A madeira tratada chega como alternativa moderna aos azulejos tradicionais, trazendo resistência à umidade, calor e manchas, além de criar cozinhas mais integradas, sofisticadas e conectadas ao restante da decoração da casa.
A cozinha de 2025 chega com mudança de rota: a madeira tratada surge como alternativa aos azulejos e ganha espaço em projetos residenciais ao combinar resistência à umidade, ao calor e às manchas com um visual mais acolhedor.
Arquitetos e designers apontam que essa escolha aproxima a linguagem da cozinha do restante da casa e pode agregar valor ao imóvel ao criar ambientes contínuos e integrados.
Por que a madeira tratada ganha força em 2025
Depois de décadas como padrão, os azulejos perdem protagonismo em parte pelo apelo sensorial da madeira e, sobretudo, pela evolução dos processos de tratamento.
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Profissionais do setor explicam que o material recebe camadas de proteção que aumentam a durabilidade em áreas sujeitas a vapor, respingos e gordura.
Com esse preparo, a superfície preserva a aparência por mais tempo e reduz o risco de deformações, escurecimentos ou marcas persistentes.
Outro fator é a percepção estética.
Enquanto o revestimento cerâmico costuma transmitir sensação mais fria, a madeira traz textura e calor visual.
Em um momento em que as moradias buscam continuidade entre estar, jantar e cozinhar, essa característica pesa na decisão e contribui para projetos que parecem menos “técnicos” e mais domésticos.
Vantagens técnicas e de uso no dia a dia
A atratividade não se resume ao aspecto visual.
Alta durabilidade é um argumento recorrente, pois o tratamento certo ajuda a estabilizar a madeira diante de variações de temperatura e umidade.
Facilidade de manutenção também conta: a limpeza rotineira tende a exigir apenas pano levemente umedecido e produtos neutros, desde que as camadas protetivas sejam respeitadas.
A variedade disponível amplia o leque de soluções.
Projetos contemporâneos privilegiam tons claros e veios discretos, o que favorece cozinhas luminosas e minimalistas.
Ambientes mais sofisticados recorrem a palhetas escuras, que dialogam com metais escovados e pedras naturais.
Há ainda linhas com acabamentos texturizados ou acetinados que atenuam reflexos e evidenciam a profundidade dos veios.
Estética que conversa com a casa
A popularidade do material se relaciona à busca por cozinhas integradas.
Ao repetir a madeira das áreas sociais nas superfícies técnicas, o conjunto ganha unidade e fluidez.
Nesse cenário, painéis ripados, boiseries reinterpretadas e rodapés alinhados às portas dos armários ajudam a compor um desenho contínuo.
Mesmo em plantas compactas, a solução pode ampliar a leitura espacial ao reduzir recortes e paginações típicas de revestimentos cerâmicos.
A madeira tratada também flexibiliza composições.
Em vez de uma parede inteira com o mesmo módulo, o projeto pode alternar planos lisos, faixas horizontais e detalhes verticais, sempre respeitando as zonas de maior contato com água e calor.
O resultado são cozinhas com assinatura visual clara, sem abrir mão do desempenho esperado em áreas molhadas.
Sustentabilidade e origem da matéria-prima
A demanda por soluções responsáveis influencia a escolha.
Escritórios têm priorizado madeira certificada ou de reuso quando disponível, alinhando decisão estética a critérios ambientais.
Além da procedência, a durabilidade estendida reduz trocas precoces e, por consequência, o descarte de materiais ao longo do ciclo de uso.
Em tempos de obras mais enxutas e intervenções pontuais, esse aspecto pesa na conta de longo prazo.
Onde aplicar e como combinar
O uso mais frequente aparece em superfícies verticais de baixo a médio contato com água, como frontões, painéis de fundo e faixas entre bancadas, sempre com especificação compatível com o nível de exposição.
Em áreas críticas, o desenho pode prever proteção adicional, como selantes, cantoneiras discretas e distanciamento controlado de fontes diretas de calor.
As combinações variam ao gosto do projeto. Madeiras claras conversam bem com bancadas em quartzo claro e metais cromados.
Já as tonalidades escuras formam par com pedras densas e ferragens pretas. A iluminação de tarefa, com fitas de LED em temperatura neutra ou quente, realça os veios sem criar brilho excessivo.
Em cozinhas pequenas, portas lisas e puxadores embutidos mantêm o foco no plano contínuo.
Em metragens maiores, frisos e marcenaria emoldurada introduzem relevo e profundidade.
O que observar antes de adotar
A especificação correta é determinante para o desempenho.
Projetos costumam considerar a ventilação do ambiente, a exaustão eficiente e a compatibilidade entre o acabamento escolhido e os hábitos de uso.
Em cozinhas com preparo intenso, o desenho das áreas de cocção e lavagem deve separar zonas de risco e prever reforços de proteção.
Já em residências com rotina mais leve, a madeira tratada pode assumir áreas mais amplas sem prejuízo da funcionalidade.
Outro ponto é a manutenção preventiva.
Apesar da boa resistência, a longevidade depende de cuidados simples, como limpar respingos no curto prazo e evitar produtos abrasivos.
Quando necessário, reaplicações de acabamento ajudam a recuperar a película protetora e prolongar a vida útil do revestimento.
Essas medidas costumam ser previstas no manual de uso entregue pelo fornecedor ou pela marcenaria responsável.
Por que a tendência ultrapassa a estética
A adoção da madeira tratada reflete um movimento amplo na arquitetura residencial, voltado a espaços acolhedores, de fácil convivência e com linguagem mais natural.
Ao alinhar desempenho técnico e aparência, o revestimento aproxima a cozinha de um espaço social, e não apenas de trabalho.
Essa transição se intensifica à medida que plantas integradas e móveis multifuncionais se tornam mais comuns, e a cozinha participa da rotina além do preparo de refeições.
Ainda que os azulejos sigam como escolha válida em muitos cenários, 2025 consolida uma alternativa com apelo claro.
A madeira tratada entrega textura, continuidade visual e um repertório variado de acabamentos, do minimalista ao robusto.
Com especificação adequada, o material atende às demandas de resistência e manutenção exigidas pelo uso diário, ao mesmo tempo em que sustenta uma estética mais quente e atual.
Perspectivas para o próximo ciclo de projetos
Ao acompanhar reportagens e análises de interiores neste ano, profissionais deste mercado têm apontado que a preferência por materiais naturais deve continuar.
Em paralelo, fornecedores ampliam catálogos com linhas específicas para áreas úmidas, o que facilita a compatibilização técnica em obras novas e reformas.
Para quem planeja renovar a cozinha, a avaliação do contexto de uso, do orçamento e da disponibilidade de fornecedores especializados costuma orientar a decisão final.
Considerando esse cenário, o que mais pesaria na sua escolha ao planejar a cozinha de 2025: a unidade visual com o restante da casa, a resistência técnica do material ou a manutenção no longo prazo?