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A nova torre mais alta dos EUA, com um custo de US$ 1,5 bilhão, enfrenta turbulências, e sua construção está atrasada

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 12/12/2024 às 23:46
torre
Foto: Reprodução

A construção da nova torre mais alta dos Estados Unidos, que promete ser um marco arquitetônico e custará US$ 1,5 bilhão, está atrasada

A proposta ambiciosa de construir o arranha-céu mais alto dos Estados Unidos em Oklahoma City encontrou um obstáculo inesperado. Pouco antes do início das obras na torre, a construção foi adiada devido às preocupações levantadas por autoridades do aeroporto local.

O projeto

A Legends Tower, inicialmente planejada para ser o segundo arranha-céu mais alto do país, passou por um redesenho após receber uma recepção positiva. Agora, o edifício busca o título de mais alto dos Estados Unidos, com impressionantes 1.907 pés (581 metros).

Essa altura não foi escolhida por acaso: é uma homenagem ao ano de 1907, quando Oklahoma se tornou o 46º estado norte-americano. Com isso, ultrapassará o One World Trade Center, de Nova York, atual campeão com 541 metros.

Localizado em um estacionamento perto de uma linha férrea e de um depósito, o empreendimento contará com quatro torres. A maior delas será um marco na paisagem, mas também o ponto crítico que gerou controvérsias.

Preocupações com a segurança aérea

O diretor de aeroportos do Oklahoma City Airport Trust, Jeff Mulder, expressou preocupações sobre os impactos da Legends Tower na segurança aérea. Segundo ele, a altura do edifício pode colocar em risco as operações de voos na região.

Registros obtidos pelo jornal local The Oklahoman revelam que Mulder contatou a Administração Federal de Aviação (FAA) para discutir o problema.

Autoridades do Aeroporto Internacional Will Rogers, do Aeroporto Wiley Post e da Base Aérea Tinker também levantaram preocupações. Segundo eles, o prédio pode forçar os pilotos a realizar manobras adicionais antes de pousar, aumentando o tempo de voo e reduzindo a eficiência.

Em resposta, o sócio-gerente da AO, Rob Budetti, afirmou: “Recebemos os comentários da FAA e estamos trabalhando com eles para resolver essas questões. Nossa equipe está comprometida em colaborar para encontrar soluções que priorizem a segurança e a conformidade, mantendo a visão da Legends Tower.” Por enquanto, o início das obras foi adiado para 2025.

A Legends Tower fará parte de um empreendimento maior em Oklahoma City

Uma torre fora do eixo

Enquanto megaconstruções como essa costumam ser associadas a Nova York, Chicago ou Los Angeles, a escolha de Oklahoma City para a Legends Tower surpreendeu muitos. Com pouco mais de 700 mil habitantes, a cidade busca um marco que simbolize crescimento econômico e atraia novos investimentos.

O projeto, estimado em US$ 1,5 bilhão, divide opiniões, mas promete transformar a região de Bricktown, o distrito de entretenimento do centro da cidade.

A inspiração vem do estilo de Las Vegas, com mais de 2 milhões de pés quadrados dedicados a espaços residenciais, comerciais e de lazer. O empreendimento incluirá dois hotéis Hyatt e, nos andares superiores, um observatório público, restaurante e bar para oferecer uma vista privilegiada da cidade.

Se concluída, a Legends Tower não será apenas a mais alta dos Estados Unidos, mas também a quinta maior do mundo.

Hoje, o topo da lista é ocupado pelo Burj Khalifa, nos Emirados Árabes Unidos, com 823 metros, seguido pelo Merdeka 118, na Malásia (678,9 metros), a Torre de Xangai, na China (632 metros), e a Torre do Relógio Abraj Al-Bait, na Arábia Saudita (601 metros). A Legends Tower ultrapassará o Ping An Finance Center, na China, com 555 metros.

Visões Contrárias

Para muitos moradores, a Legends Tower simboliza ambição e progresso. Por outro lado, há quem critique a relevância de um projeto tão grandioso em uma cidade de porte médio.

Apesar das críticas, o edifício promete se tornar um marco de engenharia e um destino turístico que redefinirá Oklahoma City.

O futuro da Legends Tower depende, agora, de soluções criativas para superar os desafios regulatórios. Até lá, o projeto segue como um símbolo do potencial de transformação urbana e econômica nos Estados Unidos.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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