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Aeroporto de mais de 1 BILHÃO que está parado há quase duas décadas geraria 58 MIL empregos e aumentaria em 20% o PIB da região caso estivesse ativado; o que falta para a obra sair do papel?

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 08/09/2024 às 16:06
Aeroporto de R$ 1,5 bilhão segue travado na Baixada Santista. Projeto paralisado há 18 anos poderia gerar 58 mil empregos diretos e indiretos.
Aeroporto de R$ 1,5 bilhão segue travado na Baixada Santista. Projeto paralisado há 18 anos poderia gerar 58 mil empregos diretos e indiretos.
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Um projeto bilionário que prometia revolucionar a economia segue travado por burocracias e decisões contraditórias. O Aeroporto Andaraguá, que poderia gerar 58 mil empregos, aguarda uma solução, enquanto as licenças ambientais continuam suspensas. O que falta para esse empreendimento sair do papel?

Você já imaginou o impacto de um aeroporto gigante, capaz de gerar 58 mil empregos, ficar parado durante quase duas décadas? Um projeto grandioso, que prometia transformar a economia da Baixada Santista, permanece travado, e a cada dia mais distante de ser concluído.

Com um valor estimado de R$ 1,5 bilhão, o Complexo Aeroportuário e Empresarial do Andaraguá, em Praia Grande, esbarra em questões burocráticas e licenças ambientais suspensas. Mas o que de fato aconteceu? E quais são as chances dessa obra sair do papel?

O bloqueio do projeto e a suspensão da licença ambiental

Conforme informações do jornal Diário do Litoral, em 2014, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) concedeu uma licença ambiental prévia para o desenvolvimento do projeto, que incluía a construção de uma pista de pouso maior que a do Aeroporto Santos Dumont, além de 847 mil metros quadrados destinados a galpões industriais, inspirados em Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs).

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Entretanto, em 2020, a Cetesb voltou atrás, revogando essa licença e atribuindo a decisão ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Esse movimento travou o projeto desde então, e deixou o futuro da região em compasso de espera.

A área, localizada na divisa de Praia Grande e São Vicente, compreende 12 milhões de metros quadrados. Curiosamente, apenas 19% dessa imensa extensão seria utilizada para a construção do aeroporto e das indústrias. A grande maioria, cerca de 81%, seria transformada em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), garantindo preservação e educação ambiental permanente.

Decisões judiciais e a inércia do empreendimento

Conforme decisão do Tribunal de Justiça, em outubro de 2021, o órgão emitiu um acórdão favorável ao empreendimento, aparentemente removendo os obstáculos ao projeto. No entanto, mesmo após essa decisão, o licenciamento segue travado.

Por que, então, um investimento tão significativo permanece parado, mesmo com o aval judicial? O empresário André Ursini, da Icipar Empreendimentos, responsável pela área, ao jornal citado, questiona essa inércia e acredita que uma intervenção direta do governador poderia destravar a situação.

De acordo com Ursini, ele já esteve com o governador Tarcísio de Freitas. “Acho que ele poderia nos ajudar, reunindo todos os envolvidos para encontrar uma solução.” Segundo ele, a preocupação vai além da perda econômica: o risco de invasão da área e o desperdício do terreno são reais e alarmantes.

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Cetesb e as mudanças de discurso

Um ponto curioso nessa longa novela é a constante mudança de posicionamento da própria Cetesb. Inicialmente, a agência ambiental justificou a suspensão da licença em função da decisão do TJ-SP.

No entanto, em declarações recentes, a Cetesb passou a afirmar que o cancelamento da licença se deu devido ao “não atendimento reiterado das exigências técnicas impostas”. Essa mudança de versão causa estranhamento. Segundo Ursini, a Icipar jamais foi informada formalmente sobre esse suposto não cumprimento de requisitos técnicos.

Conforme o Diário do Litoral, a própria Cetesb entrou com embargos de declaração, levando o caso ao TJ-SP e obtendo uma decisão favorável, em outubro de 2021, que eliminava as obscuridades e contradições no acórdão anterior. Porém, mesmo com essa vitória judicial, o projeto continua parado.

Impacto econômico da paralisação

Caso o aeroporto estivesse em operação, a geração de empregos diretos e indiretos poderia alcançar a marca de 58 mil postos de trabalho, de acordo com estimativas da própria Icipar.

Além disso, o empreendimento teria o poder de transformar o perfil socioeconômico da Baixada Santista, elevando a região a um novo patamar de desenvolvimento. A construção de galpões industriais na área promoveria um fluxo de investimentos, atraindo novas empresas e criando uma cadeia produtiva robusta.

O empresário André Ursini lamenta os constantes entraves burocráticos, e destaca que a primeira fase do projeto já estava pronta para começar, com 247 mil metros quadrados de galpões planejados. “Em dois anos, concluiríamos essa etapa e iniciaríamos a segunda fase com a construção do aeroporto e mais 200 mil metros quadrados de galpões”, disse Ursini.

O que esperar do futuro do projeto Andaraguá?

A indefinição quanto ao futuro do Complexo Aeroportuário e Empresarial do Andaraguá segue sendo uma dor de cabeça para os investidores e moradores da região. Enquanto a Cetesb e o Tribunal de Justiça continuam a trocar justificativas, o tempo corre contra o empreendimento, que permanece cercado de incertezas.

Apesar dos desafios, há quem acredite que o apoio político possa ser a chave para destravar o projeto. Segundo Ursini, o governador Tarcísio de Freitas já foi consultado, e há expectativa de que ele tome medidas para mediar a situação.

Enquanto as licenças ambientais permanecem suspensas, e os embargos judiciais não trazem alívio concreto, a pergunta que fica é: o que mais precisa acontecer para que esse investimento bilionário seja finalmente liberado?

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Marcela
Marcela
24/09/2024 16:00

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Luis Leal
Luis Leal
10/09/2024 12:09

Se considerar os bilhões pedidos com a Petrobrás nas Bolsas recentemente, trilhões com a indenização que terá que pagar a os Americanos, deixar uma Obra desta importância parada chega a ser ridículo!!!! É tanta incompetência que só dá pra acreditar que é intencional, assim consegui quebrar a Nação e facilitar domínio dos **** 🗽⚖️♎♎♎♎🇧🇷🗽

Astima Raveilio
Astima Raveilio
09/09/2024 16:08

A destruição ambiental já foi afeta a vida no planeta. Empresários só pensam no agora com muito dinheiro no bolso e exploração humana.

Adriano Costa
Adriano Costa
Em resposta a  Astima Raveilio
09/09/2024 21:58

Como um analista da Jovem Pan comentou: dá raiva do Brasil quando se vai para China, Singapura …, e vemos o rápido desenvolvimento dado a sociedade.
Aqui nos é dado alta carga impostos para manter um estado inoperante e sempre quebrado, pelo corporativismo.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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