Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
4 min de leitura
0 comentários
No coração de uma plataforma, uma potente turbina a gás queima o próprio gás do poço para gerar energia para todas as operações, da perfuração aos alojamentos, com uma confiabilidade absoluta.
Uma plataforma de petróleo em alto-mar opera como uma cidade industrial isolada e autossuficiente. Longe da costa, ela não pode se conectar à rede elétrica terrestre. Por isso, precisa gerar 100% da sua própria energia, e a falha não é uma opção. A paralisação da produção pode custar milhões de dólares por dia. O coração dessa cidade flutuante é uma poderosa turbina a gás.
Essa máquina, fabricada por gigantes da engenharia como General Electric e Siemens, é a força vital que sustenta todas as operações, desde a perfuração de poços até a iluminação dos alojamentos da tripulação.
Por que uma plataforma de petróleo precisa de tanta energia?
A demanda de energia de uma plataforma offshore moderna é imensa, com uma capacidade de geração que pode superar os 120 megawatts (MW). Essa energia é consumida por uma variedade de sistemas críticos que funcionam 24 horas por dia.
-
Cientistas liberam 200 mil larvas de ostras no mar e o motivo por trás disso vai te surpreender
-
A Guerra Fria foi tão tensa que os EUA testaram aviões contra bombas nucleares em megatorre de madeira sem um único parafuso ou prego
-
Starlink de Elon Musk se populariza entre motoristas no Brasil, mas instalação incorreta pode levar à retenção do veículo, alerta PRF
-
Língua portuguesa com os dias contados? Brasil pode surpreender o mundo ao adotar um novo idioma
VEJA AS OFERTAS!
Os maiores consumidores são os sistemas de compressão de gás e bombeamento de água, essenciais para manter a produção dos poços. Além disso, há os equipamentos de perfuração, como o guincho principal e o top drive, e todas as cargas auxiliares, que incluem guindastes, sistemas de ar-condicionado, iluminação e as acomodações de uma tripulação que pode chegar a quase 200 pessoas.
Como funciona a turbina a gás offshore e seu motor de avião
Uma turbina a gás funciona com base em um princípio chamado Ciclo de Brayton. Ela admite um grande volume de ar, o comprime a altas pressões e o injeta em uma câmara de combustão, onde é misturado com combustível e queimado. Os gases quentes resultantes se expandem e giram uma série de pás de turbina, que por sua vez acionam um gerador elétrico.
Curiosamente, as turbinas mais usadas em plataformas são do tipo “aeroderivadas”. Elas são, essencialmente, versões adaptadas de motores a jato de aviões, como os usados em um Boeing 747. Essa herança aeronáutica as torna mais leves, compactas e eficientes, características ideais para o ambiente restrito de uma plataforma.
A “mini-refinaria” que limpa o gás do poço
A solução mais prática e econômica para alimentar a turbina a gás é usar o próprio gás natural que sai do poço junto com o óleo. No entanto, esse gás é “sujo” e cheio de contaminantes, como água, areia, enxofre e outros gases, que podem destruir rapidamente um motor de alta tecnologia.
Para resolver isso, toda plataforma possui um Sistema de Condicionamento de Gás Combustível (FGC). Este sistema funciona como uma mini-refinaria a bordo, com uma série de filtros, separadores e aquecedores que removem os contaminantes e ajustam o gás para atender às especificações rigorosas do fabricante da turbina, garantindo seu funcionamento seguro e contínuo.
A energia para 150.000 pessoas: os 100 megawatts de potência da plataforma
A afirmação de que a turbina a gás de uma plataforma pode gerar energia suficiente para uma cidade de 150.000 habitantes é uma analogia precisa para ilustrar a escala da operação. A capacidade instalada de uma grande plataforma, que pode chegar a 120 MW, é de fato comparável à demanda de pico de uma cidade brasileira de médio porte.
A regra de ouro da indústria de energia estima que 1 MW é suficiente para abastecer cerca de 1.000 residências. Uma cidade com 150.000 pessoas (cerca de 50.000 domicílios) teria uma demanda residencial de 50 MW. O restante da potência seria usado para comércio, indústria e serviços públicos. Isso demonstra a imensa necessidade de energia de uma única operação offshore.
A busca pela descarbonização e novas tecnologias
A indústria de óleo e gás enfrenta uma pressão global para reduzir as emissões de carbono. Por isso, o futuro da geração de energia em plataformas aponta para novas soluções.
Uma das principais tendências é a eletrificação a partir da costa, onde a energia é gerada em terra (idealmente de fontes renováveis) e enviada para a plataforma por cabos submarinos. Outra fronteira é o desenvolvimento de uma turbina a gás capaz de queimar combustíveis mais limpos, como misturas de hidrogênio verde. A integração com energias renováveis, como a eólica offshore, também já é uma realidade em alguns projetos, mostrando o caminho para uma operação mais sustentável no futuro.
-
-
2 pessoas reagiram a isso.