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Alemanha quer se aproximar da França como potência militar dominante na Europa — adquire 120 mísseis de alta tecnologia por 641,6 milhões de euros

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 25/03/2025 às 18:03
Alemanha, potência militar
Imagem: Lockheed Martin.
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A Alemanha está intensificando seus esforços para se posicionar como potência militar dominante na Europa. O país anunciou a compra de 120 mísseis de alta tecnologia, num investimento de €641,6 milhões, como parte de uma estratégia para rivalizar com a influência militar da França

As Forças Armadas da Alemanha (Bundeswehr) confirmaram a compra de 120 mísseis guiados do tipo Patriot PAC-3 MSE, em um movimento voltado ao fortalecimento de sua defesa aérea, se fortalecendo como uma potência militar Europeia.

A aquisição será feita por meio do programa de vendas militares estrangeiras (Foreign Military Sales – FMS), com um orçamento de € 763,5 milhões aprovado pelo Comitê de Orçamento do Parlamento alemão em 18 de dezembro de 2024.

O Foreign Military Sales (FMS) é um programa do governo dos Estados Unidos que permite a países aliados e parceiros comprarem equipamentos, serviços e treinamento militar diretamente do governo norte-americano.

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Compra antecipada e entrega programada

Para garantir uma entrega mais rápida, a Alemanha fez um pagamento antecipado, cobrindo o valor total do contrato.

O custo direto dos mísseis será de 641,6 milhões de euros. Esse valor virá do fundo especial da Bundeswehr. Já o imposto de importação, no valor de 121,9 milhões, será pago no momento da entrega e sairá do orçamento regular de defesa.

Do total, 75 mísseis devem chegar à Alemanha em 2028. Os outros 45 estão previstos para 2029.

Além disso, dois mísseis ficarão nos Estados Unidos para verificação de lote. Eles poderão ser enviados para a Alemanha após cinco anos, se não forem usados em testes.

A fornecedora principal é a Lockheed Martin, gigante americana do setor de defesa.

O acordo segue as mesmas condições dos contratos com as Forças Armadas dos EUA, conforme as regras do programa FMS.

Imagem: Lockheed Martin.

Reforço estratégico para a Alemanha

A decisão marca um passo importante no fortalecimento da defesa aérea alemã. O PAC-3 MSE é uma versão mais avançada dos mísseis Patriot.

Ele é capaz de interceptar alvos a longas distâncias e em grandes altitudes, com maior precisão.

O novo armamento também reforça o compromisso da Alemanha com a segurança coletiva da OTAN.

Diante das tensões recentes na Europa, o país busca ampliar sua capacidade de resposta a ameaças aéreas e mísseis balísticos.

A integração desses mísseis ao arsenal nacional é vista como uma resposta direta aos novos desafios estratégicos no continente.

Transformações na Bundeswehr em 2025

A compra faz parte de um plano maior de modernização das Forças Armadas alemãs. Em 2025, a Bundeswehr passa por uma transformação estrutural e tecnológica.

O governo criou um fundo especial de 100 bilhões de euros para modernizar equipamentos e ampliar capacidades. A meta é aumentar o número de soldados dos atuais 180.000 para 203.000.

Outro passo importante é o novo modelo de serviço militar, que deve recrutar 5.000 jovens por ano. Também está sendo criada uma quarta divisão focada em segurança interna.

Além disso, o setor de ciberdefesa e tecnologia digital está ganhando status de ramo militar separado.

Apesar dos avanços, há obstáculos. A Alemanha ainda enfrenta escassez de munição e atrasos na entrega de novos sistemas.

Diferenças em relação à França

Em comparação com a França, a Alemanha se aproxima em termos de forças convencionais. Ambos os países têm orçamentos militares de cerca de 50 bilhões de euros.

No entanto, a Alemanha conta com um fundo adicional de 100 bilhões para modernização.

Enquanto a França mantém uma estratégia global, com presença na África e Indo-Pacífico, a Alemanha foca na defesa europeia. A França também tem capacidade nuclear e maior experiência em operações externas.

Na área industrial, a França mantém forte produção nacional. Já a Alemanha tem aumentado a dependência de fornecedores americanos, como mostra o novo contrato com a Lockheed Martin.

Mesmo assim, a Alemanha avança rapidamente na reformulação de suas forças. O reforço com os mísseis PAC-3 MSE é mais um sinal claro dessa mudança.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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