Nova reserva de lítio é descoberta nos EUA e seria suficiente para produzir baterias para 375 milhões de carros elétricos. Entretanto, alguns problemas ainda devem ser solucionados.
É amplamente reconhecido que o Lago Salton, localizado na Califórnia, abriga uma significativa reserva de lítio há vários anos. No entanto, recentes descobertas elevaram seu status: um estudo realizado pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos revelou que as reservas deste precioso mineral são substancialmente maiores do que se estimava anteriormente. Segundo o relatório divulgado, a quantidade de lítio disponível no Lago Salton é suficiente para fabricar baterias para cerca de 375 milhões de carros elétricos. Esta descoberta posiciona o lago como uma das maiores fontes de lítio do mundo, um fator crucial no avanço da tecnologia de veículos elétricos.
Possível desabastecimento em reserva de lítio impactará carros elétricos em 2025
Para se ter uma ideia, em toda a extensão dos Estados Unidos há atualmente menos de 300 milhões de carros elétricos registrados. Entretanto, o mercado está aquecendo e alguns estudos indicam que haverá desabastecimento já em 2025.
O cenário futuro, unido à enorme dependência do mercado chinês, que gera lítio de forma abundante, faz da descoberta do novo reservatório uma grande notícia para as autoridades e empresas ocidentais. O potencial de exploração na reserva de lítio para baterias de carros elétricos é enorme, entretanto, o desafio para retirar o mineral do solo não fica muito atrás.
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Desta forma, a ideia é desenvolver e aperfeiçoar técnicas de extração do mineral de forma mais ecológica possível. As autoridades temem que as tradicionais perfurações e criações de enormes piscinas de evaporação deixem um rastro de destruição ambiental pelo caminho.
Algumas empresas já estão realizando planos para que a extração na reserva de lítio para a produção de baterias para carros elétricos seja combinada com a produção de energia geotérmica no local. Além disso, ainda são necessárias as liberações de licenças para exploração da região. Entretanto, neste caso, a importância geopolítica do achado deve exercer uma enorme pressão para que tudo aconteça da forma mais rápida possível.
Entenda a importância da maior reserva de lítio na Califórnia
Nos últimos anos, as empresas vão ao Lago Salton para extrair o lítio, que a indústria automobilística precisa à medida que passa a produzir carros elétricos. O mineral é o elemento metálico mais leve da Terra e, desta forma, é essencial para baterias de carros elétricos, que devem armazenar eletricidade em um pacote que pesa o mínimo possível.
Além disso, com a geografia única da Bacia do Mar de Salton, engenheiros e técnicos podem obter o lítio com o mínimo de destruição ambiental, de acordo com empresas que atuam lá. Em outros lugares, o lítio é retirado da terra utilizando mineração de rocha dura que deixa um grande desastre na terra. Na reserva de lítio na Califórnia, ele existe naturalmente de forma líquida, sendo assim, a extração não demanda mineração ou detonação.
Oceanos podem se tornar grande reserva de lítio
Uma equipe da King Abdullah University of Science and Technology, na Arábia Saudita, encontrou uma forma para a questão da mineração do lítio, extraindo o mineral através da água dos oceanos.
O intuito dos cientistas é evitar que os suprimentos de lítio na Terra se esgotem e, ao mesmo tempo, reduzir os impactos negativos que são gerados pela atividade no meio ambiente. A equipe afirma que o novo método é completamente acessível para extrair lítio da água do oceano, disponibilizando uma fonte potencialmente inesgotável do mineral.
Além disso, a mineração de lítio da água do mar seria muito menos prejudicial ao meio ambiente, visto que não demanda grandes quantidades de água, como na mineração terrestre, que pode desperdiçar até meio milhão de galões de água por tonelada de lítio extraído.
A água do oceano conta com grandes quantidades de lítio, entretanto, em concentrações muito baixas, tornando a extração do material usado em baterias para carros elétricos muito difícil.