Uma fenda está se abrindo na África e um novo oceano pode surgir em milhões de anos. Rachadura já pode ser vista a olho nu enquanto geólogos estudam desde a década de 80.
Uma grande fenda está dividindo pouco a pouco o continente africano, e cientistas preveem que isto formará um novo oceano, contudo só daqui há muitos anos. Em 2018, as terras do Quénia foram abaladas por um evento geológico homérico. Formou-se uma enorme fenda de 56 km e que envolve uma autoestrada que liga Nairobi a Narok.
A fenda na África, que pode formar um novo oceano, continua aumentando todos os dias e cientistas acreditam que ela não vai parar nem tão cedo. Este fenômeno chamado de East Africa Rift (Fenda da África Oriental em tradução livre) abriu margem para cientistas fazerem descobertas incríveis: um possível novo oceano e a divisão do continente em dois.
Fenômenos do tipo, apesar de serem super lentos e graduais perante a vida humana, são essenciais para o desenvolvimento do planeta e é por meio de tais cisões que o planeta Terra foi moldado ao longo do tempo. Isto influencia no clima, a topografia e até mesmo a evolução no planeta Terra.
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Fenda na África já se estende em cerca de 3 mil km
A fenda, que pode gerar um novo oceano, já estende em cerca de 3 mil km desde o Golfo de Aden até Zumbabué, atualmente. Desde 2018 um artigo da Sociedade Geológica alertou para a divisão do continente em dois, o que geraria um novo oceano na Terra. Existem outros pesquisadores que concordam, como em um estudo publicado no Daily Mail.
Nesta publicação, na HAL Open Science, a equipe responsável analisa a evolução da fenda e também calcula possíveis consequências. Além disso, também relacionam a função do magma e movimentação das placas com a expansão da fenda na África. Contudo, este processo pode levar cerca de dezenas de milhões de anos. O fato é que é possível que a humanidade nem mesmo esteja no planeta quando o novo oceano surgir.
Deslocamento na África já pode ser visto a olho nu
De acordo com o doutor em geologia e professor do departamento de geologia da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nairóbi Edwin Dindi, a separação é gerada pelos movimentos provocados pelo atrito de placas tectônicas, movimento que marca a região chamada de Vale da Grande Fenda ou vale do Rifte.
Segundo o professor, ao jornal da África The New Times em fevereiro do último ano, as placas estão em fluxo de movimento, algumas se movem uma contra as outras ao longo das zonas de falha e ainda há um movimento que faz com que mais falhas se formem.
O processo de afastamento é visto com maior detalhamento no que os geógrafos chamam de África Oriental, região formada pelos países Etiópia, Uganda, Quênia e Tanzânia. A olho nu já é possível observar deslocamento de uma pequena parte da África, chamada pelos especialistas como Placa da Somália, da parte que corresponde a uma maior extensão.
A abertura no ponto visível da terra e a própria separação do continente se dá através de uma ascensão de jorros de magma do interior do planeta, que geram um afinamento da crosta terrestre até resultar no rompimento e formar um novo oceano.
Geóloga alerta novo oceano desde o fim dos anos 80
A geocientista, Cynthia Ebinger, está atenta ao assunto desde o fim dos anos 1980. Em 1998, publicou na Nature seu artigo de maior repercussão no começo científico, citado mais de 900 vezes por seus pares: Cenozoic magmatism throughout East Africa resulting from impact of a single plume (Magmatismo do Cenozoico em toda a África Oriental resultante do impacto de um único ponto quente, em tradução para o português).
No estudo, analisou a ação do magma no planalto etíope com um modelo que pode ser expandido para a ação de vulcanismo por toda a África Oriental, que ocorre há 45 milhões de anos.
https://www.nature.com/articles/27417