Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
3 min de leitura
0 comentários
O Airbus A320 superou o Boeing 737 e se tornou o avião mais vendido da história, marcando uma virada histórica na aviação mundial.
O Airbus A320 acaba de conquistar um feito histórico. Nesta terça-feira (07/10/2025), o modelo europeu ultrapassou oficialmente o Boeing 737 e se tornou o avião mais vendido da história, segundo dados da consultoria britânica Cirium.
A virada ocorreu após a entrega de uma nova unidade do A320 para a companhia aérea Flynas, da Arábia Saudita, elevando o total de aeronaves entregues para 12.260 desde 1988.
O marco consolida a Airbus como a maior fabricante de aviões do mundo em entregas anuais e encerra uma disputa de mais de quatro décadas entre a empresa europeia e a americana Boeing, que dominava o mercado de jatos de corredor único desde o lançamento do 737.
-
Crise nos EUA com shutdown pode travar voos globais e deixar Brasil sem insumos essenciais
-
Caos aéreo! Vazamento de óleo fecha Santos Dumont e atrasa voos em São Paulo
-
O voo mais longo do mundo nasce em dezembro: 29 horas no ar entre Buenos Aires e Xangai em rota inédita
-
Embraer apresenta nova identidade visual do cargueiro militar KC-390 em avião de demonstração: veja o que muda
Uma virada histórica no setor de aviação comercial
O Airbus A320, lançado há 37 anos, foi criado como uma resposta direta ao sucesso do Boeing 737.
Com o passar do tempo, tornou-se o modelo preferido de companhias aéreas em todo o mundo, especialmente das empresas de baixo custo, conhecidas por priorizar eficiência e economia operacional.
O recorde que pertencia ao Boeing foi superado discretamente, durante a madrugada, com a entrega à Flynas. A partir desse momento, a Airbus assumiu oficialmente a liderança no ranking de aviões mais vendidos — um símbolo da mudança no equilíbrio de poder entre os dois gigantes da aviação.
Quatro décadas de rivalidade e inovação
Desde o final da década de 1980, Airbus e Boeing competem intensamente pelo domínio dos céus.
As duas fabricantes juntas já entregaram mais de 25 mil jatos de corredor único — aeronaves projetadas inicialmente para rotas entre grandes aeroportos, mas que acabaram ganhando espaço nas companhias que operam voos curtos e de baixo custo.
O sucesso do A320, no entanto, não aconteceu por acaso. Após os atentados de 11 de setembro de 2001, a Boeing reduziu a produção do 737 em meio à queda na demanda global, enquanto a Airbus manteve o ritmo e aproveitou a oportunidade para conquistar novos mercados.
Airbus consolida liderança e redefine o futuro da aviação
O domínio do Airbus A320 não apenas representa uma vitória comercial, mas também marca a consolidação da Airbus como a principal fabricante mundial de aviões comerciais.
Atualmente, a empresa entrega mais aeronaves por ano do que qualquer outro concorrente, resultado de uma estratégia de expansão que envolveu cooperação entre França, Alemanha, Espanha e Reino Unido — países fundadores do consórcio europeu.
Essa colaboração foi essencial para enfrentar desafios logísticos e estratégicos nas primeiras décadas de operação, mas, com o tempo, se transformou em um modelo de sucesso global.
A conquista do título de avião mais vendido do mundo simboliza, portanto, não apenas o triunfo de um modelo, mas também de um projeto de integração industrial europeu que revolucionou a aviação.
O que representa o Airbus A320 para o futuro da indústria
Mais do que números, o sucesso do Airbus A320 mostra como a inovação, a eficiência e a adaptação às novas demandas do mercado podem redefinir o rumo de uma indústria inteira.
O modelo foi pioneiro em tecnologias de automação e consumo reduzido de combustível, características que se tornaram padrão em aeronaves modernas.
Enquanto isso, o Boeing 737, embora ainda amplamente utilizado, enfrenta desafios de imagem e produção, especialmente após os incidentes envolvendo o 737 MAX.
Essa conjuntura abre espaço para que o A320 continue expandindo sua presença global e influenciando o futuro do transporte aéreo comercial.
Seja o primeiro a reagir!