Vale do Rio Doce conclui obras da maior usina solar da região, impulsionando energia limpa e gerando emprego com investimento de R$ 17 milhões em Minas Gerais.
A chegada da Usina Fotovoltaica Vale do Aço I, em Engenheiro Caldas, no coração do Vale do Rio Doce, marca um novo capítulo na produção de energia renovável no estado de Minas Gerais. Com capacidade para gerar 5 milhões de kWh, o empreendimento será a maior usina solar fotovoltaica da região, produzindo cerca de 40% da energia gerada pela maior usina do estado, a Advogado Eduardo Soares, em Montes Claros.
O projeto, que recebeu um investimento de R$ 17 milhões, já tem data para início das operações: 5 de julho. Essa iniciativa reforça Minas Gerais como protagonista no setor de energia limpa, alinhada às metas ambientais e ao desenvolvimento econômico sustentável.
Investimento na maior usina solar da região e geração de empregos fortalecem economia local no Vale do Rio Doce
O investimento de R$ 17 milhões foi viabilizado com R$ 12 milhões financiados pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e o restante proveniente das empresas sócias Multiluz Solar, Quare Organizações e Solar Vale.
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Durante as fases de construção e instalação da usina, foram gerados 50 empregos diretos e indiretos, contribuindo para o desenvolvimento da comunidade local no Vale do Rio Doce.
“O projeto em Engenheiro Caldas mostra que estamos no caminho certo. Neste ano, alcançamos o marco de 12 gigawatts de potência fiscalizada e o estado cresce cada vez mais na geração de energia limpa”, destaca o governador Romeu Zema, ressaltando a importância estratégica do investimento para Minas Gerais.
Energia compartilhada
A usina opera em um sistema de geração compartilhada, onde a energia produzida é distribuída entre um consórcio formado por empresas e clientes residenciais, que recebem créditos na conta de luz proporcionais às suas cotas de participação.
Essa modalidade favorece o acesso à energia renovável e permite que os beneficiários reduzam seus custos com eletricidade sem a necessidade de investimento direto em infraestrutura.
“A Multiluz é responsável por toda a operação da usina, manutenção, gestão técnica do consórcio e pela interlocução com a distribuidora, garantindo a eficiência do processo e o cumprimento das normas regulatórias”, explica Fábio Araújo Soares Ferreira, CEO da Multiluz Solar.
Impacto ambiental positivo e reversibilidade do uso do solo reforçam sustentabilidade
A produção estimada da usina evitará a emissão de cerca de 12,9 milhões de toneladas de CO₂ em um período de 20 anos, contribuindo significativamente para a redução dos gases de efeito estufa no estado.
Um dos grandes diferenciais do projeto está na sua operação sustentável: a instalação dos painéis solares não exige desmatamento extensivo e não consome recursos hídricos, um aspecto crucial para a preservação ambiental.
Além disso, a reversibilidade do uso do solo é garantida, já que, após o término da vida útil da usina, geralmente entre 25 e 30 anos, a área pode ser recuperada ou reutilizada sem alterações profundas no terreno.
“Outro diferencial importante está na reversibilidade do uso do solo: ao final da vida útil da usina, geralmente entre 25 e 30 anos, a área utilizada pode ser facilmente recuperada ou reutilizada, já que não sofre alterações profundas ou irreversíveis”, ressalta o CEO da Multiluz.
Minas Gerais lidera geração solar no Brasil e amplia investimentos
Minas Gerais atingiu recentemente a marca de 12 gigawatts de potência fiscalizada, consolidando-se como líder na produção de energia solar no Brasil.
Esse avanço é resultado das ações do Governo de Minas, como o programa Sol de Minas, que desde 2019 atraiu mais de R$ 81 bilhões em investimentos privados no setor, além de gerar cerca de 6,9 mil empregos diretos em 37 municípios.
No Vale do Rio Doce, a expansão da energia solar é visível: a região já possui mais de 41 mil unidades geradoras distribuídas e três usinas centralizadas, localizadas em Caratinga e Ipatinga.
Recentemente, o BDMG anunciou uma nova parceria com o Banco Europeu de Investimentos (BEI) para a liberação de cerca de R$ 170 milhões em créditos para fomentar 22 novos projetos de energia solar em municípios de Minas Gerais, incluindo áreas próximas ao Vale do Rio Doce.
Oportunidades futuras e reforço ao protagonismo regional
A implantação da maior usina solar no Vale do Rio Doce reflete não apenas a evolução tecnológica, mas também o compromisso com uma economia verde e a geração de emprego sustentável.
Conforme a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa, “a instalação desta nova usina no Vale do Rio Doce destaca que, após os incentivos do Governo de Minas, Minas Gerais se tornou mais atrativa para novos empreendimentos no setor, que geram investimentos, empregos verdes, além de fortalecer o protagonismo do estado no segmento de energia solar”.
O presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto, reforça essa visão: “Tive a oportunidade de estar na nova usina de Engenheiro Caldas e perceber como empreendimentos deste porte e segmento geram impactos positivos para a comunidade do entorno. Assim como no Vale do Aço, financiamos projetos em todo o estado.”