Um projeto audacioso, financiado pelo Banco Mundial, investiga como a água pode ser a chave para consolidar o Ceará como um líder global em energia limpa.
A RINA, uma empresa de consultoria italiana, foi selecionada para liderar um estudo crucial de avaliação hídrica no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). O objetivo é garantir o fornecimento de água industrial, um recurso essencial para a produção de hidrogênio verde, fortalecendo a posição do Porto do Pecém como um centro de desenvolvimento de baixo carbono no Brasil.
De onde virá a água? Estudo avalia reuso de efluentes e dessalinização
O estudo, financiado pelo Banco Mundial, será realizado pela RINA em colaboração com a empresa brasileira Krypton. A iniciativa foca em assegurar a sustentabilidade hídrica para a crescente indústria de hidrogênio verde no Porto do Pecém.
Duas estratégias principais de captação de água serão exploradas. A primeira é o reuso de efluentes tratados provenientes de estações de tratamento de esgoto localizadas na região oeste de Fortaleza. A segunda alternativa em análise é a dessalinização da água do mar.
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Ambas as opções passarão por uma avaliação rigorosa de sua viabilidade técnica e econômica. Além disso, o estudo analisará o impacto ambiental de cada solução e sua compatibilidade com a infraestrutura existente e a regulamentação brasileira.
O projeto também fornecerá uma análise detalhada do impacto ambiental relacionado à demanda de água no CIPP para os próximos 5 a 10 anos. Essa projeção está alinhada ao crescimento industrial esperado para a região. Será feita ainda uma avaliação regulatória e de infraestrutura para garantir a conformidade com as normas nacionais e o uso eficiente dos sistemas hídricos.
O projeto que define o futuro energético do Pecém
Um aspecto importante do estudo é a avaliação de como a infraestrutura proposta poderá beneficiar as comunidades vizinhas, melhorando o acesso à água.
Andrea Pestarino, Diretor da RINA, destacou o compromisso da empresa. “Este contrato com o Banco Mundial reforça nosso compromisso de longo prazo com a região e com o futuro da energia limpa no Brasil”, afirmou.
O Porto do Pecém continua a atrair investimentos significativos no setor de energia limpa. Recentemente, a empresa norueguesa Fuella assinou um acordo para desenvolver um projeto de amônia verde em larga escala. Adicionalmente, o porto selecionou a Stolthaven Terminals, em parceria com a Global Energy Storage (GES), para desenvolver um novo terminal de amônia verde.