Ofertas frequentes nos postos de combustíveis podem esconder riscos para o motor e para o bolso. Saiba como identificar serviços desnecessários que podem causar prejuízo e aprenda a proteger seu veículo de armadilhas comuns durante o abastecimento.
Muitos condutores acreditam estar cuidando do carro quando aceitam serviços oferecidos durante o abastecimento. Mas essa confiança pode acabar custando caro.
Em todo o Brasil, frentistas se aproximam com promessas de “ajuda rápida” no momento em que o motorista estaciona no posto. Verificar o óleo, completar o radiador, trocar palhetas do limpador ou adicionar aditivos são algumas das abordagens mais comuns.
Essas práticas, quando feitas sem critério técnico, podem prejudicar o funcionamento do veículo ou gerar despesas desnecessárias.
-
Milagre da engenharia: cidade flutuante com edifícios sobre estacas de madeira, 150 canais e 400 pontes parece coisa de filme, mas existe
-
De S10 a Saveiro: veja 4 picapes usadas e confiáveis por até R$ 50 mil, ideais para trabalho e lazer
-
Fiat Toro 2026 ganha novo visual e mantém motor potente: Veja o que muda na picape
-
Leapmotor atinge 10 mil unidades produzidas do novo sedã elétrico em apenas 7 dias — e isso diz muito sobre a capacidade de produção da China
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ações de fiscalização têm identificado irregularidades relacionadas a essas ofertas extras, revelando uma realidade que muitos desconhecem.
A seguir, veja os principais serviços que merecem atenção e os cuidados necessários para evitar armadilhas disfarçadas de gentileza.
Combustível aditivado? Pode estar pagando à toa
A oferta para adicionar aditivos ao combustível no momento do abastecimento é frequente e, em muitos casos, desnecessária.
Especialistas explicam que os combustíveis vendidos legalmente no Brasil já passam por certificação e possuem formulação adequada para o funcionamento dos motores modernos.
Se o motorista quiser uma opção mais limpa, a recomendação é escolher diretamente na bomba os combustíveis aditivados, oferecidos pelas distribuidoras.
Adicionar substâncias externas pode ser ineficaz e até interferir no desempenho esperado pelo fabricante.
Frentista sugeriu completar o óleo? Cuidado com o motor quente
A verificação e o complemento do nível de óleo são serviços oferecidos com frequência nos postos, mas exigem atenção.
Quando o motor está quente, parte do lubrificante ainda está circulando e não voltou para o cárter. Isso faz com que o nível aparente esteja baixo, o que leva o frentista a sugerir a adição de óleo.
O excesso de lubrificante pode gerar formação de espuma e comprometer a lubrificação, além de forçar componentes internos.
O procedimento correto é verificar o nível do óleo apenas com o motor frio e o carro nivelado em solo plano.
Aditivo para o radiador: nem sempre é necessário
Outro alerta envolve o sistema de arrefecimento. Frentistas costumam sugerir a colocação de aditivos no radiador ao checar o vaso de expansão.
Embora o complemento do nível possa ser necessário, especialistas alertam que a reposição deve ser feita com água desmineralizada, evitando corrosão interna.
Se o veículo realmente precisar de aditivo, o produto deve seguir exatamente a especificação recomendada no manual do fabricante. Qualquer composição inadequada pode prejudicar o sistema e comprometer o resfriamento do motor.
Palhetas do limpador: limpeza pode resolver
A substituição das palhetas do para-brisa é outra “gentileza” que pode gerar gastos desnecessários.
Com o tempo, é natural que o desgaste ocorra por conta da ação do sol, chuva e sujeira. No entanto, isso não significa que a troca seja sempre obrigatória.
Em muitos casos, basta limpar as borrachas com água para restaurar sua eficácia.
Além disso, usar palhetas paralelas ou de baixa qualidade pode provocar falhas na limpeza e até arranhar o vidro.
O ideal é manter as peças originais e só trocá-las quando apresentarem desgaste real.
Troca de fluido de freio: só com especialista
Uma das ofertas mais perigosas feitas nos postos é a verificação ou troca do fluido de freio.
Esse tipo de intervenção requer conhecimento técnico e não deve ser realizado por qualquer pessoa.
O fluido tem propriedade higroscópica, ou seja, absorve umidade do ar. Qualquer contaminação pode reduzir seu ponto de ebulição, afetando a frenagem.
Além disso, a entrada de ar pode gerar bolhas na tubulação, prejudicando ainda mais a eficiência do sistema.
Caso haja necessidade de substituição, o recomendado é procurar um mecânico de confiança, realizar a sangria completa e usar produtos adequados.
Mesmo gestos que parecem de ajuda podem esconder riscos. Você tem certeza de que conhece todos os perigos por trás das ‘boas intenções’ nos postos de combustíveis?