A construção da nova torre mais alta dos Estados Unidos, que promete ser um marco arquitetônico e custará US$ 1,5 bilhão, está atrasada
A proposta ambiciosa de construir o arranha-céu mais alto dos Estados Unidos em Oklahoma City encontrou um obstáculo inesperado. Pouco antes do início das obras na torre, a construção foi adiada devido às preocupações levantadas por autoridades do aeroporto local.
O projeto
A Legends Tower, inicialmente planejada para ser o segundo arranha-céu mais alto do país, passou por um redesenho após receber uma recepção positiva. Agora, o edifício busca o título de mais alto dos Estados Unidos, com impressionantes 1.907 pés (581 metros).
Essa altura não foi escolhida por acaso: é uma homenagem ao ano de 1907, quando Oklahoma se tornou o 46º estado norte-americano. Com isso, ultrapassará o One World Trade Center, de Nova York, atual campeão com 541 metros.
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Localizado em um estacionamento perto de uma linha férrea e de um depósito, o empreendimento contará com quatro torres. A maior delas será um marco na paisagem, mas também o ponto crítico que gerou controvérsias.
Preocupações com a segurança aérea
O diretor de aeroportos do Oklahoma City Airport Trust, Jeff Mulder, expressou preocupações sobre os impactos da Legends Tower na segurança aérea. Segundo ele, a altura do edifício pode colocar em risco as operações de voos na região.
Registros obtidos pelo jornal local The Oklahoman revelam que Mulder contatou a Administração Federal de Aviação (FAA) para discutir o problema.
Autoridades do Aeroporto Internacional Will Rogers, do Aeroporto Wiley Post e da Base Aérea Tinker também levantaram preocupações. Segundo eles, o prédio pode forçar os pilotos a realizar manobras adicionais antes de pousar, aumentando o tempo de voo e reduzindo a eficiência.
Em resposta, o sócio-gerente da AO, Rob Budetti, afirmou: “Recebemos os comentários da FAA e estamos trabalhando com eles para resolver essas questões. Nossa equipe está comprometida em colaborar para encontrar soluções que priorizem a segurança e a conformidade, mantendo a visão da Legends Tower.” Por enquanto, o início das obras foi adiado para 2025.
Uma torre fora do eixo
Enquanto megaconstruções como essa costumam ser associadas a Nova York, Chicago ou Los Angeles, a escolha de Oklahoma City para a Legends Tower surpreendeu muitos. Com pouco mais de 700 mil habitantes, a cidade busca um marco que simbolize crescimento econômico e atraia novos investimentos.
O projeto, estimado em US$ 1,5 bilhão, divide opiniões, mas promete transformar a região de Bricktown, o distrito de entretenimento do centro da cidade.
A inspiração vem do estilo de Las Vegas, com mais de 2 milhões de pés quadrados dedicados a espaços residenciais, comerciais e de lazer. O empreendimento incluirá dois hotéis Hyatt e, nos andares superiores, um observatório público, restaurante e bar para oferecer uma vista privilegiada da cidade.
Se concluída, a Legends Tower não será apenas a mais alta dos Estados Unidos, mas também a quinta maior do mundo.
Hoje, o topo da lista é ocupado pelo Burj Khalifa, nos Emirados Árabes Unidos, com 823 metros, seguido pelo Merdeka 118, na Malásia (678,9 metros), a Torre de Xangai, na China (632 metros), e a Torre do Relógio Abraj Al-Bait, na Arábia Saudita (601 metros). A Legends Tower ultrapassará o Ping An Finance Center, na China, com 555 metros.
Visões Contrárias
Para muitos moradores, a Legends Tower simboliza ambição e progresso. Por outro lado, há quem critique a relevância de um projeto tão grandioso em uma cidade de porte médio.
Apesar das críticas, o edifício promete se tornar um marco de engenharia e um destino turístico que redefinirá Oklahoma City.
O futuro da Legends Tower depende, agora, de soluções criativas para superar os desafios regulatórios. Até lá, o projeto segue como um símbolo do potencial de transformação urbana e econômica nos Estados Unidos.