A Marinha do Brasil está de olho em um novo navio de desembarque da Marinha real britânica. A ideia é substituir um dos maiores navios de superfície desativados recentemente.
O comandante da Marinha do Brasil, Marco Sampaio, anunciou que até 2028, 40% da força naval pode ser desativada, o que tem gerado preocupação. A Marinha é responsável pela defesa da Amazônia Azul, uma vasta área marítima rica em recursos naturais, e o Brasil também está lutando na ONU para expandir seu território marítimo, o que torna essencial uma defesa robusta das riquezas nacionais.
Nos últimos anos, a Marinha do Brasil enfrentou vários desafios, incluindo a desativação de três submarinos em 2023 e o comissionamento de dois novos submarinos do programa Prosub. Além disso, o submarino nuclear Álvaro Alberto começou a ser construído em junho deste ano. Para preencher a lacuna deixada pela desativação de um dos seus maiores navios, a Marinha do Brasil está buscando novas embarcações em países como França e Reino Unido.
Marinha do Brasil demonstrou interesse em adquirir o navio de desembarque HMS Albion
A Marinha do Brasil demonstrou interesse em adquirir o navio de desembarque HMS Albion, da Marinha real britânica. Inicialmente, a Marinha britânica aceitou transferir o navio para o Brasil, mas depois decidiu mantê-lo até 2030. O HMS Albion retornou a Devonport em junho do ano passado, entrando em estado de prontidão reduzida. O plano é que o HMS Bulwark assuma o papel do Albion na linha de frente em 2024, mas o Albion deve permanecer em prontidão estendida até 2029, com possibilidade de retornar às operações após reforma.
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O HMS Albion é um navio de desembarque anfíbio, essencial para a capacidade de projeção da força anfíbia do Reino Unido. Construído pela BAE Systems, é líder da classe Albion, que inclui também o HMS Bulwark. Desde sua entrada em serviço, o HMS Albion desempenhou um papel crucial em várias operações navais e missões humanitárias. Ele pode transportar até 405 combatentes, 67 veículos blindados leves, e operar dois helicópteros simultaneamente.
Marinha está envolvida na construção de navios de patrulha de 500 toneladas e das novas fragatas da classe Tamandaré
A Marinha do Brasil considera essa aquisição uma oportunidade para melhorar sua capacidade de desembarque de tropas. A Marinha está envolvida na construção de navios de patrulha de 500 toneladas e das novas fragatas da classe Tamandaré, com a primeira podendo ser lançada ao mar em breve. Cada embarcação da Marinha é projetada para uma missão específica, e a necessidade de novas embarcações para desembarque anfíbio é urgente.
Com o interesse na compra do HMS Albion, a Marinha do Brasil espera fortalecer sua frota e garantir uma defesa eficiente da Amazônia Azul. A aquisição desse moderno navio de desembarque pode ser uma solução para os desafios logísticos e de defesa que o país enfrenta.