Descubra como a mineração em alto mar pode revolucionar a busca por metal precioso, mas a que custo ambiental?
Você não vai acreditar no que está escondido a quatro quilômetros abaixo da superfície do oceano! A mineração em alto mar está prestes a revelar metais preciosos que podem ser a chave para o futuro das tecnologias elétricas, mas será que estamos prontos para pagar o preço ambiental?
Nas profundezas do Oceano Pacífico, especificamente na Zona Clarion-Clipperton, entre o Havaí e o México, encontram-se misteriosos nódulos polimetálicos em forma de batata, ricos em metais preciosos como manganês, cobalto, níquel e cobre. Estima-se que uma área pouco maior que a Irlanda possa render mais de 54 milhões de toneladas desses metais, avaliados em mais de 20 bilhões de dólares.
Mineração em alto mar
Esses nódulos têm sido estudados desde 1873, quando o navio HMS Challenger conseguiu coletar amostras do fundo do mar. No entanto, apenas recentemente empresas como a DeepGreen Metals e a The Metals Company começaram a explorar seriamente a possibilidade de extrair esses recursos através da mineração em alto mar.
- China deixa Washington em alerta! Gigante asiático fortalece seu domínio no mundo sobre a mineração terras raras com nova descoberta, aumentando tensão sobre os EUA
- A maior escavadeira do planeta: um gigante de 226 metros e 14 mil toneladas, capaz de substituir o trabalho e a mão de obra de 40 mil mineradores, promete revolucionar a mineração no mundo
- Acordo bilionário! Mineradora australiana St. George fecha contrato de R$ 2 bilhões para extração de nióbio e terras-raras em Minas Gerais; investimento promete transformar a mineração no Brasil!
- Chile encontra jazida quase infinita de ‘ouro azul’e pode extrair impressionantes 15 MIL toneladas de minério por ano!
“O valor desses depósitos é inegável”, afirmam especialistas da indústria. Com a crescente demanda por baterias para veículos elétricos, esses metais preciosos podem resolver problemas críticos na cadeia de suprimentos. Um único nódulo pode conter manganês, cobalto, níquel e cobre suficientes para produzir várias baterias de carros elétricos.
Para coletar esses nódulos, empresas estão desenvolvendo robôs coletores autônomos, inspirados na tecnologia da indústria de petróleo e gás. Esses robôs percorrem o fundo do mar, usando jatos de água para desalojar os nódulos e sugá-los, enviando-os para a superfície através de tubos verticais conectados a navios de suporte.
Cientistas e ambientalistas estão preocupados
Mas nem tudo são boas notícias. Cientistas e ambientalistas estão preocupados com o impacto da mineração em alto mar nos ecossistemas marinhos profundos, que são pouco conhecidos e podem abrigar espécies ainda não descobertas. Estudos realizados na década de 1980, como o projeto DISCOL conduzido por pesquisadores alemães, mostraram que áreas onde a mineração foi testada não se recuperaram mesmo após 33 anos, com a biodiversidade significativamente reduzida e trilhas de sedimentos ainda visíveis.
Organismos como o polvo-dumbo (Grimpoteuthis) e esponjas marinhas usam esses nódulos como habitat. “A remoção desses nódulos poderia devastar ecossistemas inteiros”, alerta a bióloga marinha Dra. Sylvia Earle, conhecida por sua defesa dos oceanos.
Minerar esses metais preciosos em terra também traz impactos ambientais significativos
Por outro lado, a alternativa de minerar esses metais preciosos em terra também traz impactos ambientais significativos, como desmatamento e emissões de carbono. A mineração em alto mar poderia reduzir as emissões em até 80% para alguns metais, devido à eficiência na extração e transporte. “Estamos diante de um dilema ético e ambiental sem precedentes”, afirma o pesquisador Dr. Craig Smith, da Universidade do Havaí.
Estamos diante de um dilema complexo. Precisamos desses metais preciosos para acelerar a transição para energias renováveis e combater a crise climática, mas será que vale a pena arriscar um ecossistema desconhecido para salvar aqueles que já sabemos que estão em declínio?
E você, o que pensa sobre a mineração em alto mar? É a solução para nossos problemas ou um novo desafio ambiental? Deixe sua opinião nos comentários!