Com a chegada da BYD Shark e a iminente GWM Poer Híbrida, a disputa pela picape híbrida mais econômica do Brasil se acirra. Analisamos as projeções de consumo e os fatores que definirão a campeã em 2026.
O mercado brasileiro de picapes presencia uma revolução com a chegada de modelos híbridos plug-in (PHEV). A BYD Shark já está entre nós, e a GWM Poer Híbrida tem lançamento previsto para o segundo semestre de 2025, com produção nacional em 2026. A grande questão para o consumidor é: qual delas se projetará como a picape híbrida mais econômica até lá?
O interesse por picapes que aliam robustez com maior eficiência de combustível impulsiona a chegada de modelos híbridos plug-in ao Brasil. A BYD Shark já é uma realidade, e a GWM Poer Híbrida é aguardada com expectativa. Determinar qual será a picape híbrida mais econômica até 2026 exige analisar o “consumo real”, que em PHEVs varia drasticamente com o estilo de condução e, crucialmente, a frequência de recarga da bateria.
BYD Shark: a pioneira híbrida plug-in e seus números de consumo e autonomia elétrica no Brasil
A BYD Shark utiliza o sistema super híbrido DMO (Dual Mode Off-road), composto por um motor 1.5 turbo a gasolina e dois motores elétricos, entregando uma potência combinada de 437 cv. Sua bateria Blade (LFP) tem 29,6 kWh de capacidade, permitindo recargas AC de até 6,6 kW e DC de até 55 kW. A autonomia elétrica oficial no ciclo PBEV (INMETRO) é de 57 km.
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Os números de consumo oficiais do INMETRO, com uso ideal da bateria, são de 24,6 km/l na cidade e 19,9 km/l na estrada. Contudo, testes independentes (Quatro Rodas) com a bateria descarregada registraram 9,9 km/l em ciclo urbano e preocupantes 7,7 km/l em rodoviário, evidenciando sua dependência da recarga para ser econômica.
GWM Poer híbrida: a promessa de maior autonomia elétrica e o que esperar para sua chegada em 2026
A GWM Poer Híbrida deve utilizar o sistema Hi4T, com um motor 2.0 turbo a gasolina e dois motores elétricos, projetando 408 cv. Sua principal vantagem potencial é a bateria de maior capacidade, projetada com 37,1 kWh, o que poderia resultar em uma autonomia elétrica no ciclo PBEV estimada entre 70 e 80 km (baseado nos 100 km de ciclos chineses). A recarga DC deve ser de até 50 kW.
Com lançamento previsto para o segundo semestre de 2025 (importada) e produção nacional em Iracemápolis (SP) a partir de 2026, o consumo real da Poer, especialmente com bateria descarregada, ainda é uma incógnita. A possibilidade de uma versão flex (etanol) para o Brasil poderia ser um diferencial econômico.
Qual será a picape híbrida mais econômica em diferentes cenários de uso?
Comparando as duas, a GWM Poer Híbrida leva vantagem na capacidade de bateria e autonomia elétrica projetada (70-80 km estimados vs. 57 km da Shark). Em um cenário de uso predominantemente elétrico urbano com recarga diária, a Poer tem potencial para ser mais econômica, cobrindo trajetos mais longos sem acionar o motor a combustão.
Para uso misto ou longas distâncias, com recargas ocasionais, a eficiência do motor a combustão da Poer com bateria descarregada será crucial. Se seu motor 2.0 turbo for mais eficiente que o 1.5 turbo da Shark nessas condições, ela poderá ter vantagem. A disciplina de recarga do usuário e a possível opção flex da Poer influenciarão diretamente qual será a picape híbrida mais econômica na prática.
Manutenção, seguro, incentivos e valor de revenda
Além do consumo, outros fatores impactarão a economia total. Custos de manutenção programada para sistemas PHEV complexos são uma consideração (a GWM oferece revisões com preço fixo para o Haval H6 PHEV, por exemplo). O custo do seguro para veículos de alta tecnologia e marcas mais novas pode ser inicialmente elevado, mas tende a se ajustar com o tempo e o histórico de sinistralidade.
Incentivos fiscais, como o programa Mover (IPI reduzido) e isenções/reduções de IPVA estaduais para híbridos (especialmente flex), serão significativos. O valor de revenda de picapes híbridas chinesas até 2026 é ainda especulativo, mas crucial para o custo total de propriedade e para definir qual será, de fato, a picape híbrida mais econômica.
Veredito projetado para 2026: qual tem o maior potencial para ser a picape híbrida mais econômica do Brasil?
Com base nas informações e projeções atuais, a GWM Poer Híbrida apresenta um potencial teórico maior para ser a picape híbrida mais econômica para uma gama mais ampla de usuários no Brasil em 2026. Isso se deve principalmente à sua bateria de maior capacidade e, consequentemente, maior autonomia elétrica projetada. Se esta autonomia se confirmar e seu motor 2.0 turbo a combustão for eficiente quando a bateria estiver com carga baixa, ela poderá oferecer menores custos de combustível.
A BYD Shark, já disponível, demonstra ser extremamente econômica para usuários com rotinas urbanas curtas que se encaixam em seus 57 km de autonomia elétrica e que possuem disciplina para recargas diárias. Para este perfil, o consumo de gasolina pode ser mínimo. No entanto, seu consumo se eleva consideravelmente em viagens longas ou sem recarga frequente.