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Abelhas raras freiam plano de Mark Zuckerberg de construir centro de dados de Inteligência Artificial (IA) movido a energia nuclear

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 06/11/2024 às 22:11
Plano da Meta para IA nuclear enfrenta obstáculos ambientais devido a abelhas raras, enquanto rivais avançam na corrida por energia limpa.
Plano da Meta para IA nuclear enfrenta obstáculos ambientais devido a abelhas raras, enquanto rivais avançam na corrida por energia limpa.

Planos ousados de Zuckerberg para um centro de IA movido a energia nuclear param devido a abelhas raras.

Na corrida tecnológica entre gigantes do setor, cada passo pode custar milhões e impactar diretamente o meio ambiente.

Em um movimento que prometia transformar o uso de energia nos centros de dados, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, se viu diante de um obstáculo curioso e, ao mesmo tempo, desafiador: uma espécie rara de abelha.

Sem aviso, essas pequenas criaturas se tornaram um problema imprevisto para os ambiciosos planos de Zuckerberg, freando o avanço de uma proposta que poderia fazer da Meta a primeira grande empresa de tecnologia a operar inteligência artificial com energia nuclear.

Por que um centro de dados movido a energia nuclear?

Conforme fontes próximas ao executivo, o projeto visava fechar um contrato com uma usina nuclear americana que forneceria eletricidade livre de emissões de carbono para alimentar os servidores da Meta.

O novo centro de dados teria capacidade para suportar modelos de IA de alta potência, essenciais para expandir os serviços digitais da companhia.

Zuckerberg e sua equipe planejavam uma estrutura robusta, que colocaria a Meta à frente na sustentabilidade tecnológica, destacando a empresa em um setor que cada vez mais busca alternativas energéticas menos poluentes.

Obstáculos ambientais e regulatórios

A presença de uma espécie rara de abelha na área de construção acabou se revelando um grande obstáculo.

Segundo fontes que presenciaram uma reunião recente na Meta, Zuckerberg mencionou que a descoberta complicou as negociações e levantou uma série de preocupações ambientais e regulatórias.

Autoridades locais e federais teriam se mobilizado para avaliar os riscos ambientais, causando atrasos significativos.

Meta segue explorando fontes de energia limpa

Embora o revés com o centro de dados nuclear represente uma perda estratégica, a Meta continua em busca de alternativas sustentáveis.

Segundo fontes, a companhia está aberta a novos acordos que promovam o uso de energia limpa, incluindo a nuclear. “Ainda estamos avaliando opções que garantam energia livre de carbono”, afirmou uma fonte próxima à Meta.

A decisão está alinhada com o compromisso da empresa em alcançar metas de emissões líquidas zero, conquistadas em suas operações desde 2020.

A corrida nuclear entre as gigantes da tecnologia

Não é apenas a Meta que considera a energia nuclear uma solução viável para suprir a demanda energética crescente de seus centros de dados.

Google, Amazon e Microsoft já estabeleceram parcerias com usinas nucleares para garantir energia suficiente aos seus sistemas de inteligência artificial, que consomem significativamente mais energia do que pesquisas convencionais.

Estima-se que uma consulta de IA gaste até 10 vezes mais energia do que uma busca padrão no Google, segundo especialistas.

Em setembro de 2024, a Microsoft surpreendeu o mercado ao anunciar que planejava reativar a usina de Three Mile Island, na Pensilvânia, desativada há alguns anos.

A Amazon, por sua vez, investiu US$ 650 milhões para instalar um centro de dados próximo à usina de Susquehanna, também na Pensilvânia.

Já o Google apostou na Kairos Power, uma startup americana de reatores nucleares, encomendando novos modelos de reatores modulares.

Energia nuclear: uma solução sustentável ou arriscada?

A energia nuclear tem sido vista como uma fonte promissora para manter as operações de IA, oferecendo uma produção de energia contínua e estável, o que é essencial para o funcionamento ininterrupto dos servidores.

No entanto, apesar de ser menos poluente em termos de emissões de carbono, a indústria enfrenta questões complexas, como o acúmulo de resíduos radioativos, que requerem sistemas de armazenamento de longo prazo.

Para especialistas, o armazenamento inadequado pode representar uma ameaça séria tanto ao meio ambiente quanto à saúde humana.

Além disso, os elevados custos de construção e operação de usinas nucleares tornam-se outro desafio.

No Ocidente, a dependência da Rússia como fornecedora de combustível nuclear dificulta os planos de países como os Estados Unidos.

Enquanto isso, a China segue investindo pesado em energia nuclear e acelera a construção de novos reatores, o que gera desconforto entre as empresas ocidentais que buscam competitividade em um cenário global.

Pressão sobre Zuckerberg e o futuro da Meta

Internamente, Zuckerberg sente a pressão de mostrar resultados aos investidores que apostam na IA como o próximo grande passo da Meta.

Nos últimos meses, a empresa aumentou seus gastos de capital para desenvolver servidores e infraestrutura de dados, o que ampliou as expectativas sobre a viabilidade de alternativas energéticas.

Se o acordo com a usina nuclear tivesse sido concretizado, a Meta não só ganharia destaque pela inovação, mas também inauguraria a maior usina de suporte a IA movida a energia nuclear.

Uma pessoa próxima à Meta relatou que Zuckerberg expressou frustração pela escassez de opções nucleares nos EUA, onde poucos reatores foram construídos nas últimas duas décadas, enquanto a China avança rapidamente no setor.

Meta já opera com emissões líquidas zero

Desde 2020, a Meta alcançou o status de “emissões líquidas zero” em suas operações, o que reflete os compromissos assumidos com a sustentabilidade.

No entanto, para alcançar novos patamares de eficiência e enfrentar as demandas de IA, a empresa segue em busca de fontes alternativas, entre elas a nuclear, que oferece uma solução promissora, embora cercada de desafios.

Com as crescentes demandas energéticas e a busca por fontes limpas, até onde as big techs deveriam ir para alcançar seus objetivos? A energia nuclear realmente representa um avanço ou uma aposta arriscada?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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