Parceria internacional viabiliza o primeiro eixo logístico global voltado ao transporte de hidrogênio liquefeito
Alemanha, Países Baixos e Omã assinaram um acordo inédito para desenvolver o primeiro corredor internacional de importação de hidrogênio liquefeito. A iniciativa busca consolidar a infraestrutura necessária para o transporte seguro e eficiente de combustíveis limpos entre o Oriente Médio e a Europa.
Parceria estratégica para a transição energética
O projeto conectará o porto de Duqm, em Omã, ao porto de Amsterdã, nos Países Baixos, com integração a centros logísticos na Alemanha, como o porto de Duisburgo. A cooperação entre os três países visa garantir o fornecimento de hidrogênio verde para apoiar a transição energética europeia. Segundo a Eixos, essa será a primeira rota estruturada de transporte internacional do combustível em estado liquefeito.
Incentivo à produção de hidrogênio no Oriente Médio
Omã será responsável por produzir o hidrogênio com base em energia renovável e por liquefazê-lo para o transporte marítimo. O porto de Duqm já conta com investimentos em infraestrutura voltada para a exportação de combustíveis limpos, o que viabiliza a execução do projeto. A produção será feita com foco em fontes solares e eólicas, reforçando o papel do país árabe como fornecedor estratégico de energia limpa para a Europa.
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Europa busca segurança energética com descarbonização
O corredor de hidrogênio é parte de um plano mais amplo da União Europeia para diversificar suas fontes de energia e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. A Alemanha e os Países Baixos têm metas ambiciosas de descarbonização para a próxima década, e a importação de hidrogênio verde é vista como peça central dessa estratégia. O transporte via navios especializados permitirá o abastecimento de hubs logísticos e indústrias em território europeu.
Próximos passos e expectativas para o projeto
O acordo entre os três países prevê estudos técnicos, investimentos em infraestrutura e definição de rotas comerciais ao longo de 2025. Com isso, o primeiro corredor internacional de hidrogênio liquefeito do mundo deve entrar em operação até o fim da década. A iniciativa é vista como um modelo para futuras parcerias entre países produtores e consumidores de energia limpa.