilometragem também são relatadas para o HB20. Nos motores 1.0 TGDI (turbo com injeção direta), as queixas se concentram em falhas no sistema de injeção, como perda de potência e desligamento do motor, frequentemente atribuídas a bicos injetores defeituosos e sensibilidade à qualidade do combustível.

Motores Fiat Firefly (1.0 3-cil e 1.3 4-cil): vazamentos, ruídos incômodos e válvulas problemáticas em carros da Fiat

A família de motores Firefly da Fiat, equipando modelos como Argo, Cronos, Strada, Mobi, Uno Firefly e Pulse, também apresenta problemas. No motor Firefly 1.0 de 3 cilindros, o rompimento da membrana da válvula PCV (ventilação do cárter) é um defeito documentado desde 2016, causando um assobio agudo no motor, cheiro de óleo queimado e fumaça.

A substituição da peça original pode custar mais de R$1.100. Já o motor Firefly 1.3 de 4 cilindros tem sido associado a vazamentos de líquido de arrefecimento, com reclamações afetando veículos novos e dificuldades no atendimento em garantia. Proprietários do Argo 1.0 também se queixam de barulhos no motor.

Por que esses motores de carros populares com problemas crônicos falham tanto e como o consumidor pode se proteger?

A recorrência de problemas crônicos pode ser atribuída a desafios com novas tecnologias (como correias banhadas a óleo e injeção direta não totalmente maduras para todas as condições), a persistência de falhas em projetos antigos, a qualidade variável de combustível e lubrificantes no Brasil e, por vezes, manutenção inadequada.

Para se proteger, o consumidor que adquire um usado com um desses motores deve exigir histórico completo de revisões (preferencialmente em concessionárias para casos como o da correia da GM), realizar uma inspeção pré-compra detalhada com foco nos pontos crônicos, verificar recalls pendentes e questionar o vendedor sobre o tipo de óleo utilizado. A manutenção preventiva rigorosa, usando peças e fluidos especificados, é crucial.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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