A Shineray Worker 125, uma das motos mais baratas do Brasil. Conheça seu motor, consumo, os prós e os contras de uma moto de trabalho ultra econômica.
A Shineray Worker 125 chega ao mercado com a promessa de ser uma moto de trabalho ultra econômica. Seu principal apelo é o baixo custo de aquisição, R$ 8.490, e a promessa de alta economia de combustível. Ela visa atender a profissionais que usam a moto como ferramenta de trabalho e quem busca um transporte barato.
Uma análise aprofundada e imparcial da Shineray Worker 125. Confrontaremos os dados de fábrica com a realidade de proprietários e da imprensa especializada. O objetivo é ajudar você a decidir se a economia prometida compensa os desafios que este modelo pode apresentar.
O que é a Shineray Worker 125? A promessa de economia para o dia a dia
A Shineray Worker 125 é uma motocicleta de entrada com design retrô, inspirado nas “café racers”. Seu coração é um motor monocilíndrico de 123,67 cc, 4 tempos, com comando OHC. Ele entrega 7,2 cv de potência e 8,0 N.m de torque. A alimentação é por carburador e o câmbio tem 4 marchas.
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A moto de trabalho ultra econômica vem com partida elétrica e a pedal, porta USB para carregar celular e bagageiro traseiro. O consumo prometido pela fábrica é de “até 45 km/l”, mas dados de mercado e testes indicam uma média mais realista entre 35 e 40 km/l. Seu tanque de 14 litros proporciona boa autonomia.
Desempenho na prática: a Worker 125 na cidade e no trabalho
No trânsito urbano, a Worker 125 é ágil. Seu baixo peso, de 98 kg, e as dimensões compactas facilitam a pilotagem em meio aos carros. O motor é considerado adequado para o uso no dia a dia na cidade.
Contudo, a potência de 7,2 cv é limitada. Essa limitação fica evidente em subidas ou com passageiro. A crítica mais recorrente é a ausência de uma quinta marcha. Para manter velocidades entre 60 e 70 km/h, o motor trabalha em rotações muito altas, o que gera ruído, vibração excessiva e a sensação de que está sendo forçado.
Manutenção, peças e valor de revenda
A Shineray Worker 125 é uma das motos zero quilômetro mais baratas do Brasil. No entanto, sua economia inicial é questionada pela baixa qualidade e durabilidade de seus componentes.
Proprietários relatam uma longa lista de problemas crônicos:
- Qualidade geral: peças que quebram ou se soltam com a vibração.
- Problemas elétricos: lâmpadas queimando, falhas no painel e na partida.
- Problemas mecânicos: falhas no carburador, embreagem e corrente.
- Falhas estruturais: relatos alarmantes de quebra de quadro e suspensão.
A dificuldade de encontrar peças e a rede de concessionárias limitada são outras preocupações. A péssima revenda e a alta desvalorização também são citadas, o que pode fazer o custo total de propriedade superar o de uma concorrente mais cara, porém mais confiável.
Para quem a Shineray Worker 125 é (e não é) recomendada?
A Shineray Worker 125 é uma moto de trabalho ultra econômica apenas no preço de aquisição. Seus prós são o baixo custo inicial e o design. Seus contras são graves: baixa confiabilidade, problemas de qualidade e segurança, e um pós-venda questionável.
Esta moto NÃO é recomendada para profissionais que dependem dela para trabalhar, como entregadores, ou para quem busca uma moto “ligar e andar” com tranquilidade. Ela pode ser uma opção apenas para quem tem um orçamento extremamente restrito, possui bons conhecimentos de mecânica para fazer os próprios reparos e está ciente dos altos riscos envolvidos. O ditado “o barato pode sair caro” parece se aplicar perfeitamente a este caso.
Basta uma simples pesquisa no YouTube para constatar as centenas de problemas mecânicos dessa moto