Há 17 anos, o acidente da TAM em Congonhas marcou a maior tragédia aérea do Brasil, com 199 vítimas. Fatores como falhas na pista e erros operacionais contribuíram. A luta por justiça persiste, assim como homenagens às vítimas.
No dia 17 de julho de 2007, o Brasil enfrentou uma de suas maiores tragédias: o acidente com o Airbus A-320 da TAM no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Às 18h48, o avião não conseguiu parar na pista molhada e, sem o “grooving” (ranhuras que ajudam na frenagem), atravessou a pista e se chocou contra um prédio de cargas da TAM na avenida Washington Luiz. O impacto devastador tirou a vida de 199 pessoas, incluindo 12 que estavam em solo.
O relatório final apontou diversos fatores que contribuíram para o acidente. A TAM colocou dois comandantes no voo, em vez de um comandante e um co-piloto, conforme informações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
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Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), recém-criada, demorou para implementar regras mais rígidas para operações em Congonhas. A fabricante Airbus também foi criticada, pois a aeronave não alertou os pilotos sobre um erro na posição dos manetes.
Justiça e memória das vítimas
Até hoje, ninguém foi considerado culpado pela Justiça. A única discussão judicial que persiste é sobre a atualização dos valores a serem pagos pelo seguro obrigatório do transporte aéreo. No local do acidente, um memorial homenageia as vítimas, com um pé de amora sobrevivente ao impacto no centro.
Roberto Corrêa Gomes, jornalista que perdeu o irmão Mário Gomes no acidente, relata que a dor dos familiares e amigos das vítimas ainda é presente. “Estamos 17 anos mais velhos e muitos jovens, que eram crianças na época, perderam seus pais. Eles estarão lá para homenageá-los,” disse ele à TV Brasil. Todos os anos, as famílias se reúnem em São Paulo e Porto Alegre para lembrar os entes queridos.
Atualizações recentes
Desde maio de 2024, novos debates surgiram sobre a segurança nas operações de Congonhas. Especialistas criticam a lentidão na implementação de melhorias na infraestrutura aeroportuária, que poderia prevenir futuros acidentes. Conforme o Cenipa, estudos sobre o aumento do número de voos e a capacidade do aeroporto estão em andamento, buscando soluções para garantir a segurança dos passageiros.
Qual o acidente aéreo que mais te marcou, leitor? Deixe sua resposta nos comentários!