Com motor 1.8 de 144 cv, câmbio CVT e alta liquidez, este sedã da Toyota é a escolha racional definitiva no mercado de usados.
O sedã da Toyota mais buscado no mercado de seminovos continua sendo um fenômeno de racionalidade. O Toyota Corolla GLi 1.8 Automático 2017 se posiciona confortavelmente abaixo dos R$ 85 mil como uma fortaleza de confiabilidade, carregando a famosa reputação de “inquebrável” que define a marca e atrai compradores pragmáticos.
Enquanto concorrentes diretos da época, como o Chevrolet Cruze e a décima geração do Honda Civic, apostavam em motores turbo e design arrojado, a Toyota manteve uma estratégia deliberadamente conservadora. O foco foi manter seu consagrado Conjunto motriz, uma decisão que, anos depois, se prova um dos maiores trunfos do modelo no mercado de usados, garantindo tranquilidade robusta e financeira.
O coração da lenda: motor 1.8 e câmbio CVT
A base da fama de “inquebrável” deste Corolla reside no seu conjunto motriz, o motor 2ZR-FBE. Trata-se de um 1.8 aspirado de 16 válvulas com duplo comando variável (Dual VVT-i). Conforme a ficha técnica detalhada do portal Carros na Web, este propulsor entrega 144 cv de potência máxima com etanol e 18,4 kgfm de torque. Quando abastecido com gasolina, os números são de 139 cv e 17,7 kgfm.
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Mais do que os números, a engenharia foca na longevidade: este motor utiliza corrente de comando, o que elimina a necessidade de troca periódica da correia dentada, e um sistema de injeção multiponto, conhecido pela extrema robustez e tolerância ao combustível brasileiro. Aliado a ele está a transmissão automática CVT (Multi-Drive), de código Aisin K313, que simula sete marchas virtuais. O Carros na Web aponta que esse conjunto leva o sedã de 0 a 100 km/h em 11 segundos, um desempenho funcional e adequado à proposta familiar.
Eficiência e conforto na prática
A eficiência energética é outro pilar que sustenta a escolha racional pelo Corolla 2017. Dados do portal Carros na Web, baseados em medições oficiais do PBEV (INMETRO), mostram que o sedã é econômico para seu porte. Com gasolina, ele registra 11,4 km/l na cidade e atinge 13,2 km/l na estrada. Utilizando etanol, as médias são de 7,8 km/l em ciclo urbano e 9,2 km/l em ciclo rodoviário. Combinado ao tanque de 60 litros, a autonomia em viagens pode superar os 790 km.
O projeto deste sedã da Toyota foi inequivocamente focado no conforto de rodagem. A suspensão (McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira) é robusta e possui uma calibração exemplar para absorver as irregularidades do asfalto brasileiro. A direção elétrica é leve e, somada à excelente distância entre-eixos de 2.700 mm (dado do Carros na Web), garante um espaço interno líder na categoria, especialmente para os passageiros do banco traseiro. O porta-malas de 470 litros complementa o pacote de praticidade.
As diferenças cruciais: GLi, GLi Upper e a lacuna de segurança
Ao procurar um Corolla 2017, é fundamental entender as diferenças entre as versões. O GLi “de entrada” vinha com acabamento mais simples, incluindo bancos revestidos em tecido cinza. Conforme detalhado nos comunicados da Toyota Comunica da época do lançamento, o grande salto em percepção de qualidade estava na versão GLi Upper. Ela incorporava o desejado acabamento em couro cinza nos bancos, nos painéis das portas e no apoio de braço central.
Além do couro, a versão GLi Upper, segundo a Toyota Comunica, trazia o banco traseiro rebatível e bipartido (60/40) com descansa-braço, aumentando a versatilidade. A marca também ofereceu a edição especial “Black Pack” para o Upper, que adicionava itens estéticos (frisos) e o útil sensor de estacionamento traseiro. No entanto, aqui reside a crítica mais severa ao modelo: nenhuma versão do Corolla 2017, nem mesmo a topo de linha, oferecia controles eletrônicos de estabilidade (ESP) e tração (TCS). Esses itens cruciais de segurança ativa já eram de série em seus principais rivais, representando uma economia incompreensível por parte da fabricante.
Por que ele vale tanto? Análise de preço e liquidez
O Toyota Corolla GLi 1.8 Automático 2017 se encaixa perfeitamente na faixa de preço abaixo dos R$ 85 mil, mas sua precificação no mercado revela um fenômeno. Segundo o portal Chaves na Mão, a Tabela FIPE de referência para outubro de 2025 gira entre R$ 80.521 (GLi) e R$ 81.294 (GLi Upper). Contudo, é quase impossível encontrar unidades neste valor.
A realidade do mercado, validada por anúncios no Chaves na Mão, mostra que os preços reais de negociação variam entre R$ 83.900 e R$ 89.900, dependendo do estado e da quilometragem. Este ágio sobre a Tabela FIPE é a prova concreta da liquidez excepcional do modelo. O Corolla não é apenas um carro; é tratado pelo mercado como um ativo financeiro. Sua desvalorização é uma das mais baixas do Brasil, e a garantia de revenda é rápida e com mínima perda de capital, sendo este o principal motivo para sua alta procura.
Veredito: a compra cerebral
O Toyota Corolla GLi 1.8 Automático 2017 é a definição da compra cerebral. Ele não vai empolgar pelo desempenho, que é apenas adequado, nem pela tecnologia embarcada, que é datada (o GLi de entrada não tinha sequer central multimídia). Sua ausência de controles de estabilidade e tração é… o ponto negativo mais grave e que exige atenção do motorista.
Contudo, para o comprador que busca um sedã da Toyota espaçoso, absurdamente confortável, com custo de manutenção baixíssimo e a garantia absoluta de que não perderá dinheiro na revenda, ele é imbatível. A recomendação é clara: priorize a versão GLi Upper pelo acabamento superior, que justifica a pequena diferença de preço.
A escolha, no entanto, gera um debate válido: você acha que a falta do controle de estabilidade (ESP) desqualifica o Corolla 2017, ou a fama de “inquebrável” e a liquidez financeira compensam esse risco? Deixe sua opinião fundamentada nos comentários.



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