A Vast Infraestrutura e a PRIO acabam de assinar um contrato para o transbordo de petróleo para o Porto do Açu

A Vast Infraestrutura, anteriormente conhecida como Açu Petróleo, anunciou o acordo de três anos para realizar operações de transbordo de petróleo para a PRIO no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). O acordo permitirá que a produção da PRIO em Albacora Leste, na Bacia de Campos, seja exportada por meio do uso de navios Suezmax e VLCC (Very Large Crude Carrier).

Com este acordo, a Vast Infraestrutura abre novas oportunidades para o setor de petróleo e gás. O Terminal do Porto do Açu, da Vast, é o único terminal privado do Brasil que possui licença para movimentar 1,2 milhão de barris por dia.

Além disso, conta com capacidade para receber navios da classe VLCC, com até 2 milhões de barris cada. Esta conquista reforça o compromisso da empresa em oferecer serviços seguros e ambientalmente responsáveis, além de demonstrar a crescente confiança do mercado nacional na Vast, que apresenta um papel importante nas exportações brasileiras de petróleo.

Vast e CNOOC estendem parceria

A renovação da parceria entre a Companhia e a Vast para operações de transbordo de petróleo foi um marco importante na história das empresas. Desde meados de 2022, as medidas de segurança e o cuidado com o meio ambiente foram implementadas com excelência operacional e resultaram num sucesso que culminou com a assinatura do aditivo do contrato em janeiro deste ano. Esta renovação reforça o compromisso de ambas as partes em fazer cada vez mais por uma melhor qualidade de vida para todos.

A transferência de petróleo entre embarcações, conhecida como ship to ship, é uma operação que permite a agilidade logística e redução de custos. Esta operação possibilita a entrega de combustível de forma rápida e eficiente, proporcionando grandes benefícios às empresas que trabalham com este tipo de carga.

Operadores aquaviários estão investindo em ship to ship (de navio para navio) para garantir maior eficiência ao transporte de petróleo explorado em alto mar. Essa técnica consiste na transferência direta do óleo cru produzido offshore entre embarcações, reduzindo custos e deslocamentos. 

No Brasil, é comum ver essas operações acontecendo principalmente nas regiões Norte e Sudeste – sendo uma alternativa viável para o escoamento da produção de petróleo bruto. De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), não existem dados precisos sobre quantas operações são realizadas anualmente.

A realização de operações ship to ship possui três modalidades diferentes, todas sujeitas às regulamentações do Ibama. As operações não permitem transferências em áreas abrigadas a menos de 50 km do litoral, perto de unidades de conservação marinha e montes submarinos. 

Empresas com navios de bandeira brasileira cadastrados no SNTPP e CTF/APP podem se autorizar para realizar a atividade, desde que cumpram as exigências da Marinha do Brasil, como a presença de uma embarcação dedicada, pessoal qualificado para emergências e um kit para prevenir a poluição hídrica.

Cabotagem e longo curso

As operações ship to ship estão despertando o interesse de empresas de navegação de cabotagem e longo curso, como é o caso da Posidonia Shipping & Trading. A partir de 2019, a empresa passará a atuar no mercado de transferência de petróleo. Apesar dos ganhos que isso traz para o setor, as operações ainda enfrentam dificuldades na oferta de navios especializados. 

Para essas tarefas, é necessário contar com os Suezmax, petroleiros capazes de carregar entre 140 mil e 175 mil toneladas. O vice-presidente do Syndarma, Luis Fernando Resano, explica que ainda não existem navios deste tipo fabricados no Brasil, mas que existe um projeto para construção de cinco unidades.

Primeira operação da Petronas no terminal da Vast – Fevereiro 2023