A missão tripulada a Marte, planejada pela NASA para a década de 2030, promete explorar e desvendar os segredos geológicos do Planeta Vermelho.
A NASA tem planos ambiciosos de enviar humanos em uma viagem de ida e volta a Marte já na década de 2030, com o objetivo de desvendar alguns dos mistérios geológicos e atmosféricos do Planeta Vermelho.
Essa missão histórica, que pode ocorrer até 2035, será um marco na exploração científica, permitindo que astronautas investiguem mais de perto questões fundamentais sobre a formação e evolução de Marte.
A missão deve durar entre seis a sete meses para cada trajeto, cobrindo uma distância de até 250 milhões de milhas (aproximadamente 402 milhões de quilômetros) em cada sentido.
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Os astronautas passarão até 500 dias na superfície de Marte antes de retornarem à Terra, proporcionando uma oportunidade sem precedentes para a realização de estudos científicos aprofundados.
Preparação para Marte começa com a Lua
Parte dos preparativos da NASA envolve o programa Artemis, que tem como objetivo levar humanos de volta à Lua nesta década.
O retorno à Lua é um passo essencial para que os astronautas possam se preparar para a jornada mais longa e complexa até Marte.
A missão Artemis III, prevista para 2026, levará humanos ao polo sul lunar, onde poderão explorar a superfície e estabelecer habitats. Além disso, os astronautas treinarão técnicas de sobrevivência e exploração em condições extremas, fundamentais para a futura missão a Marte.
O programa Artemis é crucial para o sucesso da missão marciana, pois permitirá que a NASA teste novas tecnologias, como o Sistema de Lançamento Espacial (SLS) e a nave Orion, que foram lançados com sucesso em novembro de 2022. Esses testes pavimentam o caminho para a exploração humana do Planeta Vermelho.
Geologia marciana: um planeta com segredos
A superfície de Marte, já estudada por diversas missões robóticas, ainda guarda muitos mistérios que só uma missão tripulada pode desvendar.
O Planeta Vermelho, que se formou há cerca de 4,6 bilhões de anos junto com o restante do sistema solar, já foi muito parecido com a Terra.
Há cerca de 3,8 bilhões de anos, Marte tinha vastos corpos de água líquida, como oceanos, rios e lagos, além de uma atmosfera mais densa.
Hoje, Marte é um deserto congelado, com suas calotas polares cobertas por gelo de água e dióxido de carbono.
Cientistas acreditam que entender como o planeta perdeu sua água e atmosfera pode trazer insights valiosos sobre a formação do sistema solar e, até mesmo, sobre a possibilidade de vida fora da Terra.
A missão tripulada investigaria questões-chave, como a existência de vida, passada ou presente, e as razões pelas quais Marte se tornou o planeta árido que conhecemos.
Os hemisférios norte e sul de Marte apresentam diferenças geológicas significativas. As planícies do norte são relativamente lisas e possuem menos crateras, enquanto as terras altas do sul são marcadas por crateras profundas e antigas.
Marte também abriga os maiores vulcões do sistema solar e uma infinidade de crateras causadas por impactos de asteroides, o que torna o planeta um verdadeiro laboratório para a investigação científica.
Perguntas essenciais para uma missão tripulada
A NASA já está traçando planos para responder às principais questões científicas em Marte. Um painel de especialistas, denominado Human Exploration of Mars Science Analysis Group, foi criado para definir as perguntas que uma missão tripulada deveria investigar.
Entre as questões centrais estão: há vida em Marte hoje? E quais mudanças ambientais fizeram com que o planeta perdesse sua água e parte de sua atmosfera?
Essas questões, junto com outras recomendações do painel, fazem parte do plano arquitetônico da NASA para a missão. A presença humana em Marte poderia fornecer respostas mais detalhadas e precisas, ajudando a esclarecer aspectos geológicos e atmosféricos que permanecem obscuros.
O caminho para Marte
Para enviar humanos a Marte, a NASA está desenvolvendo tecnologias robustas e inovadoras. O Sistema de Lançamento Espacial (SLS) e a cápsula Orion são peças fundamentais desse plano. Esses veículos já foram testados durante a missão Artemis I, que orbitou a Lua em um voo não tripulado em 2022.
A Lua, localizada a apenas 240.000 milhas (386.000 quilômetros) da Terra, será usada como campo de treinamento para a missão a Marte.
Os astronautas do programa Artemis viverão e trabalharão por longos períodos na superfície lunar, aprimorando suas habilidades e testando tecnologias que serão cruciais para a sobrevivência em Marte.
Apesar de ainda faltar alguns anos para que uma missão tripulada ao Planeta Vermelho se concretize, os preparativos estão em pleno andamento.
Cada avanço no programa Artemis aproxima a humanidade de dar o próximo grande salto na exploração espacial e desvendar os mistérios de Marte, um planeta que pode ter abrigado vida e que continua a desafiar os cientistas com seus segredos guardados nas profundezas de sua história geológica.
Essa missão não será apenas um feito tecnológico e científico, mas também um marco para a humanidade, ampliando nossa compreensão do universo e do papel que Marte pode ter desempenhado na formação do sistema solar e, potencialmente, na história da vida.