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A maior usina nuclear do mundo esbanja seu poder com sete reatores e potência surreal 8.200 MW

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 15/05/2024 às 06:30
A maior usina nuclear do mundo esbanja seu poder com sete reatores e uma capacidade surreal de fornecer 8.200 MW
Foro: Kashiwazaki-Kariwa – dall-e

Maior usina nuclear do mundo está localizada no Japão. Desativada há mais de uma década, o empreendimento conseguia fornecer 8.200 MW e deve voltar a funcionar em breve.

A maior usina nuclear do mundo, em termos de potência instalada, é a Kashiwazaki-Kariwa, localizada na cidade de Niigata, a 368 km a noroeste de Tóquio, no Japão. Administrada pela Tokyo Electric Power Company (TEPCO), a terceira maior empresa de eletricidade do mundo, a usina incorpora sete reatores de água fervente que, juntos, fornecem cerca de 8.200 MW de potência.

Maior usina nuclear do mundo foi desativada em 2011

Esta central nuclear caiu em desuso após o acidente central de Fukushima (em 2011), apesar de seu papel muito importante na infraestrutura elétrica do Japão. A segurança é o mais importante, e após o que aconteceu em Fukushima, a organização nuclear japonesa, Autoridade de Regulação Nuclear (NRA), decidiu retirar a licença de operação até que a TEPCO pudesse implementar novas medidas de segurança derivadas do que foi registrado nesta instalação em 2011.

O Japão mantém, atualmente, doze reatores nucleares em operação, mas também possui mais dois em construção e vinte e sete reatores que permanecem fora de serviço no momento. Em abril de 2023, o governo japonês aprovou uma nova legislação de energia nuclear que permite estender a operação de centrais nucleares para além do limite atual, que é estabelecido em 60 anos.

A maior usina nuclear do mundo esbanja seu poder com sete reatores e uma capacidade surreal de fornecer 8.200 MW
Foto: A maior usina nuclear do mundo/Divulgação

Na prática, isto significa simplesmente que se uma usina nuclear puder funcionar com segurança para além dessas seis décadas, o regulamento permite.

Usina nuclear Kashiwazaki-Kariwa, a maior do mundo pode voltar a funcionar em breve

Nesse contexto, a fábrica de Kashiwazaki-Kariwa tem um futuro promissor pela frente. Isso porque em dezembro de 2023 a NRA tirou o  veto que tinha imposto a esta instalação em março de 2011 – logo após o acidente na central nuclear de Fukushima Daiichi.

Este marco é o primeiro passo para a concessão da licença de operação, e este órgão regulador decidiu aceitá-la após inspecionar as instalações da usina nuclear por mais de quatro mil horas. Segundo a NRA, a empresa TEPCO introduziu as melhorias nas medidas e protocolos de segurança necessários para a recuperação da atividade da central.

Agora basta esperar o governo regional de Niigata, que também tem que dar sua aprovação às instalações da central nuclear antes de poder recuperar a sua licença de operação. Seja como for, o mais provável é que após o sinal verde da NRA, a administração da cidade não impeça a retomada da atividade na maior usina nuclear do mundo.

A maior usina nuclear do mundo esbanja seu poder com sete reatores e uma capacidade surreal de fornecer 8.200 MW
Foto: Ilustração da maior usina nuclear do mundo/dall-e

Por ora, a TEPCO agilizou e já solicitou à NRA para começar a introdução de combustível nos reatores da central. A maior usina nuclear do mundo está perto de voltar.

Saiba como funciona uma usina nuclear

A usina nuclear funciona como uma termelétrica, ou seja, funciona a partir da energia liberada por qualquer produto que possa gerar calor. De modo geral, os combustíveis como carvão, gás natural, diesel ou óleo combustível, por exemplo, aquecem a água em uma caldeira até gerar vapor de alta pressão e temperatura.

Esse vapor, então, gira as turbinas por meio de um trabalho mecânico que é convertido em potência eletromagnética no gerador. No caso das usinas nucleares, contudo, o combustível não é queimado para gerar vapor.

A fissão dos átomos de urânio ocorre dentro das varetas do elemento combustível, componente que contém, de forma vedada, o combustível nuclear. A divisão do núcleo dos átomos aquece a água, que passa pelo reator a uma temperatura de 320 °C.

Resumindo, o gerador de vapor realiza então uma troca de calor entre as águas deste primeiro circuito e a do circuito secundário, que são independentes entre si. Essa troca de calor permite que a água do circuito secundário se transforme em vapor e movimente a turbina, que por sua vez, aciona o gerador elétrico.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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