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A secretária que guardou milhões em silêncio e mudou vidas com sua fortuna

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 28/09/2025 às 20:23
Sylvia Bloom, a secretária que acumulou milhões em investimentos e deixou sua fortuna para financiar bolsas de estudo a jovens carentes.
Foto: IA
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Sylvia Bloom, a secretária que acumulou milhões em investimentos e deixou sua fortuna para financiar bolsas de estudo a jovens carentes.

Nova York, 2018 – Uma história surpreendente veio à tona dois anos após a morte de Sylvia Bloom. A discreta secretária de um grande escritório de advocacia em Manhattan acumulou, ao longo de 67 anos de carreira, uma fortuna de milhões de dólares em investimentos.

O que mais impressiona é que ninguém, nem mesmo sua família, desconfiava do tamanho de seu patrimônio.

Em 2018, sua herança se tornou pública quando foi revelado que ela destinou grande parte do dinheiro a uma fundação de apoio educacional, transformando sua fortuna em oportunidades para jovens de baixa renda.

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Uma vida simples em meio à fortuna

Sylvia Bloom nasceu no Brooklyn, em 1919, filha de imigrantes da Europa Oriental. Criada em meio às dificuldades da Grande Depressão, aprendeu desde cedo o valor da disciplina e da economia.

Mesmo milionária, manteve hábitos simples. Em 2001, no caos dos ataques de 11 de setembro, decidiu voltar para casa de ônibus em vez de táxi — gesto que, segundo sua sobrinha Jane Lockshin, simbolizava sua forma modesta de viver.

O segredo de seus investimentos

Bloom ingressou no escritório Cleary Gottlieb Steen & Hamilton em 1947, pouco após sua fundação, e permaneceu ali por quase sete décadas.

Foi nesse ambiente que encontrou sua estratégia financeira peculiar: copiava os investimentos dos advogados para quem trabalhava.

Quando um chefe pedia para comprar ações, ela fazia o mesmo, mas em menor escala, com seu próprio dinheiro.

“Era uma nova-iorquina inteligente e astuta”, descreveu sua sobrinha em entrevista à BBC. Essa visão estratégica, aliada à paciência de décadas, transformou o salário modesto de secretária em um patrimônio milionário.

Milhões de dólares destinados a causas sociais

O testamento de Bloom surpreendeu até mesmo sua família. Jane Lockshin, responsável por administrar a herança, descobriu que sua tia havia acumulado mais de 9 milhões de dólares.

A maior parte foi doada para a fundação Henry Street Settlement, no Lower East Side de Nova York.

A entidade recebeu 6,24 milhões de dólares, o maior aporte individual de sua história, destinados à criação do fundo Bloom-Margolies, que oferece bolsas de estudo completas para jovens carentes.

Outros 2 milhões de dólares foram direcionados a instituições beneficentes.

Educação como legado

O gesto de Bloom não foi por acaso. Como filha da crise de 1929 e formada em aulas noturnas, acreditava que a educação era a ferramenta mais poderosa para transformar vidas.

Por isso, pediu expressamente que sua fortuna fosse destinada a estudantes sem recursos.

“Ela queria que seu patrimônio beneficiasse quem tivesse oportunidades educacionais limitadas”, destacou Jane Lockshin.

O fundo criado em sua memória oferece desde tutoria e preparação para exames universitários até apoio completo para que os estudantes concluam a graduação.

O impacto de uma vida silenciosa

A revelação da fortuna deixou colegas, familiares e até o escritório em que trabalhou atônitos. “Ela nunca falava de dinheiro, nem levava uma vida de luxo”, contou Paul Hyams, do setor de Recursos Humanos do Cleary Gottlieb.

Apesar da discrição, sua contribuição se tornou um marco na história da fundação. David Garza, diretor da Henry Street Settlement, afirmou ao New York Times que todos ficaram “boquiabertos” com a doação.

Discrição até o fim

Bloom faleceu em 2016, aos 96 anos, em uma casa de repouso. Viveu grande parte da vida em um apartamento simples no Brooklyn com seu marido, Raymond Margolies, falecido em 2002.

Amava música, viajava de forma modesta e cultivava uma vida sem ostentações.

Sua sobrinha acredita que Sylvia ficaria desconfortável com a notoriedade que recebeu após a revelação das doações.

“Ela odiaria toda essa atenção, mas aceitaria por saber que isso ajudaria as instituições”, disse Lockshin.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia, Geopolítoca, Econômia. Apaixonada por leitura e escrita.

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