Gás boliviano destinado à Argentina será redirecionado para o Brasil
Se há algo que o Brasil precisa mais do que café nas manhãs, é energia. E, para a alegria dos brasileiros sedentos por energia, o gás boliviano que antes abastecia a Argentina será redirecionado para o Brasil, conforme anunciou a petrolífera boliviana YPFB nesta quinta-feira (26). Com a Argentina reduzindo suas importações a zero, o Brasil se tornou o novo destino garantido para essa preciosa fonte de energia.
A petrolífera boliviana YPFB confirmou em comunicado oficial que o gás boliviano, anteriormente destinado à Argentina, agora será redirecionado para o Brasil. A decisão foi tomada após a Argentina reduzir suas importações, consequência do desenvolvimento da formação de xisto de Vaca Muerta, uma das maiores reservas de gás e petróleo do mundo.
Brasil como o destino ideal para absorver o excedente de gás boliviano
Óscar Claros Dulón, gerente de contratos de exportação de gás natural da petrolífera boliviana YPFB, afirmou que o redirecionamento não impactará negativamente o país. “Para nós, isso não é um problema de forma alguma, porque esse gás tem um mercado garantido no Brasil, um país faminto por energia”, destacou Claros Dulón.
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A mudança ocorre em um momento em que o fornecimento da Bolívia para a Argentina caiu drasticamente, atingindo apenas dois milhões de metros cúbicos por dia, uma fração do consumo argentino, que gira em torno de 130 milhões de metros cúbicos diários. Com essa redução, o Brasil, conhecido por sua demanda crescente por energia, surge como o destino ideal para absorver o excedente de gás boliviano.
Reservas argentinas de Vaca Muerta
O desenvolvimento das reservas argentinas de Vaca Muerta tem proporcionado uma maior independência energética ao país vizinho, o que inevitavelmente reduziu sua dependência do gás importado da Bolívia. Agora, com o Brasil assumindo essa posição de comprador, a petrolífera boliviana YPFB encontra novas oportunidades no mercado energético sul-americano.
Essa movimentação reforça a importância do gás boliviano no cenário energético do Brasil e deve impactar diretamente no abastecimento do mercado nacional, que tem enfrentado desafios para atender à crescente demanda por energia.
Essa mudança no destino do gás boliviano será suficiente para atender à crescente demanda energética do Brasil, ou o país precisará buscar outras fontes para garantir sua segurança energética no futuro?