Em meio à febre das criptomoedas, jovem californiano transforma piada em lucro e reacende debate sobre ética no mercado de memecoins.
No universo das criptomoedas, onde tudo pode mudar em questão de minutos, um adolescente californiano provou que até uma brincadeira pode render uma verdadeira bolada. Em uma única noite, ele desenvolveu três memecoins, variações mais leves e irreverentes dessas moedas digitais, e embolsou mais de US$ 50 mil, despertando curiosidade, admiração e polêmica.
A história começou quando o garoto lançou a Gen Z Quant, uma nova criptomoedas criada e divulgada por meio da plataforma Pump.Fun, um serviço que facilita a criação e negociação de memecoins de forma rápida e com baixo custo. Por volta das 19h48, horário local, ele disponibilizou 1 bilhão de unidades da Gen Z Quant e comprou cerca de 51 milhões delas por US$ 350. Em seguida, foi ao ar em uma transmissão ao vivo, atraindo atenção e espectadores interessados no potencial explosivo dessa “moeda piada”.
Criptomoedas criadas em uma noite gerou 50 mil dólares, mais de 300 mil reais convertidos para nossa moeda
O resultado foi um aumento vertiginoso no preço em poucos minutos. Cerca de oito minutos depois, o adolescente vendeu suas participações, garantindo um lucro de aproximadamente US$ 30 mil. Mas o “golpe de mestre” não parou aí: ainda naquela noite, ele lançou outras duas memecoins, “im sorry” e “my dog lucy”, repetindo a estratégia e acumulando mais de US$ 50 mil em questão de horas.
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A façanha, no entanto, não passou incólume. Muitos consideraram a ação um exemplo de “soft rug pull”, quando o criador de uma criptomoedas impulsiona o valor da moeda, vende tudo rapidamente e deixa investidores de mãos vazias. Embora não seja explicitamente ilegal, a prática é vista como antiética, causando revolta e indignação. O adolescente e sua família receberam ameaças, tiveram dados pessoais expostos, e suas redes sociais foram invadidas. Em uma reviravolta irônica, o valor total teórico da Gen Z Quant chegou a US$ 72 milhões, inflado pela compra agressiva de traders irritados.
memecoins
A popularidade dessas memecoins, que existem desde 2013, quando o Dogecoin ganhou os holofotes, cresceu em conjunto com plataformas como a Pump.Fun, responsável por facilitar a criação de milhões de novas “moedas de brincadeira” e gerar mais de US$ 250 milhões em receita. Essa facilidade, porém, também abriu as portas para golpes e manipulações, lançando um alerta sobre a falta de regulamentação no mercado de criptomoedas.
Mesmo após as ameaças, o jovem retornou à Pump.Fun duas semanas depois, criando mais cinco memecoins e garantindo um lucro adicional de US$ 5 mil. Segundo o pai do garoto, o episódio reflete a visão única da nova geração sobre o mundo digital: para eles, tudo parece um grande jogo, com resultados imediatos e consequências diretas no bolso.
À medida que as discussões sobre regras e fiscalização nesse universo avançam, histórias como essa ressaltam tanto as oportunidades quanto os perigos do mercado emergente das criptomoedas. No final, a saga desse adolescente recorda a todos que, ao apostar em memecoins, é preciso ter cautela: o que começa só para o meme pode se tornar um sucesso estrondoso, ou um desastre, em questão de minutos.