Na COP 30, o ministro Carlos Fávaro destaca como o agronegócio sustentável do Brasil une inovação, bioinsumos e energia renovável para consolidar a liderança ambiental global
O agronegócio sustentável brasileiro será um dos grandes destaques da COP 30, que acontecerá em Belém (PA) em 2025, segundo uma matéria publicada.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil apresentará ao mundo resultados concretos de uma produção que alia eficiência e compromisso ambiental.
As iniciativas incluem rastreabilidade dos produtos, uso crescente de bioinsumos e investimentos robustos em energia renovável.
-
Produção de carne de frango no Paraná cresce com reabertura do mercado chinês e fortalece exportações sustentáveis
-
Como o gado Brahman transformou a pecuária brasileira e movimentou R$987 bilhões em um único ano através do legado de Rubico Carvalho
-
Produção de algodão em Minas Gerais pode garantir incentivos fiscais para indústrias têxteis e programas de apoio ao produtor
-
Os mitos dos agrotóxicos no Brasil que ninguém explica — e que os dados científicos acabam revelando
Fávaro destacou que mais de 60% do território nacional permanece preservado e que esse índice demonstra a responsabilidade do país na busca por uma economia de baixo carbono.
Segundo ele, a conferência será uma oportunidade para mostrar que produzir e preservar podem, sim, caminhar juntos.
Bioinsumos e inovação impulsionam o agronegócio sustentável na COP 30
Entre os temas que o Brasil levará à conferência, os bioinsumos terão papel de destaque.
Desenvolvidos pela Embrapa e parceiros do setor produtivo, esses produtos naturais substituem defensivos químicos e reduzem a emissão de gases de efeito estufa.
O ministro ressaltou que a COP 30 funcionará como uma vitrine global para a ciência e para a inovação nacional, evidenciando o papel estratégico dos bioinsumos na agricultura de baixo carbono.
Durante a cerimônia de entrega da Medalha de Mérito Apolônio Salles à pesquisadora da Embrapa Soja, Mariangela Hungria, vencedora do World Food Prize 2025, Fávaro reforçou que o país apresentará os resultados obtidos com décadas de pesquisa.
Segundo ele, as ações do agronegócio sustentável mostram ao mundo que o Brasil é referência em produtividade aliada à preservação.
O espaço “Casa da Embrapa”, dentro da AgriZone da COP 30, mostrará tecnologias aplicadas que já estão em uso nas propriedades rurais brasileiras.
Rastreabilidade e transparência fortalecem a imagem do Brasil no mercado internacional
A rastreabilidade dos produtos agrícolas é outro pilar que o governo brasileiro apresentará em Belém. A medida permite identificar a origem de cada alimento, garantindo transparência e segurança ao consumidor.
Segundo o ministro, os compradores internacionais buscam cada vez mais informações sobre o caminho dos alimentos até a mesa, e o Brasil está preparado para atender a essa exigência.
Com a ampliação de sistemas digitais de monitoramento, o país demonstra que o agronegócio sustentável não é apenas uma meta, mas uma realidade construída sobre ciência e responsabilidade.
Fávaro enfatizou que o Código Florestal brasileiro, considerado um dos mais rigorosos do mundo, é prova do equilíbrio entre preservação e produção.
Mais de 60% do território nacional está legalmente protegido, tornando-se um ativo estratégico e um diferencial competitivo para o país.
O ministro também reforçou que “nenhum país pode apontar o dedo para o Brasil”. Ao contrário, o modelo agroambiental brasileiro mostra como é possível crescer economicamente sem comprometer os ecossistemas.
Caminho Verde Brasil e energia renovável consolidam o agronegócio sustentável no futuro
Uma das principais iniciativas do governo é o programa Caminho Verde Brasil, lançado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para recuperar áreas degradadas e transformá-las em zonas produtivas sustentáveis.
O projeto pretende revitalizar 40 milhões de hectares de terras antropizadas, com investimentos superiores a R$ 50 bilhões nos últimos três anos.
Até o momento, cerca de 5 milhões de hectares já foram recuperados, reafirmando o compromisso do país com a sustentabilidade alimentar e energética.
Na COP 30, o Brasil também apresentará seus avanços em biocombustíveis e energia renovável.
O uso crescente de fontes limpas nas propriedades rurais, como a energia solar e o biogás, demonstra que o agronegócio sustentável brasileiro é parte essencial da transição energética global.
Para Fávaro, essa é uma oportunidade histórica de consolidar o Brasil como líder mundial em agricultura sustentável, baseada na ciência, na inovação e na responsabilidade com as futuras gerações.
O ministro afirmou que o país não vai apenas participar da conferência, mas mostrar resultados concretos de quem produz respeitando o meio ambiente. Essa é a nova identidade do agro nacional: produtivo, responsável e preparado para o futuro.


-
Uma pessoa reagiu a isso.