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Marinha vai conceder à iniciativa privada a operação da Fábrica de Munição Almirante, responsável pela produção de todas as munições de médio e grosso calibres usadas pela Força no país

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 28/07/2024 às 01:10

Em uma decisão surpreendente, a Marinha do Brasil anunciou a concessão da Fábrica de Munição Almirante Jurandyr da Costa Müller de Campos à iniciativa privada. A unidade, localizada em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, é responsável pela produção de munições de médio e grosso calibres para as Forças Armadas brasileiras.

A concessão, que terá duração de 20 anos, visa modernizar a infraestrutura e expandir a capacidade de exportação da fábrica, gerando novas receitas e empregos. A notícia foi divulgada durante um evento em São Paulo, que contou com a presença de executivos internacionais.

De acordo com o jornal Metrópoles, em matéria publicada neste sábado (27), a fábrica, gerida pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron) desde 1996, foi fundada em 1982 e desempenha um papel crucial no abastecimento das forças militares brasileiras.

Além do mercado interno, a fábrica exporta munições para países da América Latina, Ásia e África. A licitação para a concessão deve ser lançada ainda este ano, com a previsão de que o contrato vigore até 2044.

Durante a apresentação da proposta, representantes da Marinha e da Emgepron forneceram detalhes sobre o plano de concessão a executivos de países como Reino Unido, Suécia, Itália e Israel.

Conforme o portal Metrópoles, o advogado Márcio Gea, do escritório Motta Fernandes, que representa a Emgepron no contrato, destacou a importância estratégica da concessão.

“A fábrica é uma das principais produtoras de artefatos militares do mundo. E, a partir de sua concessão à iniciativa privada, certamente vai gerar mais receita para o país graças às suas exportações e gerar ainda mais postos de trabalho”, afirmou Gea.

A decisão de conceder a operação da fábrica para a iniciativa privada faz parte de um esforço maior da Marinha para modernizar suas instalações e aumentar a eficiência produtiva.

Segundo o Metrópoles, essa iniciativa busca não apenas melhorar a infraestrutura, mas também ampliar a competitividade da fábrica no mercado internacional de munições. A expectativa é que, com o investimento privado, a fábrica possa aumentar sua capacidade de produção e explorar novos mercados.

Além dos benefícios econômicos, a concessão também deve trazer avanços tecnológicos para a fábrica. A Emgepron e a Marinha esperam que o novo parceiro privado traga inovações que possam ser aplicadas na produção de munições, tornando o Brasil um importante player no mercado global de defesa.

De acordo com o Metrópoles, os executivos presentes no evento mostraram interesse na proposta, destacando o potencial de crescimento do mercado brasileiro de defesa.

Para especialistas, a concessão da fábrica de munições da Marinha representa uma oportunidade significativa para o setor privado e para a economia brasileira como um todo.

Com a modernização da fábrica e o aumento das exportações, o Brasil pode se posicionar como um líder na produção de munições de alta qualidade para o mercado internacional.

Ainda conforme esses especialistas, a Emgepron, em parceria com a Marinha, está comprometida em garantir que a transição para o controle privado ocorra de forma eficiente e que todos os aspectos da segurança nacional sejam devidamente protegidos.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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